CASO CAIC | Vereadores cobram apuração ao estupro de uma criança no banheiro de escola municipal em Conquista

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A sessão desta sexta-feira (13) na Câmara de Vereadores foi marcada por discursos sobre o caso do estupro que teve como vítima uma criança de 7 anos, atacada por três adolescentes, com idade entre 13 e 15 anos, no banheiro da escola municipal “Paulo Freire” (CAIC), esta semana.

A vereadora Viviane Sampaio (PT), líder da Bancada de Oposição, explicou que as comissões de Direitos Humanos e de Educação vão acompanhar o caso.

Ela frisou que a escola tem o dever de guardar a integridade dos seus alunos, mas criticou a postura da prefeitura. “Também repudio a nota da prefeitura que diz que na apuração da situação vai culpabilizar e poderia até exonerar todos os cargos diretivos daquela escola”, disse. 

Segundo Viviane, a discussão “é muito mais profunda”. Ela apontou que as politicas públicas de saúde, assistência social e educação não são priorizadas pela prefeitura, mas a gestão abre mão de sua responsabilidade, culpando apenas a direção do CAIC.

HORAS EXTRAS – Também em pronunciamento, o vereador Valdemir dias (PT) ⇧, lamentou o episódio. “Um momento triste em uma escola municipal”, afirmando ser isso consequência de ações do governo municipal.

“Esse governo cortou as horas extras dos agentes patrimoniais, aí dá o horário e eles têm que sair. O CAIC é a maior escola da rede municipal e tem apenas um agente patrimonial, “ou ele fica na portaria ou roda pela escola, e pela norma ele tem que sair quando der o horário”.

Num discurso inflamado, o vereador David Salomão (PRTB) ⇧ disse que as autoridades municipais precisam responder pelo caso de estupro de uma criança em uma escola municipal. “O secretário de Educação tem que responder, o prefeito tem que responder, porque a escola é de responsabilidade da prefeitura”, avaliou.

“Um garoto de 7 anos de idade, no dia do seu aniversário. A escola que deveria ser um lugar de proteção, de amparo. Criança no CAIC foi ao banheiro, foi trancafiada no banheiro por três marginais de 13, 15 anos”, narrou o edil.

“Se esse país tivesse lei, ordem, eles iriam para o presídio. Têm que estar trancados no presídio para fazerem como eles o que eles fizeram”, disse o vereador, defendendo que os autores da agressão sejam presos, independente da idade. “Escola não é lugar de marginal”, finalizou.

ESTRESSADOS – “A escola Caic, na Urbis IV, já foi referência e agora está às traças, abandonada, assim como todas as escolas da rede municipal”, lamentou o vereador Danilo Kiribamba (PC do B) ⇧, em seguida. Ele disse que o trabalho da prefeitura na Avenida Olívia Flores e no Centro da cidade não reflete da mesma forma na educação.

“Os professores do Caic estão estressados, quando termina a aula, eles vão para o pátio fazer monitoria, mas eles não dão conta”, prosseguiu. Kiribamba solicitou ao líder do Governo na Câmara, vereador Edivaldo Júnior (MDB), para intervir: “Hoje o Caic é uma das escolas mais perigosas da cidade. Algum tempo atrás um aluno entrou numa caixa d’água, agora vem essa suspeita de estupro”, afirmou.

O líder do governo, Edivaldo Júnior (MDB) ⇧, afirmou ser muito triste o que aconteceu no CAIC, com a criança de 7 anos que foi abusada, e disse que todos os pais e educadores se sensibilizam com a situação.

Edivaldo também ressaltou que o secretário de educação, Esmeraldino Correia, detalhou as medidas que serão tomadas pelo município. O líder do governo também afirmou que não se pode aproveitar de um momento de tristeza para tentar colocar isso como um problema da administração municipal.


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