
O uso de adubação química tem sido uma prática comum entre muitos pecuaristas com o objetivo de fomentar a produtividade da pastagem.
No entanto, tal atitude tem efeitos negativos para o produtor e para o meio ambiente, uma vez que a adubação excessiva pode contaminar lençóis freáticos. Pensando nisso, pesquisadores do Programa de Pós-Graduação em Zootecnia da Uesb (PPZ) vêm trabalhando com com micro-organismos promotores de crescimento vegetal associado a plantas forrageiras.
“Nesse caso, as bactérias que estamos trabalhando têm vida livre e vivem em uma zona chamada rizosfera, que é ao redor da raiz, capturando nitrogênio atmosférico e do solo, que a planta não conseguiria captar, e entregando para a planta esse nitrogênio. Ou seja, ela recebe nitrogênio praticamente equivalente à adubação nitrogenada”, explicou Teixeira.
Outro fator favorável é a estimulação dos fito-hormônios, que “são os hormônios das plantas – auxinas, giberelinas, citocininas. Eles têm papeis importantes na melhoria das condições das plantas, o que vai promover uma maior produção”, explicou.
Para a região Sudoeste da Bahia, onde o experimento está sendo desenvolvido, o micro-organismo já é adaptado. “A gente está provando, em nosso próprio solo, que eles funcionam bem e vão ser super recomendados aqui. Em outras regiões, será necessário ser testado e adaptado”, concluiu Teixeira.