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PM afasta policiais envolvidos na morte de deficiente mental
Paulo Ferraz Alves (Especial para o Sudoeste Digital) – O comando da 8ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM) em Itapetinga afastou os policiais envolvidos na ação em Maiquinique, que resultou na morte do deficiente mental João Souza Lima, 55 anos, conhecido como “João Bute” ou “Bute Mané”. Até a conclusão do inquérito policial, os PMs – cujos nomes não foram informados, devem cumprir serviços administrativos internos.
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MAIQUINIQUE – Deficiente mental morto durante abordagem da PM
Ao contrário do publicado por Blogs de Vitória da Conquista, não houve chamado da PM para conter uma ocorrência de assalto. Na verdade, a PM chegou ao local para conter uma desavença entre a vítima fatal e um vizinho, identificado como Idelvan.
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A vítima agonizou na rua antes de ser levada ao Pronto-socorro, onde morreu minutos depois |
DESTRUIÇÃO
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João Lima, conhecido como “João Bute”, estava armado com uma barra de ferro
Imagem: Itapetinga Repórter/divulgação
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Parecia ser uma ocorrência corriqueira como tantas outras que os militares estão acostumados a acompanhar.
ferro.
Ao ver a viatura, segundo a Polícia Militar, o homem partiu para cima dos militares para tentar agredi-los.
socorrido e levado para o hospital pelos próprios policiais.
Atingido com um tiro na altura do estômago, “João Bute”, deu entrada no hospital ainda com vida, mas não resistiu ao ferimento.
perfuração de arma de fogo em uma das pernas.
As informações são de moradores e foram confirmadas pela 8ª Companhia Independente da Polícia Militar, através do comandante Major PM Edmário Araújo, na tarde
dessa segunda-feira.
atender a ocorrência. Os manifestantes também invadiram a residência de um dos rapazes acusado de começar a confusão. Tudo que tinha dentro do imóvel foi
retirado e queimado no meio da rua pelos moradores.
Ele não mexia com ninguém”, disse uma moradora, que pediu para não ser identificada.
Operacional (Peto) foram designadas para acalmar os ânimos e conduzir a dupla de PMs para a sede da 8ª Companhia Independente da Polícia Militar, em Itapetinga.
bombas de efeito moral para dispensar a multidão. (Colaborou: Itapetinga Repórter)
MAIQUINIQUE – Deficiente mental morto durante abordagem da PM
Paulo Ferraz Alves (Especial para o Sudoeste Digital) – Uma briga de vizinhos terminou em tragédia na tarde desta segunda-feira, 23, em Maiquinique, sudoeste da Bahia. Segundo testemunhas, após ser provocado por um homem identificado como Idelvan, o deficiente mental João Sousa Lima, 54 anos, se armou com uma barra de ferro e tentou agredir o desafeto.
A Policia Militar foi acionada e, ainda de acordo com moradores, João Lima, mais conhecido como “Bute mané”, se descontrolou e reagiu a abordagem, partindo em direção aos policiais e transeuntes. Nesse momento os policiais revidaram, atirando em direção ao homem, que morreu na hora.
Algumas pessoas postaram em redes sociais que a versão é diferente da apresentada. “Não houve reação de Bute. Ele foi assassinado pela polícia”, contou um internauta. Em outra postagem, um morador conta que a vítima era muito querida na cidade. “Por ser deficiente mental, a polícia militar deveria ter outra postura, e não atirar para matar.”
Diante do clamor popular, uma multidão investiu contra a polícia e outras pessoas invadiram a casa de Idelvan, ateando fogo no imóvel, destruindo mobiliário e pertences pessoais.
ATUALIZAÇÃO
PM afasta policiais envolvidos na morte de deficiente mental
Policiais que atenderam a ocorrência apresentaram uma versão ao Blog Políticos Sul da Bahia. Segundo a informação, “ a PM foi chamada a intervir em uma situação de roubo e quando chegou no local onde o suposto autor se encontrava foi recebida por ele de forma agressiva, o qual, estando armado com um pedaço de ferro, teria investido contra um soldado que, na defesa de sua integridade física, efetuou disparos contra a vítima, provocando a sua morte no local”.
Ainda segundo os pms, “em seguida a isso populares teriam iniciado um quebra-quebra na casa da suposta vítima do roubo e também hostilizado aos policiais militares que se viram obrigados a deixar o local. O comando da 8ª CIPM teve de enviar reforço policial para conter a revolta da população, não havendo registros de novos incidentes”.
INVESTIGAÇÃO – “Franquia” clandestina de linhas de van chega a R$40 mil em Conquista
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Van clandestina tenta ultrapassar ônibus para chegar primeiro aos passageiros e atropela motociclista na Praça do Gil. Imagem: Redes sociais/9 de abril de 2018 |
Além dos riscos de acidentes com vítimas – como o registrado este
mês, na Praça do Gil, a falta de repressão ao transporte clandestino fez surgir
um comércio ilegal e criminoso, que envolve milícias especializadas em criar
“franquias” de linhas para vans com preço em torno de R$40 mil
cada.
No acidente citado, dia 9 deste mês, um motociclista sofreu lesões ao ser
atropelado por uma van clandestina, em alta velocidade. O vanzeiro tentava
chegar antes que o ônibus da Viação Vitória para apanhar passageiros.
“Depois de me atropelar ele fugiu sem prestar socorro, mas já localizamos
o veículo”, contou a vítima.
A van, de placa CGS-4129, é a mesma flagrada
dias depois, no Ceasa, pela equipe do Sudoeste Digital, conduzindo
passageiros e trafegando com a porta lateral aberta. O auxiliar do motorista
agrediu verbalmente a equipe e outro vanzeiro tentou se apossar do equipamento
fotográfico.
ITINERÁRIOS RENTÁVEIS
ex-vanzeiro, que repassou sua linha para investir num comércio formal.
“Eu era frentista num posto de combustível, mas resolvi pedir as contas e
colocar uma van para rodar. Garanto que estava faturando muito mais com ela,
mas com a chegada de concorrência e gente perigosa, envolvido com crimes
pesados, fiquei com medo e vendi a linha por R$40 mil”, relata a fonte,
que pede anonimato. “Bateu arrependimento, mas era o melhor a fazer, senão
estaria morto a essa altura”.
O temor do ex-vanzeiro faz sentido, principalmente diante de denúncias de
grupos organizados, interessados em itinerários rentáveis e na valorização das
linhas, exploradas por mais de 200 veículos, incluindo carros de passeio,
superando a mais de 1.300. O levantamento é do Sindicato dos Rodoviários (Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Transporte
Rodoviário, Passageiros, Cargas, Fretamento, Turismo e Pessoal de Apoio de
Vitória da Conquista – SINTRAVC).
O Sindicato dos Rodoviários, embora nãos seja parte diretamente interessada,
também destaca a situação envolvendo as “franquias”. Por meio do seu
presidente, Álvaro Souza. “O sindicato tem conhecimento de ‘ouvi
falar’ que existem pessoas vendendo. Cabe a Prefeitura fiscalizar e saber se
isso procede, porque se estiver acontecendo é um crime. O sistema pertence à
Prefeitura”.
Apesar de a informação não ter sido confirmada oficialmente, já que o negócio é
feito na clandestinidade, sem emissão de recibo ou qualquer outro documento,
existe uma investigação interna em curso, com a colaboração de delatores do
sistema ligados a cooperativas. A lucratividade ilícita está ligada à perda de
receita das empresas de ônibus.
“Como exemplo a gente cita a linha “Lagoa das Flores”, operada
pela Viação Vitória. Essa linha tinha 700 passageiros/dia. Com esse novo
sistema por conta das vans, a empresa de ônibus viu cair para apenas 100
passageiros/dia, sendo que a maioria paga meia, como estudantes, ou tem
gratuidade, como idoso, militar, deficiente”. A arrecadação diária da
empresa gira em torno de R$45,00 a R$50,00.
CRESCIMENTO DOS CLANDESTINOS
Pesquisas internas do Sindicato dos Rodoviários confirmam as denúncias
apresentadas pelo Sudoeste Digital, sobre o elevado número de veículos
clandestinos transportando passageiros. “Com o relatório de amostragem que
tivemos acesso, chegamos a um número que ultrapassa a 500 vans e 800 carros
particulares prestando serviço de transporte em nossa cidade”, sustenta o
presidente da entidade, em entrevista gravada.
sindicato vê com muita preocupação o crescimento do transporte de vans e de
carros particulares, uma vez que isso está onerando e muito as duas operadoras
que prestam serviço na cidade, que são a Cidade Verde e Viação Vitória”,
enfatiza Álvaro.
Ele destaca que o sindicato está cobrando do governo municipal o início do
processo licitatório que irá definir qual o sistema de vans que estará operando
e iniciar imediatamente a fiscalização daqueles que estão irregulares.
“Mas, se for para essas vans atuarem
nas mesmas linhas aonde já atuam os ônibus, infelizmente será um caos e um
prejuízo muito grande para as duas operadores”.
DO CONSEG
Comunitário de Segurança Pública da
Indústria, Comércio e Entidades Afins de Vitória da Conquista (Conseg) também
demonstra preocupação com o avanço dos ilegais. Isso ficou evidente este
mês, quando o órgão tornou público um
documento, que havia sido encaminhado à Prefeitura em 19 de março deste ano.
órgão requer “atenção imediata das autoridades públicas competentes com
relação ao atual momento que o transporte irregular de passageiros tem se
expandido pela cidade”, o órgão faz uma denúncia grave. “A formação
de grupos que já disputam áreas de acesso, realizando cobrança de “pedágios”
para circulação em alguns bairros”.
ofício, o Conseg destaca que a falta de regulamentação “facilita a ação de
traficantes e demais criminosos” pois por falta de padronização muitos veículos
possuem películas escuras aplicadas em seus vidros.
Oeste, como Brasil, Kadija, Santa Cruz, Patagônia e conjuntos habitacionais, as
vans clandestinas circulam sem fiscalização por mais populosos das zonas Leste
e Sul, a exemplo de Guarani, Nossa Senhora Aparecida, Vila América e Candeias
(ao longo da avenida até a Uesb).
Conselho sustenta que o transporte feito pelas vans acontece sem qualquer
fiscalização, sem qualquer regulamentação, sem nenhum tipo de controle e
segurança e “expõe os seus usuários e demais cidadãos a riscos”.
transporte de passageiros pelas vans, nos moldes atuais geram prejuízos aos
cofres públicos, “vez que nosso município não vem arrecadando, quer em
razão da falta de regulamentação e controle, quer pela ausência de
fiscalização”, e que “o transporte por meio de tais veículos é realizado de
forma desordenada, clandestina e ilegal”.
menciona a “crise enfrentada pelas duas empresas de ônibus licitadas,
“principalmente pela diminuição de passageiros para as vans e com consequências
ainda maiores nos direitos sociais com a perda de linhas de ônibus, cujas
maiores prejudicados são as pessoas que tem os serviços de gratuidade, (idosos
e portadores necessidades especiais) e meia passagem para os estudantes, além
da redução das receitas tributárias e direitos trabalhistas que o poder público
deve tratar de forma vinculante”.
PREFEITO REAGE
(MDB) usou os microfones da Rádio Brasil FM, por meio do programa Resenha
Geral, para se manifestar a respeito do caos no transporte público
conquistense. Em tom de discurso, prometeu lançar edital para licitação do
Transporte Coletivo Alternativo por meio de vans. Em sua fala, veiculada na
última sexta-feira, 19, Gusmão assegurou estar licitando 160 vans, das quais 80
ficariam no cadastro de reserva. A licitação deve ser publicada em 2 de maio.
dados que atestem quadro satisfatório sobre a problemática no sistema, o
prefeito sustentou o contrário. que “as pesquisas mostram que a cidade de
Vitória da Conquista não apresenta o transporte coletivo como o problema que
mais afeta a vida do conquistense. Essa ação é uma das promessas da campana das
Eleições 2016, quando Herzem ganhou apoio dos vanzeiros.
![](http://img.blogdoanderson.com/2018/04/DSC_1140-001-420x281.jpg)
Associação do Transporte Alternativo de Vitória da Conquista (ATRAVIC), Alcides Meira, declarou ao
Blog do Anderson que os membros da entidade “não estão
satisfeitos com as últimas notícias sobre o lançamento do Edital de Licitação
do Transporte Alternativo”. Segundo Meira, a forma como foi apresentado
o processo vai prejudicar a categoria.
usuários em caso de acidente com vítimas, Meira garante que a associação irá
contratar seguro com uma empresa do setor.
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Grupos de família no WhatsApp são os que mais disseminam fake news
Eliane Gonçalves (EBC Radioagência Nacional) – Dois dias depois da morte da vereadora Marielle Franco, no Rio de Janeiro, a estudante de artes plásticas em São Paulo, Michele Karniol, de 20 anos, começou a ser bombardeada com fake news envolvendo a vereadora. Ela se lembra de, pelo menos, três boatos sobre o caso. Todos chegaram pelos grupos da família no WhatsApp.
– “Dos parentes mais velhos: tio, sabe? irmão da minha avó, irmã da minha vó, sabe?”
Assim como Michele, mais da metade das pessoas que receberam mensagens WhatsApp com fake news sobre a vereadora estavam em grupos de família. A constatação está no estudo feito pelo Monitor do Debate Político no Meio Digital, da Universidade de São Paulo (USP).
Segundo o estudo, o boato mais compartilhado foi um texto ligando Marielle ao traficante Marcinho VP; 916 entrevistados receberam a mensagem; 51% deles responderam que ela veio por grupos da família; 32% receberam em grupos de amigos e 9% de colegas de trabalho.
O professor Pablo Ortelado, um dos responsáveis pela pesquisa, diz que uma das hipóteses é a de que, em grupos mais íntimos, as pessoas ficam mais à vontade para divulgar informações sem checar.
– “O ônus é menor porque se você se expõe em família com um conteúdo assim especulativo, você provavelmente vai ser menos julgado do que se você estiver num ambiente mais impessoal, por exemplo, um grupo de trabalho, onde as pessoas vão te julgar, ou num grupo de amigos onde as pessoas podem ter opiniões mais dissidentes, contrárias.
Outra avaliação do pesquisador é a de que, como os grupos de WhatsApp são de difícil monitoramento, eles acabam se transformando em um instrumento propício à divulgação de fake news.
Sonora: “A gente acredita que os grupos políticos, quando eles têm estratégias mais sujas de difamação eles utilizam mais esse instrumento porque é muito difícil de ser monitorado.”
No caso de Marielle, o primeiro boato circulou apenas duas horas e meia depois do assassinato. Um vídeo de uma rua escura acompanhado de um texto que dizia se tratar de um crime comum. O estudou não buscou de onde saiu o boato.
– “A gente não sabe se é um autor político malicioso, se é uma coisa mais espontânea, a gente não sabe, inclusive, se isso não está ligado aos próprios executantes do crime participaram da divulgação desses boatos.”
Segundo o estudo, só depois as fake news chegaram a outras redes sociais como o Twitter e o Facebook. O ápice se deu quando o deputado Alberto Fraga, do DEM, e a desembargadora Marília Castro Neves compartilharam as mensagens em suas próprias redes e os boatos foram parar nos grandes veículos de comunicação.
A pesquisa avaliou as respostas de 2.520 que responderam o questionário, que ficou disponível nas páginas Quebrando o Tabu e da vereadora Marielle, entre os dias 26 de março e 3 abril. A estimativa é que seis a cada 10 brasileiros usem o WhatsApp como forma de comunicação.