A OAB é uma das instituições de maior credibilidade do país conforme pesquisa realizada pela AMB – Associação dos Magistrados do Brasil, e essa imagem foi construída pela dignidade e trabalho de cada um dos colegas advogados e advogadas que exercem diariamente com dedicação e ética essa tão honrada profissão. É com essa força que a OAB deve exercer a defesa intransigente das nossas prerrogativas e dos nossos valores, e é justamente por isso que uma das mais importantes missões de todos os advogados é preservar a nossa Instituição de Classe. Não é por outro motivo que o Código de Ética da Advocacia estabelece em seu art. 2º, XII que é dever de todo advogado “zelar pelos valores institucionais da OAB e da advocacia”, ao passo que, de igual modo, o Estatuto da Advocacia – Lei 8906/94 – preconiza em seu art. 31 que “o advogado deve proceder de forma que o torne merecedor de respeito e que contribua para o prestígio da classe e da advocacia”. Confira a manifestação na íntegra.
Nesta linha de intelecção, vejo com tristeza e preocupação o embate que se instalou em Vitória da Conquista, onde se judicializou recente eleição para suprir a vacância da presidência local. Isso porque, além da nocividade dessa interferência do Judiciário, essa lamentável disputa pessoal fere os princípios da advocacia e fragiliza a própria OAB.
Então devemos refletir: a quem interessa a fragilização da Ordem?
Isso porque os verdadeiros adversários da advocacia não são os próprios advogados, mas sim as autoridades que violam as nossas prerrogativas, são os agentes que conspiram contra dignidade da nossa profissão e causam a mora absurda dos processos no judiciário baiano, aqueles que desrespeitam os direitos das mulheres advogadas como vemos em constantes notícias na imprensa, são aqueles que impedem a inserção dos jovens advogados no mercado de trabalho e que aviltam os nossos honorários, portanto é a esses que interessa a fragilidade da OAB.
É lamentável o que observamos hoje, uma guerra de egos que expõe a Ordem nas redes sociais, reverberando nos corredores dos fóruns e repercutindo negativamente no nosso cotidiano, no nosso trabalho diário e, portanto, na nossa dignidade profissional.
É justamente por isso que todo advogado e toda advogada de Vitória da Conquista e região deve repugnar e repudiar qualquer tentativa de exposição e fragilização da OAB, assim como qualquer interferência externa, seja ela qual for, até porque a Ordem dos Advogados do Brasil não pode e nem deve estar submetida a interesses pessoais condenáveis.
Assim sendo, exercendo o compromisso que fiz em meu juramento quando ingressei na advocacia há 23 anos é que venho a público conclamar todos os colegas advogados e advogadas a exercermos juntos o compromisso de valorização da nossa profissão repudiando toda e qualquer tentativa de abalo e fragilização da OAB de Vitória da Conquista.
Vitória da Conquista, 10 de setembro de 2024.
Gésner Lopes Ferraz Silva
Advogado OAB/BA 18.196
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