Profissionais do Hospital Geral de Vitória da Conquista (HGVC) realizaram esta semana o procedimento de Quimioterapia Intraperitoneal Hipertérmica (HIPEC), tornando a unidade o primeiro hospital público da Bahia a implementar a técnica pelo SUS.

A técnica HIPEC funciona em duas etapas, a primeira chamada de Citorredutora, em que se retira a doença do local. Já a segunda, ocorre quando se aplica a quimioterapia de forma altamente concentrada e aquecida, e esse aquecimento aumenta a absorção do tratamento pelo tumor, destruindo assim as células que restaram após a cirurgia citorredutora.

A primeira cirurgia, dia 27 de fevereiro, foi realizada. No entanto, por conta do quadro do paciente, não havia mais indicação para a realização da segunda etapa da técnica HIPEC. 

No dia seguinte (28 de fevereiro), foi possível cumprir as duas etapas do procedimento, que segundo o cirurgião oncológico Geraldo Nascimento, “foi considerada um sucesso pela equipe”, pois a paciente de 62 anos se encontra com boa evolução clínica, já iniciou dieta líquida e está sendo avaliada para receber alta da UTI nos próximos dias”.

Com a introdução da técnica HIPEC, o HGVC pode oferecer aos usuários do SUS um serviço de qualidade, que aumenta a perspectiva de tratamento, além do ganho estrutural da unidade como um todo, que beneficia não só os pacientes com esse problema específico, mas a população de forma geral.

“À medida que o HGVC se torna gabaritado para fazer um tratamento de alta complexidade como esse, o ganho técnico de pessoal e material pode abrir as portas para outros procedimentos também”, conclui Geraldo Nascimento, cirurgião oncológico.

O Estado está na vanguarda, proporcionando esse tratamento que já é algo estabelecido, e existem indicações para outras patologias, que ainda estão sendo analisadas na unidade, que já tem mais pacientes a serem operados usando a técnica do HIPEC ainda no mês de março. | Ascom do HGVC

O ex-policial militar Adriano Magalhães da Nóbrega era um criminoso dotado de um conhecimento sem igual das técnicas policiais de tiro e não se renderia às autoridades. A análise é de Paulo Storani, antropólogo e capitão veterano do Bope (Batalhão de Operações Especiais) da Polícia Militar do Rio de Janeiro.


Ele acompanhou o desempenho do ex-PM em um curso de tiro sob estresse do Bope, durante cerca de uma semana.


O miliciano, apontado pelo MP-RJ (Ministério Público do Rio) como chefe do Escritório do Crime, foi morto em 9 de fevereiro, em um sítio na zona rural da cidade de Esplanada, no interior da Bahia. “Adriano não iria se entregar. Ele iria combater até o final. É a minha opinião”, afirmou Storani, que lembra da técnica impecável do então aluno do Bope. 

“Ele foi o primeiro da classe. Desenvolvi uma metodologia de índice de avaliação dos alunos e o desempenho dele foi excepcional. Quando alguém assim se desvirtua para o mal, ele se torna pior e mais perigoso do que qualquer bandido comum”. 

A família e o advogado de Adriano afirmaram publicamente que sua morte foi resultado de uma “operação de queima de arquivo”. Um perito contratado pela família concluiu que os tiros foram disparados à queima-roupa (curta distância). 


O governador da Bahia, Rui Costa, e autoridades de segurança pública do estado rechaçaram a acusação. A hipótese de assassinato também foi defendida pelo presidente Jair Bolsonaro e seu filho Flávio Bolsonaro — quando era deputado estadual no Rio, o atual senador nomeou a ex-mulher e a mãe do ex-PM como funcionárias de seu gabinete. Para Storani, o miliciano dificilmente falaria algo mesmo capturado.

“Criminosos do nível de Adriano não abrem a boca. Ele nunca falaria tudo o que sabe. Pessoas como ele têm familiares no Rio de Janeiro que sofreriam as consequências de uma delação. Veja o caso do também ex-Bope, Ronnie Lessa, acusado de matar Marielle Franco e Anderson Gomes, ou do José Dirceu, na Lava Jato. Não vai falar nada”. 

Com a ressalva de que não tem posse de todas as informações do procedimento dos policiais militares baianos, Storani opina que ação foi realizada dentro dos padrões da legalidade, mas ressalta a necessidade de uma análise definitiva.

“A resposta [da PM-BA] foi proporcional a uma reação letal [com intenção de matar]. Resta saber se a reação de Adriano foi letal ou estava na iminência de disparar, só isso justificaria os tiros a curta distância”, afirma, a partir da informação de que os policiais invadiram o local onde o ex-PM estava com um escudo de proteção. 


“Em tese, os policiais tinham o domínio da situação. Os disparos no centro do corpo são o indicado para neutralizar uma situação extrema.” Storani explica que uma operação de captura de um criminoso como Adriano envolve diversos fatores que precisam ser analisados por quem tomará as decisões. 


Uma reunião de planejamento é o marco inicial: são repassadas ao comando todas as informações coletadas sobre o alvo e sobre o ambiente em que ele se encontra. “Acontece que os cenários de segurança pública são muito voláteis. É comum, por exemplo, a Polícia Militar do Rio preparar uma operação apenas 20 minutos antes de começar uma incursão.” 


Certas informações são imprescindíveis para uma correta tomada de decisão. “O setor de inteligência tem que ser capaz de comunicar de maneira rápida e eficiente informações como o perfil do alvo, as características do local em que ele se encontra, possíveis rotas de fugas, se há risco para inocentes”. 


“É importante que as equipes realizem suas respectivas tarefas em sincronia. Mas durante a operação tudo pode mudar. Se o comandante prever que a operação coloca a vida em risco de inocentes, ela pode ser até abortada, por exemplo”.

Segundo o mestre de tiro da PM-RJ, em uma operação como a que matou o ex-capítão Adriano, o ideal é surpreender o alvo e capturá-lo antes de qualquer reação. Quando isso não é possível, estabelece-se um cerco. 


Se não houver reféns, a abordagem deve ser feita de forma mais rápida possível. Coloque-se no lugar de um PM da Bahia que participou da operação. Ele sabe que vai tentar prender alguém muito perigoso, altamente treinado. 


É uma situação extremamente estressante. Qualquer indicação de resistência pode resultar numa reação dos policiais. Foi aberto um inquérito policial na Bahia para apurar as circunstâncias da morte de Adriano. 


Depois de idas e vindas, e submetido a pelo menos dois exames cadavéricos adicionais, o corpo do miliciano foi enterrado no Rio, no último dia 21. “Pessoas como Adriano, que são expulsas das forças de segurança, precisam ser monitoradas a partir do momento de seu expurgo, mesmo que elas não estejam presas. Pois elas se tornarão um problema, mais cedo ou mais tarde”, afirma Storani.

Por Leandro Aragão – O Campeonato Baiano conta com apenas dois invictos: Bahia e Juazeirense. Neste domingo (1º), o Cancão de Fogo conquistou sua segunda vitória consecutiva ao bater o Flu de Feira por 4 a 2, no Joia da Princesa, pela sexta rodada.

Enquanto o Tricolor venceu o rival Vitória, por 2 a 1, no Barradão. Inclusive, o Leão ainda não tinha sido derrotado antes do clássico Ba-Vi no certame estadual, assim como o Touro do Sertão.

Em seis jogos disputados, a Juazeirense acumula quatro empates e duas vitórias. Antes de engatar os dois triunfos, time de Juazeiro trocou de técnico ao demitir Vladimir de Jesus e contratar Laelson Lopes.

O ataque do Cancão de Fogo balançou as redes 12 vezes e sofreu nove gols. A boa fase alçou a equipe de Juazeiro ao terceiro lugar na tabela de classificação ao somar 10 pontos, um a menos do que o Vitória, que é o segundo.

Já o Bahia, abriu distância na liderança do estadual. Com o quarto triunfo conquistado neste domingo, o Tricolor chegou aos 14 pontos. Os outros dois compromissos terminaram em empate. Além disso, o time soteropolitano tem a melhor defesa da competição sendo vazada quatro vezes e o ataque balançou as redes 10 vezes.

Bahia e Juazeirense entram em campo no próximo domingo (8), às 16h, pela sétima rodada do Baianão. O Tricolor recebe o Doce Mel na Arena Fonte Nova. Enquanto o Cancão de Fogo segue atuando longe dos seus domínios ao pegar o Atlético de Alagoinhas, no Carneirão.

 TRÊS TIMES AINDA NÃO VENCERAM

Ao contrário de Bahia e Juazeirense que não sabem o que é perder no Baianão, três times ainda não venceram. Vitória da Conquista, Doce Mel e Jacobina ainda não saíram de campo com três pontos na conta. O trio ocupa as três últimas colocações na tabela.

Com quatro empates e duas derrotas, o Bode é oitavo colocado com quatro pontos, seguido pelo time de Ipiaú que tem um a menos. As duas equipes ficaram no 0 a 0, nesse domingo, no Pedro Caetano. Enquanto o Jegue da Chapada, que perdeu para o Jacuipense por 3 a 0, em Riachão do Jacuípe, tem apenas um ponto e segura a lanterna da competição na décima posição. A luz amarela está cintilante em Jacobina, pois somente o último é rebaixado para a Série B estadual do próximo ano.

Na sétima rodada, os três últimos colocados jogam no domingo (8), às 16h. O Vitória da Conquista recebe o Flu de Feira, no Lomantão. O Doce Mel visita o Bahia, em Salvador, e o Jacobina encara o Bahia de Feira, na Arena Cajueiro. | BN

Por Flávio Verão – A Gol Linhas Aéreas espera lotação de 80% para Dourados nas 140 poltronas do avião. A informação é do gerente corporativo, Anderson Wolf, em entrevista coletiva na tarde dessa segunda-feira, durante a inauguração da nova rota dentro do seu plano de expansão regional: a que liga Dourados, a São Paulo (Guarulhos). O evento reuniu dezenas de pessoas no Aeroporto de Dourados.

De acordo com a empresa, a cidade será a segunda base da Companhia naquele Estado e terá – assim como Campo Grande, em seu 19º ano de atividades – voos diretos e diários para a capital paulista. Essa abertura representa a maior base com perfil regionalista e é um marco para a Companhia: com ela, 25% da oferta de voos a partir de Guarulhos será para “não capitais” do Brasil, o maior indicador do mercado. Com um market share doméstico de 39,1%, a GOL é líder em seu segmento no País.

Pautada por dois fatores essenciais, a alta demanda e a infraestrutura aeroportuária disponível, a empresa decidiu aterrissar em Dourados como forma de atender não só ao município, mas também a toda uma região conhecida pela força do agronegócio, da pecuária e dos serviços, sem subestimar seu potencial turístico. Em resumo, uma combinação promissora que já comporta e requer, para o trajeto, um Boeing 737-700 Next Generation, com tecnologia de última geração. O voo G3 1492 parte do GRU Airport às 15h45 e chega em Dourados às 16h30 (horário local). Já o voo G3 1493, de Dourados para São Paulo, tem decolagem às 17h e pouso às 19h50.

Trata-se do 60º destino próprio da GOL em território nacional, que, somado às 16 localidades estrangeiras, resulta em 76 possibilidades de viagem aos Clientes para o Brasil, América do Sul, Caribe e Estados Unidos. A conexão de Dourados com Guarulhos permitirá aos sul-mato-grossenses e brasileiros em geral uma proximidade com outros destinos domésticos e internacionais da Companhia, além de países operados pelas aéreas parceiras no exterior.

Desde agosto de 2019, mais cidades foram contempladas com voos nesse processo de regionalização: Araçatuba (SP), Cabo Frio (RJ), Cascavel (PR), Passo Fundo (RS), Sinop (MT) e Vitória da Conquista (BA). 

Agora, são sete novas bases domésticas, consolidando um importante avanço regional da GOL, com 80% de ocupação nas mais recentes praças e 250 mil Clientes transportados. A entrada da Companhia provocou quedas consideráveis nos preços das passagens, com uma variação da tarifa média de 64% nesses mercados, segundo a Anac 

“Com esse novo destino, fortalecemos nossa atuação no Brasil e também no Centro-Oeste, que agora tem mais uma opção de voo direto e diário para o aeroporto de Guarulhos, um dos principais hubs da Companhia. Vamos oferecer uma experiência de viagem gratificante, com o conforto do espaço maior entre as poltronas, da internet a bordo, da TV ao vivo e das opções diversificadas do cardápio, com bebidas gratuitas”, afirma Rafael Araújo, diretor de planejamento de malha aérea da GOL.

Os bilhetes para a rota Dourados-São Paulo podem ser adquiridos pelo aplicativo, no site www.voegol.com.br, nas lojas VoeGOL nos aeroportos e em agências de viagem.

O ano letivo na Universidade Federal da Bahia (Ufba) começou nessa segunda-feira (2), nos campi da instituição de ensino localizados em Salvador, Vitória da Conquista, no sudoeste da Bahia, e Camaçari, na região metropolitana da capital baiana.

As aulas estavam em recesso desde dezembro de 2019, quando o semestre anterior foi finalizado. Atualmente, a instituição tem 45.922 mil estudantes matriculados, sendo que a maioria deles está em Salvador.

Com a volta às aulas, a universidade emitiu nota sobre o coronavírus. Apesar de não haver confirmação da doença no estado, a universidade recomendou, entre outras coisas, alguns cuidados com a higiene, por parte dos estudantes, professores e demais funcionários.

A universidade destaca que estão mantidas, normalmente, as atividades de ensino, pesquisa, extensão e assistência estudantil.

Informou ainda que a UFBA tem como base as informações e recomendações oficiais divulgadas pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS, ligada à Organização Mundial da Saúde), pelo Ministério da Saúde (MS) e pela Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab).

Um grupo de trabalho coordenado pela administração central foi formado para monitorar diariamente a evolução do coronavírus e, em caso de agravamento do cenário atual, novas orientações poderão ser divulgadas.

Entretanto foi recomendado aos membros da comunidade universitária e aos visitantes que tenham chegado de viagem recente a algum dos países com registro de transmissão do novo coronavírus, e que estejam apresentando febre e mais um sintoma gripal, como tosse ou falta de ar, ou tiveram contato direto com pessoas com esses sintomas naqueles países, que procurem os serviços de saúde pública para notificação e orientação e assistência médica adequada.

Também por cautela, é solicitado a todos da universidade maior frequência de higienização das mãos, com água e sabão ou álcool gel – a ação mais simples e eficaz de prevenção – , para minimizar as condições de transmissão de gripes provocadas por quaisquer tipos de vírus, reduzindo assim as possibilidades de eventual disseminação do Covid-19 (coronavírus). | G1 Bahia.