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ENTREVISTA – Jéssica Senra fala porque vai estrear na TV Bahia em maio

Jéssica Senra no estúdio do Bahia Meio Dia (Reprodução)
Expectativa: substantivo feminino. Situação de quem espera a ocorrência de algo, ou sua probabilidade de ocorrência, em determinado momento. Mudança: outro substantivo feminino. Ato de trocar de um lugar para o outro.
Essas duas palavras definem bem o quão foi a contratação de Jéssica Senra, jornalista que trocou a Record pela Globo no mês passado. Em Salvador, a situação é peculiar: as duas emissoras brigam ferrenhamente pela liderança no jornalismo local.
Senra era apresentadora, desde 2011, do jornalístico Bahia no Ar. Apresentado nas manhãs da emissora, o programa estava na liderança desde janeiro de 2016. Mais que isso: ganhou prêmios e foi extremamente elogiado pelo seu conteúdo, virando exemplo de telejornal local em universidades pelo Brasil. 
Mas em março, um antigo interesse virou casamento. Misturando um interesse da própria cabeça da rede e da TV Bahia em si, Jéssica recebeu uma proposta: ajudar na renovação o Bahia Meio Dia, telejornal da hora do almoço da emissora, que tem perdido no Ibope para o Balanço Geral, da Record.
A renovação não é apenas para recuperar a audiência, e sim, também de conteúdo. No Bahia Meio Dia, Jéssica irá iniciar um norte que será usado como exemplo por toda a rede se tratando de jornalismo local: a opinião será prioridade.
E opinião, Senra tem. E forte, contundente, diferenciada, dizem os telespectadores e os estudiosos. Mas se engana quem pensa que ela só irá apresentar. Jéssica será editora do jornal, dando ideias e contribuindo diretamente para o conteúdo dele.
A primeira entrevista de Jéssica Senra nesta nova fase é para o Observatório da Televisão, e você lerá abaixo. Nela, a jornalista explica tudo o que todos querem saber e mais um pouco: da saída da Record, até a formulação do formato e linha editorial do Bahia Meio Dia, além de possíveis aparições na Globo para todo o Brasil.
Notoriamente, ela mostra: não teve medo de mudar. E a novidade lhe dá gás, força e, principalmente, criatividade para formular um jornal diferente. Senra mudou de casa, mas ser diferente não mudou dentro dela. E é isso que ela quer provar no Bahia Meio Dia.
Leia a entrevista na íntegra:
Observatório – Por que você decidiu aceitar o convite da TV Bahia, mesmo estando num programa líder desde janeiro de 2016 e que era sucesso também de crítica? 
Jéssica Senra – Porque me encantei pelo projeto! Pela possibilidade de realizar algo novo, de aprender outra forma de trabalhar, pelo desafio. O Bahia no Ar foi um programa construído ao longo dos últimos anos com muita dedicação, amor e com a minha visão de mundo e do jornalismo, feito muito com a minha cara, a partir do que eu encontrei de linha editorial na Record e do que eu tinha de estrutura para trabalhar. Considero que foi um trabalho muito bonito de construção de um projeto e de desenvolvimento meu também. Cresci muito ali. E fico orgulhosa dos resultados que alcançamos, não apenas em termos de números, mas da mudança de perfil daquele horário em específico e da influência que isso teve no jornalismo da emissora como um todo.
Eu realmente estava num momento confortável, líder de audiência há dois anos (único programa hoje no Brasil fora da Globo com este resultado), mas não via muito mais o que crescer ali. Sinto que encerramos um ciclo. E era hora de partir para um novo projeto. A vida é isso, é movimento. Não nascemos para ficar na zona de conforto. Estamos aqui para aprender e crescer constantemente. E, quando conversei com Eurico Meira (novo diretor de jornalismo da TV Bahia/Globo), me identifiquei totalmente com a visão dele do jornalismo e da nossa responsabilidade como comunicadores. Me senti instigada a desenvolver algo novo, alinhado com a realidade que vivemos hoje, com foco na população que mais precisa, que sempre foi o meu desejo: ajudar, levar informação de qualidade, fazer refletir, provocar mudanças. São os mesmos desejos de sempre que são renovados. E a vontade de levar minha forma de comunicar para outros lugares, para outros públicos.

Jéssica Senra: primeira foto na TV Bahia, afiliada da Globo em Salvador

Observatório – O Bahia Meio Dia tem sofrido mudanças no ar desde a chegada de Eurico Meira para a direção de jornalismo. Como tem sido a conversa com ele para a estreia do seu conteúdo? Como foram esses primeiros dias na emissora nova?
Jéssica Senra – A minha chegada foi maravilhosa! Melhor do que eu esperava, para ser sincera. Vindo de fora, imaginei que poderia haver alguma resistência por parte das pessoas que ali estão. Mas me surpreendi com uma acolhida bastante calorosa! Já na portaria, fui recebida com um largo sorriso e um “seja bem-vinda! Estávamos esperando por você!”. E assim foi em todos os setores por onde passei até agora. A equipe é incrível, muito preparada e muito generosa. Não tive oportunidade de conhecer todo mundo – a Rede Bahia é imensa! – nem de conversar com calma com quase ninguém, mas foi maravilhoso abraçar e estar próxima de pessoas que eu já admirava e conhecer outras tantas que integram a equipe da Rede Bahia.
Senti uma energia de acolhimento, de admiração pelo meu trabalho e, sobretudo, de vontade de unirmos forças para realizar juntos um trabalho de excelência, como é o padrão Globo. Com Eurico, já vínhamos conversando desde que aceitei o convite. Mesmo sem ter ido à emissora, já tínhamos nos encontrado algumas vezes e fomos trocando ideias por telefone, e-mail, WhatsApp… Nos falamos diariamente sobre este novo momento da TV Bahia, sobre as mudanças que estão sendo feitas, nossas visões e ideias para esta nova fase do Bahia Meio Dia…

















Tem sido até agora um processo de desenvolvimento do conceito que queremos com as ideias para alcançá-lo de forma prática. Já chegaremos desde o primeiro dia com novidades, mas o novo Bahia Meio Dia será construído dia a dia, a partir da nossa experiência e em conversa constante com o nosso público.
Observatório – O que você vai trazer para o jornal do meio dia da TV Bahia? O que você pode adiantar? Já tem data de estreia? 
Jéssica Senra – Eu quero trazer uma comunicação mais próxima, que é uma característica minha. Aproximar nosso telespectador da gente, conectar mais com nosso público. Vou dar continuidade a um processo que já começou antes mesmo da minha chegada. O jornalismo padrão, na busca por ser imparcial, acabou se tornando muito frio e já não dialoga com a realidade. As pessoas querem, sim, alguém que se posicione, que fale por elas e com elas. E eu quero continuar sendo essa voz. Além disso, acredito que o jornalismo e os meios de comunicação têm o dever de contribuir positivamente com a sociedade.
E a TV Bahia é uma força poderosa! Capaz de provocar mudanças reais, de cobrar soluções para problemas históricos, de explicar a realidade, de fazer refletir e desenvolver mais e mais a nossa cidadania. Precisamos estar atentos aos anseios da nossa sociedade, sobretudo da população mais carente. Precisamos dar voz às pessoas e lutar junto com elas para que a vida de todos seja melhor. Já temos data de estreia. Começamos a campanha de divulgação na semana que vem e vamos divulgar nos próximos dias.
Observatório – Você é conhecida por ter uma opinião forte, contundente, e que defende minorias. Tem quem diga que você não vai opinar na TV Bahia. Você vai opinar ou não? Como é a questão neste sentido?
Jéssica Senra – Esse tem sido o principal questionamento das pessoas! Mas eu não fui contratada para ler teleprompter, para dizer um texto pronto escrito por alguém. A TV Bahia me convidou para desenvolver um projeto, para criar uma nova forma de fazer jornalismo, justamente por causa da minha opinião forte e contundente. Da mesma maneira que minha forma de trabalhar conquistou meu público, também despertou interesse na TV Bahia. E esta é a principal razão para que eu tenha sido contratada. Vou fazer o mesmo que fazia antes? Não. Espero fazer melhor! Como será? Só o tempo vai dizer. Isso está sendo construído por nós. Mas de antemão não me deram nenhum limite, não me proibiram de fazer ou dizer absolutamente nada.
Observatório – Na última vez que te entrevistei, você disse que estava feliz na Record. Sua saída, até onde sei, foi tranquila, com os colegas te desejando boa sorte e felicidades – tem até vídeo dos cinegrafistas da casa lhe mandando boas energias. Como foi deixar a emissora? 
Jéssica Senra – Ah, foi um misto de emoções! A Record foi minha casa durante sete anos. Ali, construí não apenas um projeto lindo, mas uma família. Tinha comigo uma equipe que acreditou no meu sonho e lutou junto comigo para conquistá-lo. Pessoas com as quais convivi diariamente, que conheço, sei dos dramas e realizações pessoais. Então, embora estivesse muito animada com o que estava por vir, não tive como não sofrer por ter que abrir mão dessa convivência.
Mas já trabalhei em outras emissoras e sei que a amizade e o amor que a gente conquista seguem com a gente aonde formos! Os amigos que fiz ali dentro continuam sendo meus amigos. Recebi inúmeras mensagens de carinho, energia positiva, palavras de estímulo e sei que há uma torcida enorme por mim e para que eu siga realizando este trabalho tão bonito. Sou grata a todas as pessoas com quem convivi por todos os ensinamentos e os bons momentos que passamos juntos. Elas seguem sempre comigo, no meu coração.
Observatório – A TV Bahia tem vivido uma má fase de audiência localmente falando, e muitos encaram sua chegada como alguém que vai salvar a pátria. É um exagero, lógico, mas hoje o Bahia Meio Dia perde para a Record. Isso te preocupa de alguma forma? Como é o planejamento neste sentido? 
Jéssica Senra – Isso não me preocupa, isso me desafia. A TV Bahia sempre foi a emissora número 1 do estado porque sempre soube dialogar com o seu público. Tem uma importância histórica para a nossa sociedade. Não apenas registrou todos os momentos importantes da história da Bahia como sempre fez questão de valorizar a nossa cultura e o que temos de melhor. É uma emissora preocupada com os mínimos detalhes, cuidadosa na produção do conteúdo, na apuração das informações, com extremo rigor ético.










Eu penso que a queda na audiência tem a ver com uma desconexão com o público em dois sentidos: nas pautas jornalísticas que não refletiam de fato os anseios da população em geral e na forma de comunicar ainda presa ao antigo jornalismo, supostamente imparcial, frio e distante. Mas, antes mesmo da minha chegada, isso já estava sendo revisto. Se você for ler os princípios editoriais da Rede Globo e a Missão da TV Bahia, vai ver que um dos principais pontos é servir a sociedade. Se em algum momento este serviço deixou de ser prestado, é preciso retomar este caminho. E diversos esforços estão sendo empregados neste sentido. Várias mudanças já foram feitas na linguagem do jornal.
Jéssica Senra (Foto: Roberto Abreu)
A própria apresentação de Fernando Sodake e Silvana Freire, que estão sendo muito importantes nesta transição, passou a ser mais próxima e mais leve. Camila Marinho faz isso muito bem no BATV. Ricardo Ishmael também está mais solto e se posicionando no Jornal da Manhã. É uma mudança no jornalismo como um todo, não apenas no Bahia Meio Dia. Eu venho dar seguimento a esse processo no BMD. Portanto, eu não sou a “salvadora da pátria”. Televisão é um trabalho de equipe, cada um é extremamente importante para o resultado. Já existe uma grande equipe trabalhando em diversas frentes para identificar o que nosso público quer e precisa ver na TV.
Além de toda a equipe de jornalismo que realiza um trabalho fantástico na produção de conteúdo padrão Globo, sob o comando de Giacomo Mancini, estarei lado a lado com Gustavo Schwabe, que veio do Rio Grande do Sul para dirigir o programa e tem muita experiência. Tem sido uma troca muito positiva entre todos. Portanto, eu sou apenas mais uma integrante desta equipe, chego com minha colaboração em um processo que é maior do que eu.
Observatório – Você recentemente postou foto com José Raimundo, um dos repórteres de rede da Globo. Você já teve contato com alguém da rede? É possível pensar numa participação sua em breve para todo o Brasil na Globo, se possível? 



Jéssica Senra – Vamos com calma, né? (risos) Meu foco agora é o Bahia Meio Dia. A foto com Zé Raimundo foi apenas tietagem! Zé Raimundo é uma lenda, um mestre do jornalismo. E, ao conhecê-lo, vi que é uma pessoa tão magnífica quanto é o profissional. Tem sido muito bom conhecer pessoalmente tanta gente que eu já admirava. Há grandes profissionais ali. E muitas mulheres retadas também! Amo a apresentação de Camila Marinho, por exemplo. A versatilidade de Andréa Silva e Adriana Oliveira, excelentes nas reportagens e nas participações ao vivo. O engajamento de Renata Menezes e a maneira doce de comunicar de Acácia Lirya. Enfim, agora é hora de reunir essa equipe maravilhosa e focar Observatório – Quando entrevistei Eurico Meira, ele me disse que o principal tom do jornal será a prestação de serviço, algo que eu sei que você compartilha. Qual sua outra linha editorial que deseja sugerir ou levar pro novo BMD? 


Jéssica Senra – Sim, é fundamental para mim que o Bahia Meio Dia sirva à população. Nós dois concordamos que precisamos ser a voz da sociedade e daqueles menos favorecidos. São eles que precisam da nossa força. Então, mostrar, entender e cobrar soluções para problemas da nossa cidade e do nosso estado são nosso foco. Mas vamos além. Eu, pessoalmente, quero trazer também discussões sociais mais profundas, que tenham a ver com o nosso momento atual e com os valores que creio serem importantes para nossa evolução como seres humanos e como sociedade: a igualdade de direitos e respeito entre homens e mulheres, o combate ao racismo e à homofobia, a tolerância e aceitação do outro, a auto-aceitação, a responsabilidade com o nosso meio ambiente e com todas as formas de vida… enfim, questões mais profundas, mas essenciais para o nosso dia a dia e para a compreensão da nossa realidade no novo jornalismo local. Depois a gente pensa em expandir!
Observatório – Você vai concorrer com Zé Eduardo, que até bem pouco tempo era seu colega e com quem você mantém uma relação respeitosa. Hoje, ele tem audiência grande e vence o jornal que você vai assumir. Chegaram a conversar?
Jéssica Senra – Olha, falando assim parece que será algo pessoal eu entre e Zé, que eu e ele pessoalmente vamos duelar por público ou audiência. Não vejo assim. As nossas emissoras são concorrentes. Elas se preocupam, sim, com números. Nós, apesar de vestirmos a camisa e darmos nosso melhor para atender as necessidades de onde trabalhamos, não somos concorrentes. Somos colegas de profissão, de missão. Creio que temos interesses comuns, como o de comunicar e servir. Mas vejo também que fazemos isso de formas diferentes. Zé é um cara que sempre trabalhou mais o lado do entretenimento, apesar de seu programa trazer notícias. Já meu perfil é mais do jornalismo mesmo.
Gosto de aprofundar os fatos, de entender a realidade, de explicar, de buscar bastante embasamento e olhar os diversos pontos de vista para opinar, de colocar sensibilidade na comunicação… Portanto, acho que nossos perfis são diferentes e traremos produtos diferente. Zé tem um público que é dele, que gosta desse perfil, e eu tenho o meu, que se identifica com minha forma de trabalhar. Acho que tem espaço para todo mundo. A minha expectativa é trazer mais pessoas para me assistirem, para conhecerem a minha maneira de fazer jornalismo.
Observatório – Por fim, qual seu principal objetivo daqui pra frente?




Jéssica Senra – Meu principal objetivo continua sendo fazer o melhor jornal possível! Fazer com que meu trabalho seja uma ferramenta de transformação positiva da sociedade. Colaborar com a vida das pessoas. Levar boas mensagens e reflexões para quem me assiste. É isso o que mais me motiva. Que a minha passagem por aqui traga colaboração para todo o meu entorno.

RODOU COM A RONDESP – Adolescente apreendido com submetralhadora; comparsa foi morto em confronto com a polícia

Na noite dessa segunda-feira (30) uma guarnição da Rondas Especiais (Rondesp) entrou em ação para capturar os autores de uma tentativa de homicídio ocorrida na rua G do bairro Recanto das Águas. A vítima, Alisson Souza Santos, de 18 anos, foi atingida na perna.
Após receberem a informação de que os bandidos estavam em um veículo modelo Fiat Fiorino de cor branca, os policiais da Rondesp avistaram o carro no bairro Miro Cairo, imediações do Anel Viário, zona oeste de Vitória da Conquista.
Ao avistarem os militares, os suspeitos fugiram. Houve perseguição e o cerco foi fechado nas proximidades da Avenida Paulista no bairro Senhorinha Cairo.
Segundo o relato dos policiais, os dois homens dispararam contra a viatura e estavam de posse de uma submetralhadora e um revólver calibre 38. A Rondesp revidou, atingindo um dos bandidos. O outro fugiu.
O homem ferido foi socorrido ao Hospital de Base mas não resistiu e veio a óbito. Com ele foi apreendido um revólver calibre 38, com várias munições deflagradas. O outro, adolescente de 16 anos, conseguiu fugir do local, mas foi posteriormente capturado, ainda no Senhorinha Cairo, em posse de uma submetralhadora calibre 9mm. Um revólver, calibre 38, também foi apreendido. As identidades não foram reveladas.
Informações do Blog do Leo Santos

VÍTIMA IDENTIFICADA – Polícia fecha o cerco contra assassinos de vaqueiro; crime ocorreu na zona rural de Itambé

Marcosuel Carvalho foi atingido a tiros e morreu no local onde bandidos fariam o assalto

Imagens: Ag. Sudoeste Digital

O delegado de polícia civil de Itapetinga, Irineu Andrade, está à frente das investigações que apuram o assassinato do vaqueiro Marcosuel Carvalho Ribeiro, 35 anos, morto a tiros ao presenciar um assalto à Fazenda Criciúma, zona rural de Itambé, na manhã desta segunda-feira, 30. 


Segundo relatos, a vítima estava a cavalo, depois de sair da região de Duas Barras, onde morava e passava pelo local quando percebeu uma movimentação estranha. 


Por ter conhecimento dos moradores do lugar, se aproximou ao notar pessoas alheias à fazenda e foi atingido à bala, que acertou o peito. Eram assaltantes que já haviam rendido o vaqueiro da fazenda, amarrando-o e se preparavam para cometer o assalto.


O cavalo saiu em disparada e, ferido, o vaqueiro caiu alguns metros à frente. Nisso os bandidos, que saíram em perseguição, deflagraram mais três tiros na vítima, que ainda agonizava. 


De acordo com o vaqueiro, que teve o nome preservado por questões de segurança, os bandidos o surpreenderam, mantendo-o amarrado num dos cômodos enquanto preparavam para assaltar. Ele conseguiu se livrar das cordas e se escondeu numa área de mata. “Queriam roubar alguns pertences e animais, principalmente galinhas”, contou à polícia.


Ao ouvir os estampidos, seguidos do ronco do motor de uma motocicleta em fuga, o vaqueiro retornou e se deparou com o corpo de Marcosuel. Ele morreu no local. Os bandidos tomaram rumo ignorado e, desde então, estão endo procurados pela polícia de toda a região.


Assim que foi informada, uma equipe do Departamento de Polícia Técnica  (DPT), se deslocou para o local e realizou o levantamento cadavérico, enquanto uma equipe de investigadores colhia informações. O corpo da vítima foi encaminhado ao Instituto Médico Legal de Itapetinga. Marcosuel, que era natural de Caatiba, município vizinho, deixa esposa e um filho de 11 anos. 


Parentes e amigos estão chocados. De acordo com moradores a região tem sido constantemente alvo de bandidos e o clima é de insegurança. As informações sobre os bandidos podem ser passadas à polícia pelo Whatsapp 77 9 8887-0197, com a garantia do anonimato. 

CONFIRA FOTOS DO LOCAL DO CRIME



PERIGO – Cautela da PM evita tragédia com grupo portando pistolas de airsoft

Imagem: Luciano Santos/97 News

A cautela de várias patrulhas da Polícia Militar de Brumado evitou uma tragédia que poderia ter vitimado quatro jovens portando pistolas de airsoft, réplicas idênticas da Taurus 24/7, calibre ponto 40. As informações são do 97 News.

Apesar de a atividade ser permitida, observados alguns requisitos em lei, o grupo de adolescentes não fez o comunicado da prática à polícia e se reuniu em um prédio abandonado, no Bairro Baraúnas, ostentando as pistolas e chamando a atenção de moradores. Temendo um assalto ou a prática de outro delito, os moradores imediatamente acionaram a polícia.

De acordo com o major Adriano Souza, a Polícia Militar e o Pelotão de Emprego Tático Operacional (Peto) foram acionados por moradores do bairro, informando que havia homens armados em um prédio abandonado, próximo ao Estádio Gauchão.

O fato aconteceu nesse domingo, em Brumado. De acordo a denúncia, homens foram vistos com “armas” nas ruínas de um antigo prédio, mas tudo não passava de uma brincadeira de amigos com armas de “Airsoft”. Viaturas foram até o local e chegaram com sirenes e giroflex ligados.

Durante a abordagem, os policiais constataram que se tratava de uma brincadeira de jovens do bairro com armas de airsoft, não caracterizando ilegalidade, exceto a falta de comunicação à polícia sobre a atividade em local público.

Em entrevista ao 97 News, o major falou sobre o procedimeto de abordagem, que evitou um confronto e, consequente tragédia. “Indagamos sobre avisos e autorização as autoridades locais. No entanto, eles disseram que apenas informaram no “Whatsapp da PM”, mas não souberam dizer a quem. Se não tivéssemos a devida cautela, poderia ter ocorrido uma fatalidade, pois de longe aparentava ser algo bem real”, alertou o policial.

A polícia orientou os adolescentes a não repetirem a brincadeira, já que os objetos se parecem muito com armas de fogo, e podem assustar os moradores, além de provocar a mobilização desnecessária da PM. A polícia não informou sobre os procedimentos adotados após a abordagem, nem sobre o destino das pistolas de airsoft.

O Airsoft é um prática esportiva e de recreação em que os jogadores simulam praticas policiais e militares com uso de armas de pressão que disparam projéteis de plástico. A brincadeira já virou uma febre em outros países.

No Brasil, já entrou em vigor a lei, que reconhece o Paintball e o Airsoft como esporte. A nova lei pretende endurecer a comercialização desse tipo de arma. As autoridades orientam que os praticantes desse tipo de esporte procurem um local fechado para o uso dos brinquedos com segurança.

Já em via pública, se não houver um comunicado para as autoridades, os responsáveis poderão responder judicialmente. O Airsoft é um esporte regulamento no Brasil através da portaria 002-COLOG, de 26 de Fevereiro de 2010 e do Decreto Nº 3.665, de 20 de novembro de 2000, conhecido como R-105. (97 News)

Bahia: Jéssica Senra grava primeiras chamadas para sua estreia na TV Bahia/Globo; confira imagens

A jornalista e apresentadora Jéssica Senra gravou as chamadas sobre a sua estreia no telejornal Bahia Meio Dia, levado ao ar na hora do almoço pela TV Bahia, afiliada da Globo em Salvador. As informações são do Observatório da Televisão.
As chamadas foram gravadas na Estação da Lapa, localizada no centro de Salvador. A estação é a mais importante da cidade, dando ligação para um grande terminal de ônibus e metrô.
Tais gravações causaram alvoroço com o público, que deu carinho e afeto para Senra, além de abraçá-la e desejar boa sorte na nova caminhada e na nova emissora.
Senra deixou a Record após sete anos, sendo dois anos e um mês deles como líder de audiência, como apresentadora do Bahia no Ar, matinal da RecordTV Itapoan. Ela ajudará, com seu expertise e carisma, o canal a recuperar prestigio na faixa local.
Atualmente, o Bahia Meio Dia tem perdido no Ibope para o Balanço Geral BA, apresentado por José Eduardo, o Bocão. O jornal tem feito mudanças nas últimas semanas na linha editorial, ficando mais popular e apostando em resolução de problemas ao vivo.
Recentemente, a TV Bahia/Globo anunciou mudanças em sua linha de frente para acomodar Jéssica Senra. Tais trocas causaram furo na comunicação em Salvador e mostraram que o canal vem forte para a concorrência.
Veja fotos das gravações das chamadas:

BRASIL – Jovem que foi descoberta lavando túmulos é a nova aposta do mundo fashion!

Nasce uma nova estrela meus leitores! Com um 1,62m,  Beatriz Rosa, fechou contrato com a agência Ford e já é considerada no meio fashion o ‘talk of the town’ da temporada.
A moça não foi “encontrada” na balada ou em um shopping e sim num cemitério de sua cidade natal, Jacareí (município da Região Metropolitana do Vale do Paraíba, no estado de São Paulo).  A bela ajudava os pais na manutenção dos túmulos.
Considerada baixa para os padrões de passarela, Beatriz revelou em entrevista para O Globo que o trabalho no cemitério é como qualquer outro. Trabalho para ajudar meus pais e também para comprar minhas coisas. 
Nunca tive medo. Desde pequena, eles me ensinaram que este é o ciclo de vida, por isso aprendi a respeitar muito as pessoas sepultadas ali. Sempre enxerguei como algo normal”, contou com a sabedoria que contradiz a idade que tem.
Quem viu potencial na new face foi uma senhora que passava por lá e a indicou para sua irmã, que é fotógrafa. Sucesso Beatriz!!!!! (Por: Michel Telles/A Tarde)

EDITORIAL – Promessas vãs

A pertinente manifestação da 8ª Promotoria de Justiça de Vitória da
Conquista,  por meio da diligente promotora Lucimeire Carvalho Farias,  em
recomendar a suspensão da licitação do transporte complementar de passageiros
no município foi saudada com um festivo alívio pelo prefeito Herzem Gusmão
(MDB). 

Pressionado
pelos “vanzeiros”, que balançaram o chocalho da discórdia queimando
pneus e interditando dois pontos da BR-116, na última sexta-feira, 27, Gusmão
estava a poucas horas de lançar o edital, a contragosto dos
“vanzeiros”,  que se diziam ludibriados por promessas de
campanha do então candidato, agora prefeito. 
Querendo
retomar o seu estilo de não recuar em decisões, depois de sucessivas críticas
públicas aos “efeitos bumerangue”, o prefeito se mantinha irredutível
na proposta de abrir vagas para 160 vagas para as vans, com 80 circulantes e as
outras 80, na reserva, mas foi barrado pela recomendação do MP e,
indiretamente, voltou atrás mais uma vez. 
Não que não
pudesse prosseguir, já que da recomendação da promotora cabe recurso, mas foi
aconselhado pelos procuradores do município a acatar a Recomendação nº 04/2018
do Ministério Público e, dessa forma, suspender o Processo Licitatório
referente ao Sistema de Transporte Seletivo no Município. Dito e feito, embora,
acredita-se, deverá ser retomado em 11 de maio. 
Nada se
podia argumentar diante da tão bem fundamentada e elaborada recomendação do
Parquet. Em tempo: No Brasil, Parquet é
considerado um termo jurídico que é empregado como sinônimo de Ministério
Público, ou dos funcionários que ali trabalham.
Em breves
pinceladas, destacamos os excertos da recomendação que tratam da necessidade
de prévia elaboração de estudo técnico de impacto da implantação do serviço de
transporte seletivo de passageiros no atual sistema de transporte público, como
também a realização de prévia audiência pública para possibilitar a
participação social no debate sobre a temática. 
“Importante
destacar que a circulação de centenas de automóveis de serviço tipo ‘van’ para
o transporte clandestino de passageiros não cessará com a regulamentação e
licitação desse serviço público, mas sim com a efetiva fiscalização dos órgãos
públicos”, afirma, peremptoriamente, a promotora. 
Sim, ao
contrário do que pretendia a Prefeitura agindo ao arrepio da Lei, a
recomendação enfoca a importância “sine qua non” da realização
de estudo técnico a ser elaborado com o objetivo de averiguar o impacto da
implantação do serviço de transporte.


A
propósito, o prazo de cinco dias, 
concedidos pelo MP  e contados a partir do dia 25 deste mês, para que a Prefeitura apresente estudo de impacto e viabilidade, já expirou. Uma faca de dois gumes para a gestão. Se optar por pedir ao MP prazo para apresentar o estudo, a Prefeitura irá produzir provas contra o município, assumindo que não havia o estudo e, por conseguinte, atropelou o rito legal.


Explica-se: de forma açodada, lançariam nesta semana o edital, definiriam quais e quantas linhas estariam disponíveis e até o roteiro dos itinerários sem, antes, apresentar um “suposto estudo” técnico que, segundo a própria gestão, custara R$30 mil a um profissional de Salvador. 


Com a “espada de Dâmocles” sobre a cabeça, o governo Herzem não poderá solicitar prorrogação do prazo de cinco dias (repito, já expirado), pois já assumiu ter o estudo pronto, nem tão pouco buscar mais tempo para realizar outro estudo – já que garante ter gasto R$30 em um relatório até então desconhecido.

Voltando aos extratos da peça do MP, recomenda-se, ainda, a
determinação imediata da realização dos meios necessários para uma efetiva
fiscalização do transporte clandestino no Município, com a aplicação das
medidas previstas no artigo 15 da Lei 968/99, 
“para coibir a
referida prática ilegal que coloca em risco a saúde e a vida dos cidadãos
conquistenses que necessitam de transporte público”.
 

Vislumbra-se,
nessa manchete editorial em epígrafe, e agora neste texto final destacado entre
aspas, que ainda assistimos o ir e vir de veículos irregulares
transportando vidas. A Prefeitura recolhe seus homens do Simtrans (Sistema
Municipal de Trânsito) e manda fechar os olhos fiscalizatórios contra a prática
ilegal dos clandestinos. Omissão criminosa, em flagrante desrespeito ao Ministério Público e à Justiça.
Também é de se estranhar a
cumplicidade do presidente do Sindicato dos Rodoviários, Álvaro Souza, quando
ocupa microfones da imprensa para fazer defesa velada e irresponsável de
vans que usurpam espaço e roubam vagas de emprego da categoria legalmente constituída,
os seus próprios filiados.
Ao vermos quem deveria defender a
sua classe ajoelhar-se na subserviência e se render aos clandestinos,
preterindo os rodoviários – ao mesmo tempo em que assistimos, temerosos, uma
gestão municipal encurralada por vanzeiros, – tristemente nos sentimos órfãos
de posturas firmes, engessadas por promessas vãs.

SAIBA QUEM ESTÁ POR TRÁS DOS HOMICÍDIOS NA “FEIRA DO ROLO” – Guerra de facções criminosas na zona oeste de Conquista

A “Feira do Rolo”, em Conquista, foi palco, mais uma vez, da ação de criminosos a serviço do tráfico de drogas.

Imagem: Divulgação

Jussara Novaes (Sudoeste Digital) – As mortes de Henrique Santos, idade não informada; Marcelo de Oliveira Macedo, 19 anos e  Roque de Jesus, 18, após intenso tiroteio entre eles, neste domingo, 29, na “Fera do Rolo”, em Conquista, acirra a guerra entre facções criminosas, lideradas por traficantes, na zona Oeste da cidade. 


Henrique, que morava no Kadija, teria atirado em Marcelo e Roque e morto, por um deles, no revide. No momento do tiroteio, final da manhã, era intensa a movimentação de vendedores e compradores na tradicional feira, no Bairro Brasil. 


A polícia não informou a quantidade, nem quais o tipos de armas usadas no triplo homicídio, assim como se foram recuperadas durante o isolamento da área ou se foram subtraídas por populares. 

Imagem: Redes sociais

Segundo fontes externas, as disputas por territórios envolvem bandidos das facções “K2”, chefiada por Diogo Oliveira Campos, o Kiko e os “bondes do Nem Bomba” e do “Neguinho Juarez”, que tem no comando Jasiane Silva Teixeira, (dona Maria), principal fornecedora de drogas na região. Eles brigam pelo domínio do território da facção “Tudo 3” ou “333”, chefiada por bandidos sob o comando de traficantes de Salvador.


Marcelo e Roque (fotos reprodução) e Henrique, morreram ao defender território dominado por traficantes de drogas.
“Kiko”, que pode ter ordenado as mortes na “Feira do Rolo”, tanto neste domingo, como a de primeiro deste mês (quando Giovana dos Santos Silva, também foi executada a tiros) responde por mais de 15 homicídios na cidade nos últimos três anos.

Nos muros, a inscrição “Tudo 3” ou “333”, relacionando o território ao domínio do tráfico de drogas da facção criminosa.

Imagens: Redes sociais
Ele esteve preso, ganhou direito a condicional e não retornou ao presídio. Foragido desde 4 de outubro de 2015, quando tentou matar policias militares em ronda, o bandido continua atuando, comandando o tráfico de drogas e liderando a facção K2, numa alusão à inicial do seu vulgo e ao Tudo 2.
A expressão “Tudo 2”significa tudo CP (Comando da Paz), que atua em Salvador. O número 2 faz referência à quantidade de letras da sigla. 
Quando do atentado contra os policiais, ele estava em companhia de um comparsa – identificado como Rodrigo – que fugiu. Os dois estavam numa moto no bairro Miro Cairo, próximo ao conjunto Acácia e atiraram em direção à viatura. Diogo foi capturado com um revólver calibre 38. Dias depois já estava livre.

SICÁRIO DO TRÁFICO

De sicário (matador de aluguel) a serviço do Bonde do Neguinho (BDN), facção criminosa liderada pelo traficante e homicida Juarez Vicente Morais, vulgo Neguinho Juarez, Kiko passou a chefe do tráfico, rivalizando com o ex-patrão. 

Com isso ele instaurou a facção K2 e passou a disputar os pontos de tráfico com o BDN e com o BNB, facção do traficante e homicida William de Sousa Filho, vulgo Nem Bomba. Nesse jogo de disputa pelo poder paralelo destaca-se Jasiane Silva Teixeira, (dona Maria), principal fornecedora de drogas na região. Ela também é foragida da Justiça.

MST volta a ocupar fazenda de Geddel na região de Itapetinga

A PM foi deslocada para a região de Maiquinique, onde uma das fazendas de Geddel foi invadida

Imagem: Arquivo/Sudoeste Digital

Jussara Novaes (Sudoeste Digital) – A fazenda Vale do Caraim, de propriedade do ex-ministro e ex- deputado federal Geddel Vieira Lima (MDB), na região de Itapetinga, a 509 km de Salvador, está ocupada por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), desde as primeiras horas deste domingo, 29. 



Dez funcionários estão no local e, segundo o gerente do imóvel, Valério Sampaio, a comunicação com eles foi cortada. Maior das 12 fazendas de Geddel, a Vale do Caraim possui 1.867 hectares, represas, quatro casas para trabalhadores e energia elétrica. 



Na escritura, registrada no cartório do município no dia 14 de julho de 1999, Geddel e seus dois irmãos não declaram o valor de compra, o que não é obrigatório. A avaliação oficial era de R$ 420 mil à época.


A coordenação do MST ainda não se posicionou sobre a ocupação.

Valério Sampaio, por sua vez, disse que registrou queixa na Coordenadoria Regional de Polícia, em Itapetinga e que solicitou apoio da 8ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM), também naquele município.
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A ocupação do MST foi registrada, ainda de acordo com Sampaio, por volta das 5 horas. Pelo menos 40 pessoas ligadas ao movimento estão na área do imóvel, a 8 km do entroncamento que liga as cidades de Itapetinga, Macarani e Maiquinique. 
“Fica logo após a ponte, na primeira cancela à esquerda”detalhou o gerente, que não relatou casos de danos ao patrimônio ou agressão física. “Os funcionários da fazenda em Maiquinique mantiveram contato comigo no começo da manhã deste domingo, informando que pelo menos quarenta pessoas ocuparam a sede da fazenda”. 
Desde então Valério garante não conseguir manter contato com os funcionários da referida propriedade invadida. A PM informou que deslocou prepostos para o local para observar o cenário da ocupação. 
Em dezembro do ano passado e abril deste ano índios ocuparam a Fazenda Esmeralda, também pertencente a Geddel. Em seguida, outro grupo invadiu a Tabajara, em Potiraguá e também pertencente aos Vieira Lima. Os ocupantes eram um grupo de homens e mulheres que disseram ser do MST e com ligações com o desconhecido Movimento Livre da Terra (MLT). A polícia cumpriu reintegração de posse.

OUTRAS FAZENDAS
Geddel possui 12 fazendas. Além da Caraim, a Fazenda Caçapava, em Ibicuí (531 km de Salvador), foi adquirida em 28 de janeiro de 99, foi vendida por Settimio Santos Orrico e sua mulher, Nildete Mussi Orrico, por R$ 400 mil à época.

A área de 1.756 hectares, contudo, foi avaliada pela Prefeitura de Ibicuí em R$ 746.300,00. Em Itororó, Geddel e seus irmãos compraram três fazendas. A Sossego e Ipiaí, de 233 hectares, custaram, juntas, R$ 80 mil.

O preço de avaliação registrado na escritura aponta o valor de R$ 116.827,45. A diferença na Tabajara, de 775 hectares, é ainda maior. Comprada por R$ 225 mil em novembro de 97, a área é avaliada em R$ 650 mil. Segundo o cartório do município, os pais de Geddel foram os responsáveis pelo pagamento das três propriedades. O pai de Geddel (Afrísio, já falecido), aparece como proprietário de uma fazenda, em Potiraguá, de 214 hectares.

RIQUEZA ACUMULADA

Entre 1995 e 2000, Geddel Vieira Lima, comprou pelo menos cinco fazendas no interior da Bahia, com preços abaixo do valor de mercado. À época, o parlamentar declarou ter pagou cerca de R$ 1,19 milhão pelas terras -o preço de mercado seria de pelo menos R$ 2,79 milhões.

As compras foram feitas, em sua maioria, por ele e seus dois irmãos. Em média, a família declarou – na data da compra – ter pago R$ 255 por hectare comprado. Segundo a superintendência do Banco do Brasil em Salvador, que faz avaliação de terras para firmar contratos, o preço mínimo do hectare na região das fazendas era de R$ 600. Atualmente oscila entre R$150 e R$320 mil.

Segundo corretores e prefeituras, que avaliam a terra para tributação, o valor poderia ser mais alto: entre R$ 750 e R$ 1.000 por hectare. Os R$ 255 por hectare referem-se a cinco áreas compradas num espaço de 20 meses -novembro de 97 a julho de 99. Os valores atualizados ultrapassam a cifra de milhões de reais.

Geddel e seus irmãos, Afrísio de Souza Vieira Lima Filho e Lúcio Quadros Vieira Lima, também compraram outras quatro áreas em 1995. Todas as fazendas somam 4.640 hectares. “Um hectare declarado por Geddel deve ser encarado como uma verdadeira pechincha”, disse um fazendeiro da região que avalia terras.

“Os preços não batem com a realidade”, disse. Das nove fazendas, Geddel somente não declarou o valor de compra de uma, a Vale do Caraim, em Macarani. Ele pode ter cometido crime contra a ordem tributária, que prevê pena de até cinco anos de prisão, além de multa.

Segundo a Receita Federal, o objetivo da subavaliação pode ser sonegar Imposto de Renda e o ITBI (Imposto de Transição de Bens Imóveis), cujo preço varia de acordo com o valor da operação.
Dentre os imóveis, cinco aquisições feitas pela família coincidiram com o período em que o pai de Geddel, Afrísio de Souza Vieira Lima, assumiu a presidência da Codeba (Companhia das Docas do Estado da Bahia, em agosto de 95), e Geddel, a liderança na Câmara.

Na época em que comprou as outras quatro fazendas -Brasileira, São José, Bela Vista e Esmeralda-, Geddel já era deputado. Além das fazendas, a família comprou em 99 uma casa no loteamento Condomínio Parque Interlagos, um dos mais luxuosos de Salvador, por R$ 450 mil.

Operação Especial: assaltante de banco capturado em São Paulo chega a Conquista; comparsa morreu

Desembarcou no Aeroporto Pedro Otacílio Figueiredo, na tarde deste sábado (28), um homem apontado como um dos maiores assaltantes de bancos, carro fortes, além de praticar sequestros na Bahia. As informações são do Blog do Anderson e confirmadas pelo Sudoeste Digital.
A Operação Especial contou com a Polícia Civil da Bahia, Minas Gerais e São Paulo. No momento da prisão, o acusado resistiu e foi ferido na perna. Socorrido, foi encaminhado ao Departamento De Investigações Sobre Crime Organizado de São Paulo e nesta data foi apresentado no Distrito Integrado de Segurança Pública de Vitória da Conquista por policiais da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (DRACO) e da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa da Capital do Sudoeste Baiano. 
Esse mesmo indivíduo é apontado como possível participante da morte do delegado Marco Antônio Torres no último dia 12 de abril. De acordo com a DRACO, no momento da captura outro homem também reagiu e foi morto em confronto. O local da custódia não foi divulgado por questões de segurança.

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Força Tarefa prende quadrilha acusada da morte do delegado baiano Marco Torres; um bandido foi morto em troca de tiros