CONQUISTA | Nildma Ribeiro representa a Sepromi no I Fórum de Igualdade Racial, Combate à Intolerância Religiosa e ao Racismo Religioso

A OAB – Subseção de Vitória da Conquista, por meio das Comissões de Igualdade Racial e de Combate à Intolerância Religiosa, realizou, nesta sexta-feira (31), no Auditório de sua sede, o I Fórum de Igualdade Racial, Combate à Intolerância Religiosa e ao Racismo Religioso.

O evento teve o objetivo central de abordar questões referentes a três temáticas distintas, mas interdependentes: igualdade racial, racismo religioso e intolerância religiosa.

Através de mesas e de oficinas de capacitação, foram discutidos os pleitos apresentados no Fórum de Combate à Intolerância Religiosa, realizado em janeiro deste ano no mesmo local, bem como de reforçar a relevância da promoção de meios que, efetivamente, assegurem o direto fundamental à liberdade de crença e de culto.  

Presente no evento, a ex-vereadora Nildma Ribeiro representou a Secretaria Estadual de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi). Ela destacou a importância da secretária titular da SEPROMI, Ângela Guimarães, e seu histórico de luta, além do papel do governador Jerônimo Rodrigues em expandir a pasta, ampliando sua atuação para comunidades e povos tradicionais.

“Apresentamos as ações realizadas pela Sepromi, tendo reformulado a sua estrutura organizacional para o atendimento aos povos indígenas, atendendo a nossa finalidade, que é a de formular políticas de promoção da defesa dos direitos e interesse das comunidades tradicionais”, pontuou.

“Relatamos a importância da criação de delegacias especializadas para crimes e intolerância religiosa; a aplicação da Lei nº10.639 na grade curricular das escolas; a necessidade do mapeamento da violência contra às religiões de matriz africana e aplicação das medidas necessárias”, destacou.

“Não podemos ter um Estado Democrático de Direito, onde não exista uma sociedade livre e solidária”, finalizou. A lei citada é a que torna obrigatório o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira em todas as escolas brasileiras, públicas e particulares, do ensino fundamental até o ensino médio. Além disso, essa lei inclui o Dia da Consciência Negra no calendário escolar.

QUEM É ÂNGELA GUIMARÃES – Ângela Guimarães é natural de Salvador, nascida no território negro do Curuzu-Liberdade. A presença e proximidade com o bloco afro pioneiro Ilê Aiyê e na sequência com o Olodum, foram determinantes na sua construção enquanto militante da luta antirracista.

Nesta trajetória, participou de grupos de jovens, grupos religiosos, movimentos culturais, atuou no teatro negro, até chegar à universidade onde conheceu mais de perto o movimento estudantil e presidiu o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Era o momento de aprovação das cotas raciais no Ensino Superior. Também é militante da União de Negras e Negros pela Igualdade (Unegro) desde 1999, onde participou de todas as lutas no enfrentamento ao racismo e pela conquista de políticas afirmativas no país. Atualmente é presidenta nacional licenciada desta organização.

Cientista Social graduada pela UFBA, foi aluna especial do Mestrado em Educação – Programa de Pós-graduação em Ensino e Relações Raciais da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) no semestre 2022.1.

No âmbito da gestão pública acumula larga experiência, tendo sido a primeira diretora do Departamento da Reparação Racial em São Sebastião do Passé, em 2005, órgão responsável pela implementação de políticas de promoção da igualdade racial, mulheres e juventude. Foi Secretária-adjunta Nacional de Juventude, da Secretaria-Geral da Presidência da República, no período 2011-2016, foi presidenta nacional do Conselho de Juventude, onde atuou na conquista de direitos como o Estatuto da Juventude, o Plano Juventude Viva, as cotas raciais nos concursos públicos, dentre outros.

A partir de 2016 desempenhou várias funções institucionais na Secretaria Estadual do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte da Bahia (SETRE), onde coordenou a Agenda Bahia do Trabalho Decente, também atuando como assessora especial, chefa de Gabinete e coordenadora de Fomento ao Artesanato. É professora concursada de Sociologia na Rede Estadual de Educação.

Assumiu a titularidade da Sepromi em janeiro de 2023 na missão de consolidar e expandir os direitos da população negra, dos povos e comunidades tradicionais, além de fortalecer as políticas de enfrentamento ao racismo e à intolerância religiosa.


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