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ARTIGO ESPECIAL – Logo eu?!?

 – Carla Andrade – 

Surfando na onda das news sensations das redes sociais vamos iniciar aqui pelo blog uma publicação semanal abordando os diversos assuntos que são os hits do momento por esse mundão virtual de meu Deus. Os famosos “top trendings” ou os assuntos mais comentados povoam os teclados e são replicados mundo afora tornando público um pensamento, uma ideia, um relacionamento… Ata!!!
Na ultima quinta, 12, Neymar “quebrou” a internet ao se referir a Bruna Marquezine como “wife”, esposa em português… oooount que amor… os fãs de #Brumar foram a loucura com essa declaração tão fofa e o assunto virou o hit do momento, desbancando o meme “logo eu” que saiu do twitter para causar no facebook.

Mas um assunto que está bombando na rede é a entrevista de Gilberto Kassab, ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, na qual ele afirma que o governo quer estabelecer um limite para a internet fixa ainda neste ano. Pelamor… O que será de nós??? Além de não termos qualidade e pagarmos caro por um serviço meia boca de internet móvel, por exemplo, ainda teremos essa limitação que em nada nos favorece enquanto consumidor. Fica mais nítido contextualizar com o serviço de internet do nosso celular, quando a gente recebe aquela mensagem trágica “sua franquia de dados atingiu o limite” e lá vamos nós pra recarga imediata porque ninguém quer ficar desconectado.  E a ideia é que ao usarmos o computador, seja da mesma forma estaremos limitados ao que podemos ou não fazer na internet.

Seria uma censura, uma medida que impossibilite o povo do acesso à informação? Mistério… o fato é que a hashtag #NaoAoLimiteDeInternet lidera o ranking dos assuntos do momento nessa sexta  no twitter, mas a sensação de que a limitação de dados será, em breve, estabelecida aos brasileiros é um verdadeiro presente do mal nessa sexta feira 13.

* Carla Andrade é jornalista e mestre de cerimônias

E A MANDALA? – Polícia Civil investiga pirâmide financeira conhecida como “Mandala”

O golpe é uma pirâmide financeira, tipo de negócio proibido no país. O que parecia lucrativo, virou prejuízo para muita gente. O caso está sendo investigado pelo Ministério Público e Delegacia de defesa do consumidor. A polícia de Sergipe já investiga, assim como as do Rio Grande do Norte e Minas Gerais. Na Bahia, apesar do número de lesados – inclusive em Vitória da Conquista e Itabuna – nada foi feito até o momento. 

A pirâmide financeira conhecida como Mandala da Prosperidade está sendo alvo de investigação por parte da Polícia Civil. Isso porque 10 pessoas procuraram a Delegacia de Defraudações alegando ter sido vítimas do golpe.
Desde o mês de novembro, várias denúncias foram feitas em delegacias da capital e do interior do Estado e alguns suspeitos já estão sendo investigados. A proposta da pirâmide é fazer o indivíduo multiplicar em até 10 vezes o valor investido inicialmente, além de recrutar pessoas para formarem equipes e aos poucos se tornarem chefes umas das outras.

De acordo com a responsável pela Delegacia de Defraudações, delegada Rosana Freitas, cerca de 10 pessoas prestaram boletim de ocorrência alegando terem sido vítimas do golpe, considerado como crime contra economia popular. Ela destaca ainda que nenhuma delegacia se responsabiliza pelo ressarcimento do valor investido pelas vítimas, apenas pela apuração do crime.
“A Delegacia de Defraudações não é a responsável pela investigação do crime. Todas as pessoas que se sentirem lesadas podem se dirigir à delegacia mais próxima, seja ela metropolitana ou do interior, e fazer a denúncia por meio da abertura de um boletim de ocorrência. Já as que desejam o ressarcimento do valor, devem entrar com ação judicial solicitando a devolução do investimento”, finaliza.

Fonte: SSP/SE

VÍDEO – Carro pega fogo na rodovia entre Barra do Choça e Barra Nova

Apesar do susto ninguém ficou ferido. Não se sabe o que provocou o incidente, mas suspeita-se que houve pane elétrica.


Um veículo, Ford Fieta 2013 de Barra do Choça pegou fogo na tarde desta quinta-feira, 12 de janeiro, na Rodovia que liga o município de Barra do Choça ao Distrito de Barra Nova. Assista as Imagens:



O incidente ocorreu por volta das 14 às 15:00 horas. De acordo informações, o motorista ia em direção a Barra do Choça, quando iniciou o incêndio. Foi tudo muito rápido, disse o irmão da vítima. Apesar do susto ninguém ficou ferido. Não se sabe o que provocou o incidente, mas suspeita-se que houve pane elétrica. Durante o incêndio, houve uma forte explosão, causando um medo e preocupação, mas no final acabou tudo bem. A Polícia e o seguro foram acionados. 


Com informações do Blog do Jorge Amorim e Blgo do Kelves

VALENTIA – Marido traído invade pousada para matar esposa em Itabuna

José Paulo Lopes Galvão (Zé Paulo), 21 anos, foi preso pela Polícia Militar portando um revólver calibre 38, na manhã desta sexta-feira (13). Ele disse aos policiais que iria invadir a Pousada Primavera na avenida Amélia Amado e matar a esposa dele.

Antes de seguir para o Complexo Policial, Zé Paulo, foi atendido no Hospital de Base, ferido na mão, ao resistir à prisão. Na delegacia, o homem disse que o desespero tomou conta dele ao saber que estava sendo traído.

Ele confessou que antes de partir para matar a mulher consumiu cocaína, comprada em uma boca de fumo. A arma, segundo Zé Paulo, foi adquirida há alguns meses para “se defender”. O mototaxista que o acompanhava também foi conduzido, mas em seguida liberado, por não ter envolvimento com o criminoso.

(Verdinho)

CENAS DO COTIDIANO – Acidente envolve carro e microônibus em Conquista; uma pessoa ficou ferida

Fotos: BLOG DO ANDERSON
Mais um acidente é registrado na extensa avenida Vivaldo Mendes, bairro Recreio, em Vitória da Conquista. A colisão que envolveu um carro de passeio e micro-ônibus, aconteceu no cruzamento com a rua Augusto Seixas, no acesso ao Posto Aline.

Uma pessoa ficou ferida e foi levada a um hospital pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). O Sistema Municipal de Trânsito e a Polícia Militar registraram a ocorrência.

CUI BONO – PF mira ex-ministro Geddel Vireira Lima em caso de corrupção na Caixa Econômica

Geddel pediu demissão há três semanas após desentendimento com o também ministro Marcelo Calero | Valter Campanato/Agência Brasil

A Polícia Federal realiza desde as primeiras horas da manhã desta sexta-feira, 13, buscas e apreensões em endereços residenciais e comerciais no Distrito Federal, Bahia, Paraná e São Paulo. Segundo nota da PF, a operação investiga um esquema de fraudes na liberação de créditos junto à Caixa Econômica Federal que teria ocorrido pelo menos entre 2011 e 2013.

A PF também afirma que o esquema teve participação do então vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa Econômica Federal, cargo ocupado pelo ex-ministro Geddel Vieira Lima durante o período.
A polícia também investiga a participação do então vice-presidente de Gestão de Ativos, além de um servidor da CEF, empresários e dirigentes de empresas dos ramos de frigoríficos, de concessionárias de administração de rodovias, de empreendimentos imobiliários e de um operador do mercado financeiro. Sete medidas de busca e apreensão foram determinadas pelo juiz da 10ª Vara da Justiça Federal no Distrito Federal.

A investigação da Operação Cui Bono é um desdobramento da Operação Catilinárias, realizada em 15 de dezembro de 2015. Naquela oportunidade, os policiais federais encontraram um aparelho celular em desuso na residência do então Presidente da Câmara do Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Submetido a perícia e mediante autorização judicial de acesso aos dados do dispositivo, a Polícia Federal extraiu uma intensa troca de mensagens eletrônicas entre o Presidente da Câmara à época e Geddel Vieira Lima entre 2011 e 2013. As mensagens indicavam a possível obtenção de vantagens indevidas pelos investigados em troca da liberação para grandes empresas de créditos junto à Caixa Econômica Federal, o que pode indicar a prática dos crimes de corrupção, quadrilha e lavagem de dinheiro.

Diante destes indícios os policiais passaram então a investigar o caso, que tramitava no Supremo Tribunal Federal em razão de se tratar de investigação contra pessoas detentoras de prerrogativa de foro por função. Porém, em virtude dos afastamentos dos investigados dos cargos e funções públicas que exerciam, o Supremo Tribunal Federal decidiu declinar da competência e encaminhar o inquérito à Justiça Federal do DF.

Operação Cui Bono. O nome da Operação é uma referência a uma expressão latina que, traduzida, significa literalmente, “a quem beneficia?” A frase, atribuída ao cônsul Romano Lúcio Cássio Ravila, é muito empregada por investigadores com o sentido de sugerir que a descoberta de um possível interesse ou beneficiado por um delito pode servir para descobrir o responsável maior pelo crime.

QUADRILHA – Geddel Vieira Lima e aliados são alvos de Operação da Polícia Federal

Geddel Vieira Lima é alvo de Operação da Polícia Federal em Salvador

Foto: Bruna Castelo Branco / Bahia Notícias

Um imóvel do ex-ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima (PMDB), é alvo de investigação da Polícia Federal na manhã desta sexta-feira (13). Desdobramento da Operação Catilinárias, deflagrada em 15 de dezembro de 2015, a Operação Cui Bono cumpre sete mandados de busca e apreensão para apurar um esquema de fraudes na liberação de créditos junto à Caixa Econômica Federal entre 2011 e 2013. Geddel foi vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa nesse período. Além de Salvador, a PF realiza buscas e apreensões em endereços residenciais e comerciais no Distrito Federal e em cidades do Paraná e São Paulo, determinadas pelo juiz da 10ª Vara da Justiça Federal no Distrito Federal. O esquema investigado seria composto por Geddel, pelo vice-presidente de Gestão de Ativos, um servidor da Caixa, empresários e dirigentes de empresas dos ramos de frigoríficos, de concessionárias de administração de rodovias, de empreendimentos imobiliários, além de um operador do mercado financeiro. Em 2015, quando a investigação teve início, policiais federais encontraram um aparelho celular em desuso na residência do então presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha. Após perícia, a PF extraiu uma intensa troca de mensagens entre Cunha e Geddel, que indicavam a possível obtenção de vantagens pelos investigados em troca da liberação de créditos junto à Caixa para grandes empresas. A suspeita é de que indique a prática dos crimes de corrupção, quadrilha e lavagem do dinheiro, então os policiais passaram a investigar o caso, que tramitava no Supremo Tribunal Federal (STF). Agora, com o afastamento dos investigados dos cargos e funções públicas que exerciam, o STF encaminhou inquérito a Justiça Federal do Distrito Federal.

CARA-DE-PAU – Foi solto e logo voltou a roubar. PM prende “bonde do Celta preto”

quadrilhaNa noite de ontem (12) , várias assaltos foram registrado em Vitória da Conquista (Av. Piaui, Av.  Pernambuco, Av. Itabuna no Bairro Urbis V).As vitimas sempre apontavam que foram assaltadas por uma quadrilha a bordo de  um celta preto. Já na madrugada da manhã de hoje (13), em rondas pela Av. Brumado, uma guarnição do 1º pelotão da 78º CIPM, se deparou com um veiculo com as mesmas características passadas pelas vitimas. Ao proceder com a abordagem, ficou constatado que o motorista é um velho conhecido da Guarnição, Jarles Azevedo Santos, o mesmo teria sido preso no dia 02 de novembro do ano passado, no que ficou conhecido como “bonde do corsa hatch”.

No interior do celta, foi encontrado todo o material roubado. Jarles Azevedo Santos de 24 anos, Maria Aparecida Fernandes de Souza de 30 anos, Ememis Novaes de Azevedo de 26 anos, Isaías Lemos, de 27 anos  e uma adolescente, foram encaminhados para a Delegacia, onde foram reconhecidos pelas vitimas.

(Léo Santos)

CATUABA – A selvagem história de sucesso

Catuaba Selvagem


Ao lado do show do Alceu Valença e do refrão de Baile de Favela, um dos ícones do ascendente carnaval paulistano de 2016 foi a Catuaba Selvagem. Barata, razoavelmente palatável (não esqueçamos de experiências anteriores, como a do vinho químico), doce e com a promessa de aumentar o vigor sexual, a bebida parecia perfeita para os dias de folia. Mas o sucesso foi tão arrebatador que a garrafa com a imagem de um homem musculoso tomando uma mulher com estilo de guerreira nos braços praticamente consolidou, passados seis meses, uma nova classe de bebidas.
O sucesso é novidade, a Catuaba Selvagem, nem tanto. E a sensualidade está na gênese da bebida: ela nasceu em 1992, inspirada por Instinto Selvagem, o clássico filme com Michael Douglas e Sharon Stone. “A trama serviu de inspiração para a escolha do nome e de toda a aura de sensualidade que a envolve. Entendendo a embalagem como primeira e mais importante peça de comunicação, procuramos o Benício”, conta Mozart Rodrigues, sócio e diretor do grupo Arbor Brasil, proprietário da marca. “Com habilidade, ele conseguiu imprimir ao rótulo o posicionamento da marca, e o resultado foi uma ilustração icônica que é a própria identidade do produto.” De fato, a escolha foi uma enorme bola dentro. O desenho de José Luiz Benício, um dos mais celebrados ilustradores brasileiros, passa imediatamente a mensagem de sensualidade da marca e empresta nobreza à bebida.
Mas e dentro da garrafa? Segundo o fabricante, lá está exatamente o que vem descrito no rótulo: uma bebida à base de vinho tinto, enriquecida com extrato de Catuaba, Marapuama e Guaraná. Ao longo dos vinte e quatro anos de história, a receita sempre foi a mesma, só a garrafa mudou. “O formato da garrafa passou a integrar um ritual. Os jovens usualmente consomem a Selvagem servida na boca, por outra pessoa ou por si mesmo, diretamente da garrafa”, conta Rodrigues a respeito do grupo de apreciadores da bebida, carinhosamente apelidado de “catulovers”. “Uma das características mais cativantes da Selvagem é ser uma marca absolutamente democrática, consumida por diversos públicos, de todas as classes, de todas as idades. Nos orgulhamos de estarmos presentes e sermos aceitos em pontos de dose espalhados por todo o país, ao mesmo tempo que marcamos presença em festas universitárias, eventos sofisticados, festas populares e manifestações culturais”, regozija-se Rodrigues, refutando uma impressão de especialistas do mercado de que a bebida atende um público mais jovem e pouco sofisticado.

Branca é a tez da manhã


Convenhamos que, depois de certa idade, tornam-se mais escassas as oportunidades de beber de acordo com o ritual descrito por Rodrigues, e muito popular em festas universitárias, além de ser natural que se caminhe na direção de universos etílicos mais complexos. Mas, sejam quem forem os consumidores, eles têm consolidado um mercado cada vez mais aquecido e, em breve, internacional. “Em 2016, atingiremos um volume recorde de produção e venda da Catuaba Selvagem, cerca de 26 milhões de litros. A distribuição é nacional, e estamos conduzindo um projeto de internacionalização bem estruturado da marca Selvagem, que se encontra em fase de estudos mercadológicos nos Estados Unidos”, conta Rodrigues. Tão aquecido que a bebida ganhou uma versão com açaí poucos meses atrás. “Existe a tendência de o catulover misturar a Selvagem com outros produtos. A tendência mais forte do universo das bebidas em todo o mundo e em várias categorias é a flavorização, ou seja, explorar a diversificação de sabores”, analisa Rodrigues.
O crescimento da produção tem sido em torno de 40%, e a Catuaba Selvagem é hoje responsável por metade do lucro do grupo Arbor Brasil. Com duas unidades industriais, uma em Teresópolis, na serra fluminense, e outra em Flores da Cunha, no Rio Grande do Sul, a empresa produz, entre outros, a sangria Cantina da Serra, o Syn Ice e a cerveja Therezópolis. A unidade gaúcha processa a uva e a vinifica, enquanto a fluminense elabora e envasa os produtos e serve de centro de distribuição e de base administrativa do grupo.
“O ano de 2015 está representando uma importante quebra de paradigma para a Arbor Brasil: se já tínhamos construído nossa expertise industrial ao longo de nossa história, pela primeira vez testamos um enfoque mais voltado para a gestão e construção de marcas”, conta o executivo e sócio, que, diante da nova realidade, contratou uma agência de comunicação, a Probrasil, de Belo Horizonte, como parceiro estratégico para desenvolver um posicionamento para a marca principal. “Como resultado, o desempenho excepcional da Selvagem este ano minimizou as dificuldades criadas a partir da retração do consumo no Brasil”, comemora Rodrigues.
Catuaba Selvagem virou ícone mas, como é de se esperar nesse tipo de fenômeno, não está nadando sozinha no sucesso. Ainda que os estudiosos no assunto tenham dificuldade em classificá-la (e bastante preconceito a respeito), a bebida criou um nicho próprio. No site da paulistana Imigrantes Bebidas, uma das lojas mais completas do país, Catuaba já é uma categoria e nela há outras três marcas à venda, a Duelo, a Randon e a Virtude. Todas muito, digamos, inspiradas na marca principal em termos de visual, com preços um pouco menores (a garrafa de um litro da Catuaba Selvagem custa em torno de 12 reais).

Só o amor constrói


Um dos pilares do sucesso da Catuaba Selvagem é o seu suposto poder afrodisíaco. No campo da ciência, esse é um terreno pantanoso. Estudando sobre ostras dez anos atrás, ouvi de importantes nutricionistas e nutrólogos que afrodisíaco, à luz da razão, não existia. Desde então, respeitáveis vozes divergentes apareceram, mas muito se confundiu e pouco se informou a respeito. Um estudo da Universidade Jamia Hamdard, de Nova Déli, na Índia, indicou estudos comprovados em seres humanos com elementos como o açafrão e o ginseng. Não custa lembrar que cientistas são como críticos musicais: adoram alardear algo que só eles sabem para renegá-lo quando fica popular.
A fama de afrodisíaca foi herdada pela Catuaba, mas é originalmente da catuaba, a planta que é um dos elementos da bebida. Segundo a Enciclopédia Agrícola Brasileira, livro de referência no assunto, catuaba é o nome vulgar da árvore que habita matas pluviais da encosta atlântica, da Bahia a São Paulo. Tanto ela quanto os outros elementos da bebida composta, o guaraná e a marapuama, estão em qualquer lista dos chamados estimulantes naturais, o que não é necessariamente sinônimo de afrodisíaco. “Apesar de existirem evidencias científicas de que os ingredientes que utilizamos têm propriedades afrodisíacas, estas características não fazem parte de nosso discurso de marca”, desconversa Mozart Rodrigues. Claro, a sexualidade humana é complexa o bastante para desconfiarmos de soluções simples. Além disso, sabemos que o cérebro é o principal órgão sexual: se você acredita que é afrodisíaco, muito provavelmente será.

Você não vale nada, mas eu gosto de você


A festa pode estar animada, mas o mercado indica o caminho inverso ao percorrido pela Catuaba. “Houve uma grande oportunidade em bebidas de maior valor agregado, e esse movimento tende a se manter até o final do ano”, diz o presidente executivo da Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe), José Augusto Rodrigues da Silva. Segundo ele, quem tem crescido mesmo no país, tanto em volume quanto em valor, são os seguimentos premium e superpremium. “A tendência aponta o foco no consumidor menos vulnerável à conjuntura econômica, o que pode se tornar importante alternativa para a indústria, com ações direcionadas e produtos especiais”, completa Silva.
Além de estar na contramão da tendência, a Catuaba pode ser responsável por 50% do lucro do grupo Arbor Brasil, mas representa menos de 1% do consumo de bebida alcoólica no país. “O mercado brasileiro de bebidas é composto pelo segmento de cervejas, que ocupa quase 90% do volume; entre os demais segmentos, cerca de 10%, a cachaça representa 70% do volume”, completa o presidente executivo da Abrabe, que avalia que o grande crescimento do mercado nacional nos próximos anos deve estar nas microcervejarias. Hoje estimadas em cerca de 280 e concentradas especialmente nas regiões sul e sudeste, elas devem dobrar a representação atual, em torno de 1% do setor cervejeiro nacional.
Tendência ou não, a Catuaba Selvagem parece não se incomodar com o mercado e continuar curtindo intensamente a festa de popularidade na qual entrou este ano. “Apesar da tendência ser certamente bem fundamentada, no caso da Selvagem houve um fenômeno incomum: a marca foi adotada por pessoas de diferentes condições sociais, de diferentes idades, de diferentes hábitos” repete Mozart Rodrigues. “Mas o que há em comum nestas pessoas tão diferentes?”, pergunta o executivo. “Todas querem se divertir e aliviar as tensões do dia a dia. Afinal, pecado é não ser feliz!” Seja qual for o pecado, com certeza o sócio da Arbor Brasil tem experimentado uma fantástica multiplicação de fiéis.