ARTIGO | Para mim as eleições estadunidenses não farão qualquer diferença. Aqui o presidente do Brasil chama-se Luiz Inácio Lula da Silva*

Os estadunidenses nem sabem onde fica o Brasil, e pouco se lixando se o presidente é Lula ou outro qualquer. Esse povo, apenas se ocupa de seus interesses, de suas empresas sediadas no mundo. Pra mim, tanto faz ou faria ter os dois na presidência daquele país.

Em que sentido a tua ou a minha vida se modificou com Obama, Clinton ou Roosevelt, presidentes daquele país? Entendo que o mundo está em disputa, em desequilíbrio, para de um lado, fomentar guerras e a sua indústria bélica armamentista, e de outro, fazer o grande debate para a felicidade do Ser, de esperança para o Ser.

Os estadunidenses então de costas pro mundo, estão em crise, com inflação alta, sem dinheiro para pagar as suas contas. Querem pagá-las com esse abismo, com esse ser do mal que desesperado quer impor ao mundo, como árbitro do mundo, o desastre daquela nação. Não vão conseguir. A China, Rússia, Índia, partes da Europa, estão felizes, a espreita, ao lado do Brasil.

Pode apostar, para a maioria de nós, as mudanças na liderança dos EUA não trazem impactos diretos no cotidiano, especialmente considerando que as prioridades dos americanos estão voltadas para seus próprios interesses econômicos e geopolíticos. O Brasil segue seu próprio caminho, com Lula buscando fortalecer alianças regionais e ampliar a presença global em temas como paz, soberania e desenvolvimento sustentável. Isso se alinha mais aos interesses de países emergentes, que buscam estabilidade e diálogo multilateral, em vez de se envolver em conflitos externos ou em políticas de dominação.

Não devo perder o foco centrado neste ponto importante: essa potência, os EUA se veem afundadas em crises internas e tentam manter a influência por meio da força e da indústria armamentista, o Brasil tem uma oportunidade de fortalecer laços com outros países que compartilham objetivos comuns, como China e os membros do BRICS. Esse grupo propõe um equilíbrio de poder mais voltado ao desenvolvimento mútuo e menos ao controle, algo muito mais positivo para o futuro.

Na prática, talvez não vejamos uma grande mudança no cotidiano, mas um Brasil que caminha ao lado de parceiros como a China pode fortalecer sua posição em um mundo que está, como você disse, em disputa entre dois modelos: um de confronto e outro de cooperação. Isso pode ser um passo importante para construirmos, ainda que de forma lenta, um contexto mais voltado para o bem-estar do ser humano, deixando para trás esse modelo hegemônico que impõe sofrimentos e desigualdades.
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*Joilson Bergher, jequieense e professor de Filosofia


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