Por Márcio Higino* – Doutor Adolfo Bezerra de Menezes, médico, escritor, militar, espírita e político (exerceu vários mandatos de vereador, deputado distrital e deputado geral pelo Rio de Janeiro, ainda no período do império) ensinou que “a política é a ciência de criar o bem de todos, e nesse princípio me firmarei“.
Belo exemplo. Não só de retórica, pois. Sabe-se, por meio da sua rica biografia, que ele foi um exemplar político, digno e muito sensível às causas dos pobres, além de muito caridoso e justo.
Como estamos ensaiando algumas reflexões sobre a política, essa atividade remonta à Grécia Antiga, sendo um dos seus grandes articuladores naquele período Aristóteles, que ensinava que a política era um mecanismo que tinha como fim último a felicidade dos homens.
A política, assim, é o nome que se dá para a capacidade do ser humano de criar diretrizes com o objetivo de organizar seu modo de vida.
Na confluência do quanto já exposto, preocupo-me muito quando vejo ações e reações de cidadãos/cidadãs que afirmam odiar a política, que não são políticos, caracterizando-se essas posições como ações e atitudes políticas.
A sociedade humana só tem dois caminhos para definir os rumos do seu processo evolutivo, do seu caminhar civilizatório: a política ou a violência.
No Brasil dos nossos dias observa-se um frenético ataque à democracia, às instituições democráticas da República Brasileira, colocando em risco a liberdade, o bem mais precioso de uma democracia consolidada. Liberdade de ir e vir, liberdade de agir e de pensar. Há risco iminente de um retrocesso político. Nesse contexto é que se realizarão as eleições municipais.
Continuando, uma cidade, um estado ou uma nação, pode ser governada – bem ou mal – de diversas maneiras, utilizando-se de mecanismos institucionais a que denominamos de formas de governo. No âmbito das formas de governo encontram-se instalados os regimes políticos, ou seja, a maneira como os governos exercem seu poder; dentre eles, destacamos a democracia, muito embora a existência do autoritarismo e do totalitarismo.
Para concluir, devemos observar que as tratativas que foram e estão sendo conduzidas nos bastidores políticos da cidade apontam já as primeiras definições, levando-se em consideração o advento da janela partidária, com as movimentações de quem já tem mandato, tanto quanto de quem ainda não chegou lá . Creio que algumas surpresas poderão acontecer. Shakespeare já afirmava: ” existem tantos mistérios entre o Céu e a Terra, do que imagina a nossa vã filosofia.
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