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ARTIGO – Coletivo urbano está à beira do colapso*

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Imagem: redes sociais/ilustrativa

A falência do sistema de transporte público por ônibus no Brasil está prestes a se tornar realidade. Indicadores de perda de passageiros, de endividamento e de fechamento de empresas, além da visível deterioração da qualidade dos serviços prestados, são sinais evidentes desse lamentável processo que avançou sobre o setor.

Desde meados dos anos 1990 o setor 
vem perdendo qualidade e desempenho

A tragédia anunciada não poupou as empresas, muito menos os passageiros. Ao contrário, o cidadão que depende do transporte coletivo para os deslocamentos diários passou a ser duplamente penalizado pela política equivocada do governo federal, que incentiva a propriedade e o uso de automóveis, provocando o crescimento vertiginoso dos congestionamentos urbanos. O resultado dessa perda de produtividade dos ônibus representa acréscimo de até 25% no preço das passagens.

Este é o pior dos mundos para o sistema de transporte público do Brasil. É o passageiro tendo de arcar com custos altos e ainda conviver com deslocamentos precários, sem conforto e sem garantias de chegar aos compromissos em tempo hábil, em função de regras definidas pelo poder público e da falta de priorização para os ônibus.

O atual retrato do transporte coletivo forjou-se nas últimas décadas. Desde meados dos anos 1990 o setor vem perdendo qualidade e desempenho, resultado do incentivo ao transporte individual. Nos últimos anos a situação se agravou, com sucessivas quedas no número de passageiros – da ordem de 25,9% no período de 2014 a 2017 – e o severo endividamento de mais de 30% das empresas, e 10% delas fecharam as portas entre 2014 e 2016.

Fatores como o acirramento da crise econômica, o represamento de tarifas e o consequente descumprimento dos contratos de concessão impulsionaram a degradação dessa atividade. No entanto, é preciso que se diga que muitas propostas de melhorias feitas pelas empresas operadoras foram ignoradas pelo poder público. Quando muito, foram apropriadas em discursos que não surtiram o efeito devido.

Assim, vieram as promessas do governo federal de um Pacto Nacional pela Mobilidade Urbana. A ideia não foi adiante, mesmo com o anúncio da implementação de projetos de melhoria na infraestrutura urbana – que hoje, de tão precária, é incompatível com o mínimo de qualidade exigida para esse transporte.

Por todo esse elenco de situações o setor finalmente dá um basta às promessas e se une para evitar a derrocada final. Colocou a situação “preto no branco”, no documento Carta de Brasília, enviado aos principais entes públicos ligados ao setor, e agora se volta à perspectiva de contribuir para a construção conjunta de novos planos de governo capazes de reabilitar a atividade no País.

Antecipa-se em divulgar propostas que incluem o financiamento de parte dos custos operacionais do transporte coletivo pelo transporte individual; englobam a retomada dos investimentos na infraestrutura urbana e a priorização do espaço destinado ao coletivo urbano; incluem a apropriação clara e transparente dos custos envolvidos na atividade e sua divulgação para toda a sociedade; sugerem a cobertura dos custos das gratuidades e de benefícios tarifários no transporte público por toda a sociedade, por meio dos orçamentos públicos, e não apenas pelos passageiros pagantes; e indicam outras ações necessárias e urgentes, que já foram enviadas às principais candidaturas à Presidência da República.

É hora de firmar um grande compromisso nacional em prol da reabilitação do transporte público no Brasil. As autoridades nos Estados e municípios ignoram que os ônibus urbanos transportam diariamente cerca de 40 milhões de passageiros e precisam ter condições mínimas para cumprir sua missão.

O alerta sobre a degradação do serviço de ônibus coletivo é feito desde 2013 pelo setor, só que agora o pedido de socorro não pode mais ser ignorado, sob pena de comprometer a continuidade do serviço, de ameaçar a sobrevivência das empresas e a manutenção de quase 500 mil empregos diretos gerados pela atividade. Quem assumirá o ônus?

* Otávio Vieira da Cunha Filho, O Estado de S.Paulo (10 Agosto 2018 | 22h19)

CONQUISTA – Traficante do BDN morre em confronto com a Rondesp


O traficante Sidnei Silva Cruz, 23 anos, morreu na tarde desse domingo (12), após confronto com a Rondesp no bairro Vila Eliza, em Vitória da Conquista. Considerado de alta periculosidade, em protagonizou uma fuga do presídio em maio do ano passado, mas foi recapturado pelo Peto 77.

Atualmente o bandido estava em liberdade condicional. De acordo com o Blitz Conquista, a polícia verificava uma denúncia de populares sobre a invasão de uma residência por traficantes, quando teria sido recebida a tiros no imóvel.

Os militares revidaram e alvejaram o suspeito, que foi encaminhado ao Hospital Regional de Base, onde foi constatada a morte.

De acordo com a Polícia, Sidnei era integrante da facção BDN (Bonde Do Neguinho), que é diretamente subordinada a traficante Joseane [Dona Maria], a Dama de Copas do baralho baiano do crime. CLIQUE AQUI E SAIBA MAIS SOBRE AS FACÇÕES DE CONQUISTA.


ATUALIZADA



Em janeiro deste ano, Sidnei foi flagrado pelo PETO no Bairro Vila Elisa, traficando drogas em companhia de um comparsa. Segundo denúncias, a dupla ainda estaria intimidando os moradores do bairro com uso de arma de fogo. 

A guarnição do PETO, com o apoio da Vitória 21 e o pelotão de motos da 77, foi até o local  para averiguação.

Ao chegar no local, Alexandre Cruz Santos de 18 anos, tentou fugir com uma mochila às costas. Ele entrou na casa de Sidnei Torres.
A PM encontrou maconha e crack na mochila. Sidnei tentou esconder uma espingarda, calibre 12, municiada e pronto para uso. Na casa foram encontrados, ainda, três petecas de maconha, embaladas e prontas para o comércio. O material apreendido, juntamente com os indivíduos, foram apresentados no DISEP. Logo já estariam em liberdade.

CAOS – Após 27 dias de retenção de ônibus em Vitória da Conquista, 80 mil usuários enfrentam dificuldades no transporte

Ônibus foram retidos após vistoria (Foto: Reprodução/TV Sudoeste)
Vinte e sete dias após a retenção dos ônibus coletivos de Vitória da Conquista, a crise no transporte público ainda não foi resolvida. Até este domingo (10), a frota segue reduzida e mais de 90 mil usuários do sistema estão prejudicados.

Além dos usuários, a crise no transporte afeta também os 517 funcionários da Viação Vitória, que estão com salários atrasados. Segundo a Prefeitura, 94 veículos da Viação Cidade Verde, outra empresa que faz o transporte coletivo no município, ocupa 11 linhas que antes eram atribuídas à Viação Vitória, além das 25 linhas que sempre foram de responsabilidade da Cidade Verde.

A prefeitura informou ainda que negocia com a Viação Cidade Verde para que a empresa assuma temporariamente as linhas afetadas pela paralisação da Viação Vitória. Os veículos foram retidos em inspeção surpresa na garagem da empresa Viação Vitória com pneus carecas, sinalização deficiente e tacógrafo em mau estado, entre outros.

Dos 80 ônibus que operavam no sistema, 74 foram retidos na vistoria da prefeitura, no dia 17 de julho. A situação de emergência no transporte público foi decretada no dia 18 de julho. Desde o dia 26 de julho, quando a frota foi reforçada, o município conta com apenas 16 veículos, que atendem a seis linhas do sistema da cidade.

EDITORIAL – O monopólio do transporte público é do município, não das empresas

Como bem ilustra o título deste editorial, “O monopólio do transporte público é do município, não das empresas”. PARA ENTENDER, vamos imaginar que Vitória da Conquista da Conquista terá quatro empresas destinadas ao transporte público. Seriam elas: A, B, C e D. LEIA MAIS…

CLIQUE AQUI E SAIBA O VERDADEIRO 
SIGNIFICADO DE MONOPÓLIO

Para isso, foi preciso dividir a cidade em quatro lotes, onde cada empresa operará após licitação pública: Setores: norte, sul, leste e oeste.

1 – Elas só irão se encontrar nos corredores e na área central da cidade;

2 – Outro traço importante, neste ensaio, por força da lógica operacional, o serviço continuará a possuir a natureza pública e sobretudo essencial/vital;

3 – Que o sistema de tarifação seja de responsabilidade do Governo Municipal e que a tarifa seja  unificada em toda a cidade;

Eis o cenário perfeito para “desmontar”
a visão míope e ultrapassada que alguns insistem em debater, visando única e
exclusivamente polarizar politicamente o conceito monopólio em transporte
público. 

Em serviços públicos essenciais e vitais não se aplica o conceito de monopólio. Senão, vejamos neste ensaio do mundo “perfeito”, onde Vitória da Conquista terá quatro empresas de ônibus.

Todos as manhãs nos bairros, o local de origem de cada linha os passageiros continuará a ter sempre a ÚNICA OPÇÃO.  Exemplo: morando no bairro de origem da empresa (C), por 365 dias no ano, esse passageiro só embarcará nos ônibus da empresa (C).

Moral da história: Caso fôssemos aplicar o velho e equivocado princípio, não seria isso um monopólio? Você não teve opção de escolher embarcar nas demais empresas (A),  (B) e (D) porque elas simplesmente não circulam em seu bairro.

Mas, aí rapidamente alguém diria :


“BASTA COLOCAR EM TODAS AS LINHAS TODAS AS 4 EMPRESAS”

Jamais se conseguiria construir um modelo econômico tarifário e operacional que garantisse que em cada linha tivesse um ou mais ônibus de cada uma das quatro empresas.

Em transporte público não cabe o conceito de CONCORRÊNCIA porque a tarifa é única.

ENTENDA:

A – O monopólio da tarifa é do Poder Público, não das empresas.

B – Se alguém praticar tarifa aleatória em serviços público é porque ele trabalha à margem da concessão, como é o caso da clandestinidade;

C – A tarifa é única visando o interesse da coletividade;

D – A tarifa é única para promover inclusão social (gratuidades e meia passagem aos estudantes, idosos e deficientes). Clandestinos fazem exclusão social ao exigir cobrança.

E – A tarifa é única para que linhas rentáveis garantam o funcionamento daquelas não rentáveis. Um exemplo claro Clandestinos não rejeitam linhas não atraentes.

F – Em serviço essencial regido por tarifa pública não se viabilizaria o regime concorrencial. A própria tarifa única desmotiva a concorrência.

AOS QUE INSISTEM DEFENDER QUE NÃO EXISTE MONOPÓLIO EM SERVIÇO ESSENCIAL 

Se o propósito principal do transporte público é garantir o ir e vir de todos, sem exceção, promovendo  a inclusão social, não importando se a rota ou a linha arrecade o suficiente para arcar com os custos operacionais, ficam as perguntas:

A – como os DEFENSORES POLITIZADOS construíram uma saída econômica e operacional à sua tese para o transporte público nesse mundo imaginário?

B – Como irão garantir, seja qual for o bairro em Vitória da Conquista, que todos os passageiros terão garantidos seus direitos de escolhas, em todas as manhãs, por qual empresa irão viajar?

C – Como irão construir esta nova rede em que haja concorrência garantindo a modicidade tarifária ou tarifa única?

D – De onde virão os recursos para garantir o luxo de existir quatro empresas operando em cada linha?

Há que se ressaltar que para todo luxo haverá o ônus, Neste caso, a população precisará saber que os custos deste sonhado sistema serão multiplicados por quatro vezes:

1 – Quatro empresas;
2 – Quatro estruturas de custos;
3 – Quatro garagens.

Se o sistema não é subsidiado, se o
sistema sobrevive exclusivamente da tarifa única e pública, não precisamos  ser entendidos no matéria que quatro empresas
significaria uma tarifa muito mais cara. 

E quem banca ou pagará essa tarifa? 
Simples Quem menos pode. 

REFLEXÃO

Política COM o transporte público ou Política PARA o transporte público?

O passageiro é quem deveria decidir. Para isso precisará estar bem instruído na matéria.

Fato que o lobby sempre falou mais alto, seja ele empresarial e ou político. Nessa sinergia pública e privada sempre irão preferir que haja muitas empresas. SERÁ POR QUE?

  • Ao município cabe o monopólio do gerenciamento do sistema;
  • Ao município caberá o monopólio e papel de guardião da tarifa que promoverá a inclusão social. 
  • Ao concessionário, a obrigação de entregar os serviços que se propôs ao assinar o contrato de concessão;
  • Aos passageiros, o direito de fiscalizar e exigir seus direitos no ir e vir com regularidade e segurança. 

O que realmente quem anda de ônibus espera no ponto: Veículos regulares, seguros, modernos e tarifa módica, não importando a cor ou de quem ou de quantas empresas existam.

Simples assim.

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EDITORIAL – Monopólio no transporte público


TRANSPORTE PÚBLICO – Passageiros em sofrimento e ainda forçados a escutar “mimimi” de sindicalista

CULTURA – Grupo Apodio realiza nova apresentação da peça “Silêncio”



O Grupo de Teatro Apodio anuncia a peça “Silêncio”, que será apresentada nos dias 18 e 19, em Vitória da Conquista.



O evento terá entrada gratuita e acontece na Praça CEU J. Murilo, na Rua Joana Angélica, Bairro Alto Maron. Para mais informações, contactar Afonso Ribas, diretor, pelo WhatsApp (73) 991878674. 


SAIBA MAIS


O Grupo de Teatro Apodio realizará nos próximos dias 18 e 19 a apresentação da peça “Silêncio: Autoacusação”. O evento é resultado de um trabalho que teve início em abril deste ano e acontece no Centro de Artes e Esportes Unificados de Vitória da Conquista J. Murilo (Praça Céus), localizado na Praça Virgílio Figueira, no bairro Alto Maron. 


Esta será a sétima vez que o Grupo leva ao público conquistense a peça “Silêncio”, escrita pelo austríaco Peter Handke, romancista e dramaturgo. Ela será apresentada em três sessões: duas no sábado, dia 18, às 19 horas e às 20h30, respectivamente; e uma no domingo, às 19 horas. No último dia do evento, acontecerá ainda um Pocket Show. A atividade é gratuita e aberta a toda a comunidade. 


Sobre o Apodio


Fazer um teatro de grupo, que resista e insista na atual e futura conjuntura da sociedade brasileira e usar essa arte como instrumento para enfrentar as opressões e a falta de amor entre as pessoas. Essa é a missão do Grupo de Teatro Apodio, que, desde junho de 2016, atua artística e politicamente em Vitória da Conquista, por meio das artes cênicas. 


Ele surgiu após uma oficina de teatro vocacional ministrada na Praça Céus, pela professora Gabriela Pereira, hoje responsável por coordenar Grupo. Mesmo com o fim da atividade, os participantes desejaram continuar se reunindo, e em um desses encontros, o nome “Apodio” foi escolhido para identificar o Grupo, uma homenagem aos deuses gregos Apolo (Deus do sol, das artes, da juventude e da verdade) e Dionísio (Deus das festas, da alegria e do teatro).


Atualmente, o Apodio se reúne todos os finais de semana, funcionando no sábado como um grupo aberto ao público em geral, onde são trabalhados jogos e técnicas de teatro; e no domingo como grupo fechado, onde acontecem reuniões, se discutem pautas, eventos e demais demandas, participando somente os seus membros fixos, que circunda em torno de 15 a 20 pessoas. 



Desde que foi fundado em Conquista, o Apodio já realizou inúmeras performances e apresentações, em locais como a própria Praça Céus, escolas, universidades e ruas da cidade. O trabalho mais recente aconteceu no último sábado, 4, e integrou o Festival Conquista Ruas. Na oportunidade, o grupo realizou uma intervenção na Praça 9 de novembro, onde denunciou o índice alarmante de mortes de jovens no município. 

CONQUISTA – Câmara debaterá em audiência pública encarceramento feminino

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Acontece na próxima segunda-feira (13), uma audiência pública na Câmara Municipal de Vitória da Conquista para discutir o encarceramento feminino e a situação do sistema penitenciário conquistense. 

A solicitação é Comissão de Direitos Humanos, Cidadania e Defesa da Mulher da Casa. Uma das finalidades da Comissão é emitir parecer, fiscalizar e formular políticas sobre a situação carcerária. A audiência deverá debater a situação do Conjunto Penal Nilton Gonçalves que possui capacidade para 48 presas, mas atualmente abriga 53.
SERVIÇO – AUDIÊNCIA PÚBLICA 
Encarceramento Feminino e o caos no sistema penitenciário em Vitória da Conquista
Data: 13 de agosto (segunda-feira)
Horário: 19 horas 
Local: Câmara Municipal de Vitória da Conquista, Plenário Carmen Lúcia. Rua Coronel Gugé, 150, Centro. 

SUICÍDIO NA PM BAIANA – Em três anos, pelo menos 21 PMs cometeram suicídio no estado

Tropa em choque: em três anos, pelo menos 21 PMs cometeram suicídio no estado

Morte de Pfem ressaltou a importância do debate sobre saúde mental
O primeiro foi o soldado da Polícia Militar Ismael Ramos, lotado na cidade de Santa Bárbara. Depois dele, veio o soldado Salmo Albuquerque, que trabalhava em Caetité. O caso do soldado Marcelo dos Santos Alves aconteceu em via pública, na cidade de Ruy Barbosa.

Ele tinha saído de uma festa que comemorava os 15 anos de formatura de sua turma de soldados. Já o soldado Leonardo Tosta morreu em casa, na Boca do Rio, em Salvador. A reportagem é do Correio da Bahia.

A cabo Carina Santos de Assis Carvalho, 40 anos, que tirou a própria vida na sede da companhia onde era lotada, em Pau da Lima, e cujo caso veio à tona na quinta-feira (9), não foi, portanto, o primeiro de 2018. Um capitão teria sido a sexta vítima, ao tentar se matar também onde trabalhava, em Salvador, mas foi impedido por colegas que estavam de serviço. 
As histórias de cada um desses policiais revelam uma realidade que nem sempre é divulgada: PMs com a saúde mental abalada, um cotidiano de constante pressão e assistência psicológica limitada. Em três anos, entre 2016 e 2018, foram 21 suicídios de policiais militares, de acordo com a Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares do Estado (Aspra). 
O major Edno Santana, coordenador de uma oficina de prevenção do Departamento de Promoção Social da PM, explica que, desde 2006, a média é que cinco policiais militares cometam suicídio por ano. 
Entre os transtornos mentais mais frequentemente associados ao suicídio, de maneira geral, estão a depressão (a principal), a esquizofrenia e a dependência química, de acordo com a psicóloga Soraya Carvalho, coordenadora do Núcleo de Estudo e Prevenção do Suicídio (Neps), do Centro Antiveneno da Bahia (Ciave), ligado à Secretaria Estadual da Saúde (Sesab). 
Ela afirma que o suicídio não deve ser reduzido a uma única causa. Há questões internas, genéticas e externas – aquelas consideradas ‘gatilhos’. 
“A profissão de policial é muito difícil, porque lida a todo tempo com risco de vida. Há uma cobrança muito grande, a remuneração é ruim e a pessoa passa o dia todo envolvida entre a vida e a morte. Por outro lado, tem um desgaste familiar porque a pessoa se afasta da família muitas vezes e também há uma frustração pela perda de amigos em combate. Isso tudo contribui”, analisa Soraya. 
Nem sempre esses sinais são conhecidos. Em nota enviada ao CORREIO, a PM informou que a cabo Carina nunca passou pela junta médica da corporação com histórico de transtorno mental. Ela até participou do programa de controle médico realizado no ano passado e não foi encontrado nenhum problema relevante para a saúde dela e nenhum quadro psicológico diferente. 
Atendimento
Hoje, em toda a corporação, segundo fontes ligadas à PM, existem 12 psicólogos para atender uma tropa composta por 31.167 policiais na ativa (a Aspra, porém, afirma que são apenas três). Muitos policiais, porém, criticam o serviço. Os psicólogos são oficiais e, portanto, ‘chefes’ de praças, como cabos e soldados. Isso faria com que os atendidos não se sentissem à vontade. Assim, recorrem a psicólogos particulares ou a serviços oferecidos por entidades como a Aspra. Mesmo assim, a maioria não busca ajuda profissional. Soraya Carvalho afirma que essa hierarquia compromete o curso do atendimento.
Não é incomum que as próprias entidades sugiram o acompanhamento: em alguns casos, o PM vai buscar assessoria jurídica e, no contato com os funcionários, alguém percebe e sugere o tratamento. Para a psicóloga clínica Uelda Santos, que coordena o atendimento na Aspra, a diferença entre os PMs e os pacientes com outras profissões é exatamente a negação. Se recusam a fazer tratamento. 
“Eles não podem demonstrar nem para os superiores, nem para os colegas, que estão fazendo atendimento psicológico, porque isso demonstra fraqueza. A própria profissão faz com que tenham que ter essa postura dura, rígida”, afirma a psicóloga. 
As nuances da atividade profissional costumam ser uma queixa frequente, no discurso dos atendidos. “Se ele briga com a família um dia, ele não pode ficar no cantinho dele quando chega no trabalho. Ele tem que ir para rua cuidar dos problemas do cidadão, interagir com o comandante, com os colegas. Muitas vezes, eles não conseguem controlar isso e a válvula de escape é a bebida, jogo e, ainda, o suicídio”. 
Prevenção
No ano passado, foram sete suicídios na corporação, segundo a Aspra. Em 2016, foram nove. Mas a situação hoje é pior do que há poucos anos. Em 2013, o CORREIO mostrou que o número de três suicídios naquele ano alarmava até mesmo a própria PM. 
Era um problema com o qual tinham que lidar – e precisavam prevenir. Por isso, em 2016, o Departamento de Promoção Social da PM criou a “Oficina de capacitação para agentes multiplicadores em qualidade de vida para a prevenção da depressão e do suicídio”.
“Nós trabalhamos com práticas integrativas, fazemos oficinas com psicólogos, assistentes sociais, fonoaudiólogos, educadores físicos, nutricionistas, enfermeiros. Temos arte-terapia do origami, prática de slackline que ajuda o corpo e amente e a iogaterapia, que fortalece o indivíduo”, explica o major Edno Santana. 
Esse curso é destinado a policiais que tenham um perfil observador e que tenham a pré-disposição para ajudar outras pessoas. Ou seja – não é necessariamente para aqueles que têm algum transtorno psicológico, embora isso possa acontecer. 
O objetivo é formar ‘multiplicadores’ do que foi aprendido nas aulas. “Essas pessoas vão ser aquelas que vão ajudar, vão notar qualquer indício (de ideação suicida) e informar ao comandante, ao diretor, que fulano ou beltrano está precisando de algum tipo de ajuda”, diz. 
Desde 2016, já foram formados 560 PMs em Salvador e no interior do estado. O curso é gratuito e dura uma semana – a cada mês, é realizado em uma localidade. 
Além disso, a PM informou que tem uma ação de “grande relevância ocorrendo” no combate ao estresse. “A PM-BA é pioneira no país na celebração de uma parceria com a organização humanitária internacional Arte de Viver para promover a capacitação do profissional policial militar para gerenciar o estresse através de técnicas de respiração. Até o momento foram capacitados cerca de 800 policiais. A meta, nessa nova etapa do projeto, é alcançar 6.000 policiais militares. Os depoimentos dos profissionais que participam do projeto são impressionantes e o resultado é transformador na qualidade de vida dos que mantém a utilização das técnicas após a capacitação”. 
Índices baixos
A PM não confirmou quantos suicídios foram cometidos na corporação, nos últimos dez anos, nem quantos policiais foram afastados por transtornos psicológicos. No entanto, destacou, em nota, que os índices estão entre os mais baixos do estado e que foram realizados trabalhos preventivos nos últimos anos.
“É claro que gostaríamos que nenhum caso (de suicídio) acontecesse na nossa instituição e é para isso que nos últimos anos foram realizados trabalhos preventivos como palestras e seminários no intuito de priorizar a prevenção a esse ato”, disse a corporação na nota.
Procurada, a Polícia Civil não respondeu aos questionamentos quanto à realidade da corporação.
Incidência entre os praças
Para especialistas, a tendência é de que o comportamento suicida seja maior entre policiais. Essa foi uma das razões para a publicação do livro Por que Policiais Se Matam?, em 2016. O livro é resultado de um estudo conduzido pela professora Dayse Miranda, doutora em Ciência Política pela Universidade de São Paulo (USP) e coordenadora do Grupo de Estudo e Pesquisa em Suicídio da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). 
A pesquisa envolveu 224 entrevistas de integrantes da Polícia Militar do Rio de Janeiro e conseguiu identificar fatores sociodemográficos, institucionais, organizacionais, relacionais e individuais para as tentativas e as ideias de suicídio. 
O estudo mostrou que cabos eram a patente que mais cogitou suicídio no Rio de Janeiro (46%). Logo em seguida vinham sargentos (36%) e soldados (14%). Entre os que chegaram a tentar algum ato suicida, 50% eram sargentos; 41% cabos e 5% soldados.
Isso não surpreende o coordenador da Aspra, Marco Prisco. De acordo com ele, a pressão ‘vai descendo’ a escala de patentes. “Quem sofre é a ponta, que é o policial da rua. Eles sofrem muito. Às vezes, a sociedade vê um policial estressado na rua, mas não quer saber as causas, só as consequências. Você, na rua, vai ter que fazer tudo. Você é o salvador da pátria”, aponta. 
O estudo da Uerj identificou que, entre os fatores comuns, os policiais apontavam perseguições/amedrontamento, xingamentos, insultos, humilhações por pessoas do seu convívio e insatisfação com a própria PME-RJ, no que se refere a escalas de trabalho, infraestrutura, materiais e falta de reconhecimento profissional, ausência de oportunidades de ascensão.
As reclamações também incluíam transferência de unidade sem concordância ou aviso prévio; pouca sociabilidade entre os colegas e a família; pouca confiança nos companheiros de corporação, indicação de depressão e dificuldades para dormir.
Uma das conclusões dos pesquisadores é que o primeiro desafio a ser encarado é justamente desnaturalizar os eventos violentos como ‘irrelevantes’. “O segundo é sensibilizar policiais militares, praças e oficiais, a respeito dos principais fatores associados ao risco de suicídio”, afirmam. 

(EDITORIAL) TRANSPORTE PÚBLICO – Passageiros em sofrimento e ainda forçados a escutar “mimimi” de sindicalista

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Álvaro Souza, presidente do Sindicato dos Rodoviários, é o exemplo de um piada de mau gosto. Não vivendo seus melhores  dias, neste caos no transporte público. Sistema que ele próprio ajudou a falir ao fazer campanha aberta defendendo a clandestinidade que dilapidou transporte público.

Depois de proferir e profetizar uma série de baboseiras – que em nada agregou aos rodoviários que ele representa – ao contrário de buscar solução, transformou  sua categoria de profissionais em pedintes.

Outra vez, Álvaro, ao contrário de buscar solução para as centenas de famílias, prefere o subterfúgio para se esconder atrás da cortina de fumaça e não encarar a triste e irresponsável situação em que ele mesmo meteu os rodoviários.

Em outra fase de mau gosto, ele agora vem se metendo em teses jurídicas – assunto que não domina e nada conhece, falando do conceito monopólio no sistema de ônibus. Chega a ser ridículo a Vitória da Conquista ter que se sujeitar a tal situação. RELEMBRE AQUI

O presidente do sindicato brincava de demonstração de poder, impondo aos milhares de passageiros e à economia local suas greves que, em absolutamente nada somaram aos funcionários dos ônibus. 

Ao contrário, perdeu prêmios de férias e plano de saúde, sem falar no intervalo que ele impôs à categoria por caprichos em perseguir uma das concessionárias de ônibus. Se as greves de Álvaro Souza tinham alguma função,  foram somente para o seu deleite.

Venhamos e convenhamos. Metade da cidade passando por uma grave crise no transporte público e ele tentando impor sua ideologia sem lógica, de tratar de monopólio. Vem, assim, outra vez, atacar justamente a empresa que, bem ou mal, é aquela que sai em socorro do povo de Vitória da Conquista.

Passou da hora de o governo municipal bater firme na mesa e mostrar que quem controla o sistema é o Poder Público e não um mero sindicalista. A gente vai continuar cobrando isso, defendendo o mister jornalístico que é se posicionar exclusivamente em favor do povo.

CONQUISTA – Câmara de vereadores homenageia pais em Sessão Especial

Na manhã desta sexta-feira (10), a Câmara Municipal realizou uma Sessão Especial em homenagem ao Dia dos Pais, conforme estabelece o artigo 3º da Lei Nº 1.937/2016 que institui a comemoração do Dia dos Pais no município na segunda semana do mês de agosto. A proposição da sessão foi de autoria da vereadora Lúcia Rocha (DEM). A reportagem para a Web TV Sudoeste Digital é de Maele Santos.







DUDÉ E DANILO REPRESENTARAM SUAS BANCADAS

O vereador Luís Carlos Dudé (PTB), líder do prefeito na Câmara, falou sobre a dor de perder um pai. “Nós sabemos o quanto dói não ter mais o pai por perto, para conversar pra bater aquele papo. Uma dor que nunca passa, nuca cicatriza”, apontou.

Dudé destacou a necessidade de que aqueles que ainda tem seus pais vivos aproveitem a sua presença. “Não pense duas vezes em dizer ao seu pai que você o ama. Ouça os conselhos de seu pai. Tudo o que ele lhe falar é para o seu bem. É necessário que você abrace o seu pai”, aconselhou.

O vereador Danillo Kiribamba (PCdoB), que representou a Bancada de Oposição. agradeceu o voto de confiança de poder falar em nome dos colegas de bancada. O parlamentar convidou os filhos à tribuna e disse que é uma alegria ser pai, que aprende todos os dias seu papel na convivência com os filhos.

Em sua fala, frisou que é a família que educa para a vida e os pais são fundamentais nesse processo. O vereador reconheceu que muitas mulheres cumprem os dois papéis – pai e mãe, e isso precisa ser valorizado. Ele ainda se solidarizou com o colega Álvaro Pithon (DEM) que ficou emocionado e não pôde falar em nome da Bancada de Situação.

Sessão de imagens com os vereadores e seus homenageados
(O vereador Hermínio Oliveira, presidente da Casa, não apresentou homenageado. Ele representou o vereador Gilmar Ferraz, ausente da Sessão)

EDITORIAL – Presidente do Sintravc “marginaliza ” empresa que poderia contratar funcionários da Vitória

“Papagaio faz  arte e é o periquito que leva a fama”. Neste ponto, o presidente do Sintravc, sindicato dos rodoviários, Álvaro Souza, deixa em derradeira hora o problema aos vereadores de Vitória da Conquista. Quase um mês se passou e o presidente Álvaro não resolveu o suplício da categoria, que no momento passa a necessitar de donativos.

Precipitadamente Álvaro prometeu um “novo mundo à categoria”,  Com isso desperdiçou tempo, capitalizando à custa das pessoas, do caos no transporte público e da política para arrastar a categoria de um lado a outro pela cidade.

Álvaro não perdeu tempo para gerar “capital político” e “demonstração de poder” a fim de desdenhar e macular a imagem da Viação Cidade Verde, induzindo a categoria em sua malfadada e irresponsável aventura a segui-lo, gravando áudios, filmes e entrevistas em blogs e TV.

Ele, no auge da paralisação da frota da Viação Vitória, saiu afirmando e reafirmando aos quatro cantos que não valia a pena a categoria trabalhar na Viação Cidade Verde. Estranho posicionamento.

Aqueles que se aproximam do assunto ou da crise dos 517 funcionários da Viação Vitória também não compreendem de onde o presidente do sindicato buscou tal lógica que impõe muito mais sacrifício à categoria que ele deveria estar buscando emprego. 

De onde estaria Álvaro tirando tantas “certezas” para atacar implacavelmente a imagem de uma empresa tida como referência em Vitória da Conquista e em âmbito nacional?

O fato é que ele protagonizou e participa diretamente da falência social e econômica de 517 famílias. Sua estratégia ou influência e promessas externas que eventualmente povoaram a sua mente não materializou a solução de que tanto necessitam essas famílias.

Álvaro trabalhou para criar uma hiato entre os funcionários Vitória com a empresa Viação Cidade Verde. Fica cada vez mais cristalino que essa mesma estratégia foi usada por ele para abrir um abismo entre o governo de Herzem Gusmão (MDB) com a Viação Cidade Verde.

Conclusão: passageiros, funcionários e o próprio governo vêm pagando o alto preço da ingerência do presidente Álvaro, já que a solução, há muito, poderia ter vindo em favor do refrigério da coletividade.

De profissionais a necessitados. Foi no que Álvaro transformou centenas de famílias.

Que a tragédia social e econômica a plenos pulmões sirva de lição para a categoria dos rodoviários, distinguindo uma coisa da outra a política da sobrevivência de cada um.

Como diz o ditado: “Peixe é peixe, boi é boi, e peixe-boi é outra coisa”.

Que os rodoviários e familiares saibam distinguir movimento sindical de projeto de poder político.