ITAPETINGA | Uesb produz 400 litros de álcool antisséptico 70%

Muitas têm sido as ações desenvolvidas pelas universidades estaduais da Bahia com o objetivo de auxiliar a sociedade a conter a propagação do coronavírus. A pandemia impôs novas necessidades não só aos serviços de saúde, como a toda a comunidade, e, nesse cenário, essas instituições potencializam o seu papel de contribuição social.

Uma das necessidades é o aumento da produção de antissépticos utilizados para a descontaminação de superfícies e higienização das mãos, medidas indispensáveis para o enfrentamento à Covid-19.

Para ajudar nessa demanda, a Uesb, a Associação dos Produtores de Cachaça de Itarantim (APC-IT) e o Centro de Estudos de Ação Social (Ceas) se uniram no intuito de viabilizar a produção e distribuição gratuita de álcool etílico.

Fabiany Cruz, professora do Departamento de Ciências Naturais e Exatas da Uesb, responsável pela parte técnica e química da produção, explica que a Universidade recebe o álcool etílico dos produtores de cachaça e acrescenta os insumos que o torna adequado para o uso.

Segundo ela, o procedimento é fundamental, pois o álcool etílico puro ou em uma diluição de 70%, exclusivamente, não é indicado para uso antisséptico. Nessas condições, o composto pode causar o ressecamento da pele, o que favorece a entrada de vírus e bactérias no organismo.

Para assegurar todo o processo, o Laboratório de Tecnologia de Produtos de Origem Vegetal (LTPOV) da Uesb, campus de Itapetinga, passou pela adequação do espaço físico, visita da Vigilância Sanitária Estadual e estruturação de protocolos e procedimentos para a produção, segundo orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS).

“Procuramos estudar todos os protocolos, assim como efetuar treinamento de todos os colaboradores envolvidos”, conta a professora.

Iniciada no mês de maio, a produção já chegou a mais de 400 litros de álcool antisséptico 70%. A perspectiva da coordenação é de que, nos próximos três meses, sejam produzidos e distribuídos aproximadamente 1.500 litros a instituições e comunidades periféricas do interior da Bahia e do Norte de Minas Gerais.

Uma produção que chega de forma rápida e gratuita onde precisa. “As doações para as Secretarias de Saúde ou, diretamente, para as unidades do Sistema Único de Saúde (SUS) dos municípios visam proporcionar ajuda imediata, evitando os processos licitatórios demorados e onerosos”, acrescenta a professora Fabiany. 

A Fundação José Silveira, em Itapetinga, foi uma das beneficiadas pela doação feita pela Universidade. Para Ana Bárbara Matos, coordenadora da Instituição, “a iniciativa precisa ser reconhecida diante do atual contexto em que é necessário e urgente o controle da proliferação do vírus”. | Ascom/Uesb.


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