ARTIGO | O pior cego é aquele que não quer ver

Igreja do Evangelho Quadrangular: O pior cego: é aquele que não ...

Por Cesar Damascena* – Senhores e senhoras, o título acima diz tudo o que estamos vivenciando neste momento. São dificuldades para todos, empresários, empregados, indústria, industriários, garçons, músicos, professores, comerciários, diaristas, empregadas domésticas, enfim toda a cadeia produtiva, quem gera emprego e renda, etc…

O nosso alerta é por conta da falta de responsabilidade do poder público, foi necessário o Ministério Público Estadual(MPE); entrar com ação judicial para impedir ou minimizar o crescimento do Covid-19, ou seja, o MPE usou como medida o aumento dos casos em Vitória da Conquista.

Em 1º/06, tínhamos registrado pouco mais de 150 casos, e até o dia da referida ação os casos eram mais de 450, atualmente são 654 infectados, segundo a Secretária Municipal de Saúde. É temeroso ou não seguir o cronograma de flexibilização?

Senhores e senhoras, sou Tecnólogo em Segurança do Trabalho, atuo na área da comunicação visual, além de músico, sofri com as consequências da pandemia, aliás como todo mundo. Estamos presenciando falta de responsabilidade, sensibilidade, negligência, cuidado com a população, falta o poder público, falta prefeitura, falta prefeito.

Aliás o prefeito, acusa o MPE, de perseguição, usando de política para desestabilizar o governo. A verdade o prefeito usa sim a politica para  sair das pressões, vamos recordar, o comércio essencial foi o primeiro a serem agraciados, até por que a economia não poderia parar, caso dos caminhoneiros, as casas de peças, oficinas, hospitais, serviços de saúde, segurança pública.

Já o comércio depois de trinta dias, os comerciantes e empresários do ramo fizeram protestos, carreatas, reuniões e lograram êxito, aliás o movimento do dia dos namorados e o São João, foram sensacionais, muita gente nas ruas, falta de fiscalização, resultado, foi criado o comitê de gestão do Covid-19, cronograma de flexibilização e suas etapas.

Amigos e amigas, quando o comércio teve sua abertura decretada, a cidade registrava pouco mais de 150 casos, até ai, tudo bem, poucos casos, poucos óbitos, tudo dentro da normalidade, então, vamos seguir adiante. Porém, depois de duas semanas, os casos passaram para mais de 450 infectados, então o MPE usou esse aumento como parâmetro para ajuizar a referida ação judicial. 

Nesse meio tempo, a abertura dos bares e restaurantes foi suspensa, segundo o comitê de gestão do Covid-19. Já o templos e igrejas foram autorizadas a reabrirem, desde que seguisse o protocolo de segurança. Durante essa semana o prefeito ficou contente, a cidade ficou entre as cinco cidades com mais de 200.000(duzentos mil habitantes); com menos óbitos no Brasil.

Vamos lá, o prefeito, hoje decretou a abertura dos bares e restaurantes, seguindo o cronograma de flexibilização, desde que os bares e restaurantes sigam as recomendações de segurança, espaçamento de mesas, clientes, álcool em gel, acrílicos separando as pessoas uma das outras nas mesas, segundo Dante Gusmão em entrevista a Anderson Oliveira, Blog do Anderson.

A nossa preocupação é que alguns donos de bares e restaurantes irão ter que investir, se readequar as novas medidas, será que irão conseguir implementar as orientações do decreto e consequentemente do comitê de gestão do Covid-19?

É, amigos e amigas, estamos diante de um grande dilema, vai se permitir cumprir todas etapas de flexibilização, será que é o momento? Será que não seremos todos nós punidos com o fechamento por determinação da justiça? Isso por conta da falta de sensibilidade, responsabilidade e humanidade.

São tantas mazelas, insensatez, desmandos e falta conhecimento que sinceramente não sei onde iremos parar. Olhem, reflitam, procurem, onde se teve total flexibilização, alguns lugares está havendo o fechamento por conta de ações judiciais ou por conta da sensibilidade de prefeitos e governadores. | * Tecnólogo em Segurança do Trabalho, com atuação na área da comunicação visual e músico.


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