A memória e a história sempre estão/são imbricadas, e por isso mesmo, os atos terroristas do dia 8 de Janeiro de 2023, não serão esquecidos. As imagens que foram geradas como a destruição da praça dos Três Poderes, é a prova clara de que é sim importante o governo do Brasil criar essa memória histórica anti-golpe, anti-civilizacão, anti-democracia…. “É um processo histórico, porque na verdade, o 8 de janeiro não foi um raio em céu azul. Ele foi antecedido pelo 7 de setembro de 2021, quando o ex-presidente reuniu multidões, acusou o Supremo Tribunal Federal, disse que não ia obedecer a ordens e decisões do supremo. Depois, no dia 30 de outubro, quando ele não reconheceu o resultado das eleições de 2022. Agora, sabemos que já havia uma minuta de um golpe de estado pronta. Depois, no dia 12 de dezembro, quando houve um ensaio geral do 8 de janeiro, com quebra-quebra em Brasília. Mais do que um fato histórico isolado, é um processo histórico, que já está sendo incorporado à história contemporânea do Brasil”.
Essa análise faz essa reflexão importante sobre como aqueles acontecimentos terroristas estão profundamente enraizados em um processo histórico maior. Esses atos terroristas não surgiram do nada, fazem parte de uma sequência de eventos que expõem a fragilidade da democracia brasileira diante de discursos e ações anti-democracia.
O 7 de setembro de 2021, por exemplo, marcou um momento em que o então ex-presidente incentivou diretamente ataques às instituições democráticas, plantando as sementes de um movimento que culminaria nos ataques de janeiro. Da mesma forma, a sua recusa de em reconhecer o resultado das eleições de 2022 e a descoberta da minuta de golpe mostram que havia uma estratégia em curso, que foi amplificada por seus apoiadores.
O quebra-quebra em Brasília, em 12 de dezembro de 2022, outro exemplo, também foi um alerta ignorado por muitos, demonstrando que as forças golpistas estavam se organizando e testando os limites da reação estatal. Portanto, criar uma memória histórica anti-golpe é essencial para que esses eventos não sejam apagados ou minimizados no futuro. Eles representam não apenas uma ameaça ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas à própria civilização democrática que o Brasil busca consolidar. Registrar esses acontecimentos e analisá-los como parte de um processo histórico maior é crucial para educar as gerações futuras e garantir que ataques semelhantes não voltem a ocorrer. E o mais importante é o Brasil não permitir qualquer ideia de nome ANISTIA como prêmio a esses algozes animalescos da democracia, do voto, e da liberdade política.
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Joilson Bergher/Antifascista