PAINEL | Inversão de valores: uma visão diferente sobre a redução na passagem de ônibus

Não resta dúvida que o assunto da semana ainda será a redução na tarifa do transporte coletivo em Vitória da Conquista, de R$ 3,80 para R$ 2,00 e R$ 2,50 quando for paga em dinheiro, na catraca. Isso, porque, teremos discursos sobre o tema na próxima sessão da Câmara de Vereadores, dia 15.

Mas, antes disso, já temos uma nova situação e ela tem como pano de fundo o choque de realidade aplicado nos vanzeiros. Vamos ao fatos.

Essa redução no preço das passagens de ônibus, em vigor a partir desta segunda-feira, 13,  será um bálsamo para os usuários, especialmente neste período de crise econômica. 

Bom pra uns, motivo de protesto para outros. Leia-se: vanzeiros, que passam a experimentar do próprio veneno. Quem ajudou a quebrar empresas, sente agora na pele, porque ônibus “deu volta por cima” e passou a ser uma concorrência em relação aos passageiros das vans. 

Em meio à enxurrada de críticas de muitos contra o sistema de transporte coletivo, a prefeita Sheila Lemos se sobressaiu com o decreto que mudou a visão radical de muitos conquistenses. E isso aliviou substancialmente o bolso dos usuários. 

Com a adoção de medidas para reequilibrar esse serviço e  bem essencial, a turma do contra partiu para a criação de narrativas sem alicerce, supondo que a redução do preço da passagem irá destruir o serviço que, pasmem, eles mesmo exigem que seja melhorado.

Essa incrível distorção dos fatos, baseada numa narrativa de certos vanzeiros, de que o destruidor do bem público, as chamadas vans, ficariam, assim, em desvantagem e que irão tomar prejuízos. O efeito Sheila lemos já produziu resultados, quem diria. As vans, que chegava a estabelecer uma passagem de R$4,00, já anunciam uma redução, caindo para R$ 2,50.

Para alguns analistas, o decreto municipal é um sistema de subsídio inteligente, onde parte do dinheiro público retorna aos bolsos do munícipe e, por conseguinte, ao comércio. Resumindo: A tarifa a menos faz inclusão social, com mais leite, mais pão, mais carne na mesa de quem menos pode economicamente. 

Um rápido panorama sobre esta quadra: de R$3.80 para R$2,00, temos uma economia de R$1,80 na ida e R$1,80 na volta, perfazendo R$3,60. Num cenário de 25 dias no mês, o usuário economiza R$90,00. No espaço de um ano, a economia equivalerá a R$1.080,00, um salário-mínimo. Ou seja, a redução garante uma espécie de “13° salário para quem é assalariado. | imagem: Blog do Sena.


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