O Sindicato dos Bancários tornou público uma grave denúncia nesta quinta-feira (5): a porta giratória da agência Itaú/Francisco Santos, em Vitória da Conquista, está há mais de 30 dias sem funcionamento. A direção da agência não se pronunciou à imprensa, apenas por meio de um aviso afixado numa das vidraças.
A diretoria do Sindicato informou que, durante todo esse período, esteve em contato com os gestores da unidade para promover o conserto deste importante instrumento de segurança, mas – até o momento – nada foi feito.
A porta giratória com detector de metais é um dos critérios obrigatórios estabelecidos pela Lei Nacional de Segurança Bancária para o funcionamento de um estabelecimento financeiro, assim como a existência de um sistema com vigilantes preparados, protegidos e armados, e câmeras de monitoramento.
A falta do equipamento é facilmente identificável por criminosos, que ficam livres para entrar na agência portando armas de fogo, brancas ou outros objetos perigosos, colocando em risco a vida dos trabalhadores bancários, clientes e usuários.
Segundo informações, sem o funcionamento da porta, os gestores suspenderam as operações com numerário no interior da unidade e estão indicando os caixas eletrônicos para a realização de saques e depósitos.
Vale ressaltar que uma resolução do Banco Central determina que é “vedado às instituições impedir o acesso, recusar, dificultar ou impor restrição ao atendimento presencial em suas dependências, inclusive em guichês de caixa, a clientes ou usuários de produtos e de serviços, mesmo quando disponível o atendimento em outros canais”. Claramente, a falta do atendimento nos caixas gera transtornos à população e pode resultar em golpes, principalmente para aposentados e clientes que não estão habituados com os recursos digitais.
O presidente do Sindicato dos Bancários, Leonardo Viana, também vê com preocupação a demora do banco em sanar o problema, tendo em vista que nos últimos anos as instituições financeiras estão empurrando os usuários para o autoatendimento a fim de cortar custos com pessoal. “Os bancos têm buscado reduzir os seus custos a base de cortar qualquer tipo de despesa para maximizar os seus lucros, mesmo que isso, como neste caso, custe a negligência com a segurança de clientes e funcionários. Infelizmente, a lógica do máximo lucro tem feito os bancos colocarem em segundo plano até a segurança e a vida de quem está nas agências.”
O Itaú vem fechando agências em diversas partes do Brasil. No último ano, a instituição fechou 247 agências físicas, mesmo tendo um lucro bilionário de R$ 23,118 bilhões nos primeiros nove meses de 2022. | Com informações da Ascom/SEEB.
