FUTEBOL | Galinha e Sardinha: saiba de onde vem os apelidos mais inusitados do clássico Ba-Vi

A zoeira faz parte do futebol como um todo, principalmente quando uma torcida fica brincando com o time rival e vice-versa. No futebol baiano não é diferente quando envolve os dois maiores times do estado: Bahia e Vitória. A rivalidade entre tricolores e rubro-negros já rendeu diversos apelidos curiosos.

As chacotas mais atuais e que estão na boca do torcedor é Sardinha – em referência ao Bahia – e Galinha, que é uma zoeira com o Vitória. Nesse clima de Ba-Vi decisivo pelo Baianão, o BNews explica para você de onde surgiram essas brincadeiras que agitam o clássico. 

🐟 Sardinha tricolor

Joel Santana em ação pelo Bahia na temporada 2011, quem está de colete azul é o goleiro Caíque - que passou pelo Vitória - e foi base do tricolor
Joel Santana em ação pelo Bahia na temporada 2011, quem está de colete azul é o goleiro Caíque – que passou pelo Vitória – e foi base do tricolor – Foto: Felipe Oliveira/EC Bahia

O ano era 2011, o Bahia havia acabado de demitir o técnico Vagner Benazzi e precisava de um comandante para o início do Brasileirão Série A. Na época, a diretoria tricolor sondou Joel Santana, que já havia trabalhado no Esquadrão em 1994 (sendo campeão baiano com gol de Raudinei) e 1999.

A sondagem foi repercutida em entrevista com Papai Joel no programa ‘Bem, Amigos!’, do SporTV. Durante a conversa, na época, o ex-treinador carioca afirmou que recusou a proposta e se referiu ao Bahia da seguinte forma:

Estou esperando peixe grande, sardinha não!”, brincou Joel. 

🎥 Relembre:

Mesmo numa época em que as redes sociais não eram tão impactantes como atualmente, a frase viralizou e caiu nas graças da torcida do Vitória. Obviamente, a Nação Tricolor ficou na ira com Joel Santana, mas não tinha jeito, a sardinha já estava na boca do torcedor baiano.

Curiosamente, Joel Santana foi contratado pelo Bahia meses após a polêmica da sardinha, sendo técnico do Esquadrão até o fim daquela temporada de 2011. O Papai Joel também teve outra passagem pelo tricolor em 2013, em meio à crise no então Fazendão, após a goleada de 5 a 1 – sofrendo o placar elástico de 7 a 3 aplicado pelo Leão da Barra na final do Baianão – sendo demitido em seguida.

🐔 Galinha rubro-negra

Briga generalizada no "Ba-Vi da Paz", em 2018, no Barradão
Briga generalizada no “Ba-Vi da Paz”, em 2018, no Barradão – Foto: Felipe Oliveira/EC Bahia

Anos depois no Baianão de 2018, aconteceria o ‘Ba-Vi da Paz’, que passou longe se ser tranquilo dentro do gramado. Era o retorno das torcidas de Bahia e Vitória no Barradão após seis confrontos de torcida única, mas uma polêmica comemoração do meia Vinícius, do Esquadrão, causaria uma verdadeira turbulência no clássico.

Após converter o pênalti a favor do Bahia, Vina correu em direção ao setor do Barradão onde fica a torcida organizada ‘Os Imbatíveis’ e fez uma dança que causou ira nos atletas do Vitória. Lembrando que o então camisa 29 tricolor já havia repetido o gesto anteriormente em outros jogos com adversários diferentes.

Dentro de campo sobrou confusão e brigas com pancadaria. A partida chegou a ficar 16 minutos paralisada e sete jogadores foram para o chuveiro mais cedo. No segundo tempo, o Vitória ainda teve mais dois expulsos: Uillian Correia e Bruno Bispo, que forçou o segundo amarelo.

Arbitragem tendo que lidar com as confusões entre os jogadores da dupla Ba-Vi – Foto: Felipe Oliveira/EC Bahia

 

Diante disso, o Leão ficou com apenas cinco atletas em campo e, por regulamento, o jogo precisou ser encerrado mais cedo, pela quantidade mínima de jogadores do Vitória. Ao todo, foram nove jogadores da dupla Ba-Vi expulsos pelo árbitro Jaílson Macedo de Freitas naquele jogo válido pela 1ª fase do Estadual.

Conforme as regras da competição, o Bahia acabou vencendo a partida por W.O (3 a 0) e a Nação Tricolor associou ao episódio e as expulsões dos jogadores do Vitória com o filme “Fuga das Galinhas”. Desde então, o Leão da Barra vem sendo associado a uma galinha pelos torcedores do Esquadrão. | BNews.


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