SUDOESTE DIGITAL (Da redação) – Um grupo de desabrigados em Itapetinga está utilizando as redes sociais e grupos de compra e venda para comercializar donativos, após cadastro na Prefeitura. A polícia civil foi acionada e já teria identificado um cidadão que oferecia fogão e colchão em um grupo local. Além dele outras pessoas passaram a ser investigadas.
A questão é se há cometimento ou não de crime, já que se trata de doação e não de apropriação indébita. Em meio à situação, reside a questão moral e ética, já que muitos em situação igual ou pior ficaram de fora do cadastro.
Em nota, a Prefeitura de Itapetinga afirmou ter tomado conhecimento de que alguns beneficiados estariam vendendo parte das doações arrecadadas após a realização, na última sexta-feira, 14, de mais uma etapa do programa Itapetinga de Volta para Casa.
O prefeito Rodrigo Hagge (MDB) acionou a procuradoria do município, que registrou denúncia contra os beneficiários que postaram produtos da doações a venda na internet. A administração municipal garante que foram identificados os supostos vendedores dos produtos nas redes sociais.
No evento, foram entregues a 200 famílias, um fogão, dois colchões, dois travesseiros, três cestas básicas, além roupas de banho e cama, água, leite e de kits de higiene e limpeza. “Para corrigir possíveis enganos e conseguir beneficiar quem realmente precisa, o município já realizou denúncia contra aqueles já identificados”, informou a gestão.
O programa Itapetinga de Volta para Casa tem o objetivo de ajudar a população a reconstruir suas vidas oferecendo o mais essencial para recomeçar. “Ao vender o material recebido, o beneficiado prova que não precisa do material e ele deverá ser revertido para alguém que realmente precise desse pontapé inicial”, assegurou.