ARTIGO | SOBRE O BOLSONARO TER CHAMADO O TEMER PARA CONVERSAR (Marcelo Rates Quaranta)*

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Vamos a um exemplo clássico:

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Se na sua rua tem um cachorro que sai mordendo todo mundo, você vai falar com o cachorro ou com o dono do cachorro?

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Pronto! Agora você entendeu! O Temer é o dono do cachorro. Ele criou o cachorro.

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Sem muito esforço, com calma e inteligência o dono do cachorro vai colocar uma focinheira nele, vai prendê-lo numa coleira e mandá-lo ficar quieto, e ele não vai mais morder ninguém. A paz e a ordem vão voltar à rua. 

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Quero lembrar aqui que, com quase  100% de certeza, o tal cachorro morde a mando dos outros da matilha. Se ele for neutralizado pelo dono, a matilha inteira vai ficar perdida e neutralizada também, já que ele é o “bucha” e os outros não têm coragem de sair pela rua mordendo.

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Se ainda assim o cachorro sair mordendo quem chegar perto, aí não restará outra alternativa a não ser sacrificá-lo mas com a total anuência do dono. O resultado será o mesmo: A neutralização da matilha. 

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E por que falar amigavelmente com o dono?

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Bom… O dono do cachorro é um dos mandachuvas do MDB, um dos partidos que o Bolsonaro precisa manter perto e ao seu lado para poder aprovar reformas e manter sua governabilidade. 

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Não adianta sair chutando o cachorro, porque por ser cachorro, ele não vai entender a razão de estar sendo chutado. Ele é irracional, lembra? Ele só entende dois comandos; “MORDE!”, dado pela matilha, e “QUIETO!” dado pelo seu dono. Logo, o melhor é falar com o dono e continuar sendo “amigo” do vizinho, já que com a matilha não tem diálogo.

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Repito: Se ainda assim o cachorro continuar mordendo, mesmo após a ordem do seu dono para ficar quieto, aí seu dono vai concordar em sacrificá-lo. Aliás, vai recomendar o sacrifício, porque o próprio dono do cachorro vai querer manter a paz, e posteriormente não ser acusado de ter sido o causador do caos. E não é isso que queremos?

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A política é uma arte que exige inteligência emocional.

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RESUMÃO: Não adianta causar um caos na rua por causa de um cachorro louco. Deixemos que o cachorro se enforque na própria coleira em sua loucura, ou dê motivos para que o próprio dono peça o seu sacrifício.

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Só para não esquecer: Pelo sistema atual, no tal canil cada cachorro tem um dono. No caso em questão, ali 8 cachorros são de um único dono, mas eles não têm coragem de morder ninguém. Coloca-se o “mordedor” quieto ou sacrifiquem-no, e os outros colocarão seus rabos entre as pernas.

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AU AU.

*Marcelo Rates Quaranta Nasceu em 03 de maio de 1962 no Rio de Janeiro, é um escritor, poeta e músico de etnia cigana, palestrante e Piloto de Linha Aérea com quatro décadas de experiência, atuando como comandante em serviço aéreo especializado e na aviação executiva.


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