Quando o Uber chegou a Vitória da Conquista, alvoroço total no meio dos taxistas, que viram cair a receita drasticamente. Muitos pensaram em deixar a atividade diante da concorrência que, diga-se de passagem, permanece sem ser legalizada no município.
O que os taxistas fizeram? Preferiram reduzir o valor da corrida e, assim, puderam se manter no mercado. Assunto resolvido. É assim que funciona a lei da oferta e da procura. O povo quer aquilo que menos pese em seu bolso. E todos ganham com isso.
Eis que, agora, um decreto municipal, editado semana passada pela prefeita Sheila Lemos (MDB), reduzindo o preço da tarifa dos ônibus urbanos, de R$3,50 para até R$2,00, causa burburinhos. Tudo porque os defensores da ilegalidade, do clandestino, resolveram se compadecer dos vanzeiros.
Não houve protesto, mesmo porque são ilegais, não recolhem impostos e vivem à margem da legislação vigente.
Os vanzeiros reconhecem que precisam reduzir o preço cobrado. Quem não suportar, que deixe o mercado. Lembra do Uber x taxi? Então… Ouça o que diz um vanzeiro, concordando com a postuira da Prefeitura e desconstruindo o discurso vazio dos que tentam jogar lama no ventilador.
Ainda assim aparecem aventureiros teóricos que estão querendo tudo, menos ver o usuário ser beneficiado e o crescimento político da prefeita Sheila. Querem fazer a política suja com o transporte público, enquanto a gestora faz política para o transporte público.
Como definir essa gente pirotécnica, que acende o pavio e se esconde como ratos? Invejosos, no limbo político e desacreditados. Órfãos de um sistema retrógrado e que não mais se aplica na economia moderna.
Encontraram suporte somente naqueles que, com viés político, tentam angariar suporte dos vanzeiros à custa de apoio político. No afã de denúncias vazias chegam a creditar a redução da tarifa a pessoas do governo, desmerecendo a capacidade gestora da prefeita – essa, sim, única responsável pela redução na tarifa.
E o que isso significa para o usuário e para o comércio? Para o primeiro, uma economia de até R$90,00 por mês – ou um salário-mínimo por ano. Mais pão, mais leite, mais carne. Para o segundo, mais pessoas utilizando o transporte coletivo para ir às compras, tendo ou não veículo próprio.
Senão, vejamos mais exemplos de redução de tarifa Brasil afora. A Prefeitura de Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba, por exemplo, seguiu exemplo de Conquista. Naquele município, a tarifa dos ônibus que já foi reduzida para o valor de R$ 2,20, sofreu outra redução, caindo para R$ 1,95. Estranho é ninguém ter saído em defesa de clandestinos.
A Prefeitura de lá deu o recado: “A Prefeitura afirma que a redução no valor da tarifa dos ônibus é um estímulo à utilização do transporte coletivo municipal e visa favorecer o comércio da cidade.”
Numa sociedade moderna, que rejeita abutres de conquistas em favor do retrocesso, não cabe mais projetos eleitoreiros descabidos, sem argumentos sólidos. São essas mesmas pessoas críticas que transitam em seus luxuosos veículos, por isso não considerar que a redução da tarifa beneficia quem realmente necessita.