DIREITO | Teste de combustível pode ser exigido por clientes em postos; saiba o que fazer se não estiver seguro quanto à qualidade dos combustíveis oferecidos na hora de abastecer seu veículo

Muitos desconhecem, mas uma resolução da Agência Nacional do Petróleo (ANP) obriga todos os postos a terem um kit para teste, e os frentistas devem estar habilitados a fazê-lo gratuitamente e na frente do cliente. Se o posto se recusar, o consumidor pode formalizar uma denúncia ao Procon e à ANP, pelo telefone 0800 970 0267 ou no site www.anp.gov.br.

“O teste da proveta é simples e indica a quantidade de etanol anidro na gasolina, que pelas regras da ANP deve ser de 27% para as gasolinas comum e aditivada. Para as gasolinas premium, o valor é de 25%”, explica Pose.

Em uma proveta de 100ml, o frentista deve adicionar 50 ml de gasolina e 50 ml de uma solução feita de água e sal de cozinha. Depois de misturado, o etanol que estava na gasolina é transferido para a água. Após um repouso de 15 minutos, fica visível a separação dos líquidos, com a gasolina na parte superior da proveta.

O correto é que o líquido branco, resultante da mistura de água, sal e etanol, preencha um volume de 63 ml. Se o volume for superior a este, a gasolina foi adulterada. Veja, no video abaixo, como o teste deve ser feito:

Para se certificar da qualidade do etanol, verifique também as bombas de abastecimento. Elas têm um termodensímetro na lateral, que indicam a qualidade do etanol hidratado, que deve ser transparente, sem impurezas e sem coloração. A linha vermelha que marca a densidade do produto deve estar abaixo, ou no máximo no mesmo nível do combustível.

Também é possível ter indícios de que o combustível foi adulterado ou é de má qualidade pela observação das bombas. “A própria bomba de abastecimento já dá indícios de uma possível adulteração nos combustíveis. Todas devem estar lacradas e com informações exigidas pela ANP, que inclui CNPJ e endereço do posto, além do selo do Inmetro”, alerta Pose.


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