ESPECIAL | ‘Invasão zero’, tiros e flechas: ilustrações mostram como foi o confronto com fazendeiros que matou indígena na Bahia

O conflito armado que resultou na morte a tiros da liderança indígena Pataxó Hã-hã-hãe Maria de Fátima Muniz, conhecida como Nega Pataxó, além de ter deixado outros cinco feridos, chamou atenção da polícia pela forma como foi articulado. Um grupo autointitulado “Invasão Zero” mobilizou centenas de fazendeiros na região de Potiraguá, no Sul da Bahia, através do WhatsApp. Divididos em vários carros, os ruralistas se dirigiram até a área da Fazenda Inhuma, que havia sido ocupada pelos indígenas. Veja abaixo, em quatro tópicos e com ilustrações, como aconteceu o ataque.

Chegada dos indígenas no sábado

Storyboard: conflito armado no Sul da Bahia — Foto: Editoria de Arte

Os indígenas da etnia Pataxó Hã-hã-hãe se dirigiram, no sábado, para uma fazenda entre os municípios de Potiraguá e Itapetinga. O grupo diz que é dono da área — a Terra Indígena Caramuru-Catarina Paraguassu — e que está cansado de “aguardar pela demarcação de suas terras”, segundo a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib). Eles foram para o local com crianças, idosos e mulheres, “indicando que a retomada estava ocorrendo de forma pacífica”.

COMPARTILHAR