Duvidosas as bases de cálculos dos que afirmam que há lucros, mesmo com veículo quitado.
Há vantagens em financiar para entrar na UBER? Não.
Há vantagens em alugar um veículo para dirigir para a UBER? Não.
Precisamos da UBER para transportes de passageiros? Não.
Ganhos semanais do motorista Uber X e Black: variação média R$ 1.112,00. Em alguns casos, e de forma esporádica, pode-se chegar a R$ 1.400,00. Com excesso de motoristas, ocorrem muitos minutos ou horas de espera por passageiros.
Cabe ressaltar que não constam nesse cálculo IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores), DPVAT (Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres), futuras batidas ou multas, custo com a saúde do motorista e a manutenção básica do veículo – a saber, pastilhas ou discos de freios, coxins, pivô suspensão, amortecedores, limpeza de radiador, carga de gás do ar-condicionado, higienização, pneus, velas, alinhamento, balanceamento, cambagem, bateria, sistema de partida eletrônica.
Muitos itens são trocados duas vezes ao ano (considerando 100.000 quilômetros), ou quatro (para os veículos compartilhados), tais como pneus, amortecedores, velas, pastilhas de freio, alinhamento, balanceamento, cambagem. Teremos, assim, um valor superior a R$ 5.000,00, ao incluirmos os gastos não calculados.
A UBER Black tem custos fixos elevados, considerando os veículos de luxo. Apesar de o rendimento ser maior que a categoria UBER X, o lucro líquido assemelha-se aos dados propostos.
Muitos motoristas que ingressam na UBER não percebem que seus veículos, em até um ano, desvalorizam drasticamente pela quilometragem rodada. Por dia, em média, são rodados 250 quilômetros, em jornada de 14 horas.
Caso o automóvel seja compartilhado, em 24 horas, terá rodado pelo menos 500 quilômetros. Assim, em um ano, teremos um carro com média de 70.000 quilômetros para um único motorista, e até 160.000 com o compartilhamento, circulando com ou sem passageiros.
O programa MOMENTUM PARTNERS AWARDS foi criado para que haja um vínculo maior ou duradouro com o motorista, permitindo descontos em redes credenciadas para manutenção do veículo no geral, troca de pneus, lavagem e higienização, troca do aparelho celular, descontos em pacotes de dados com operadora de telefonia, dentre outros, porém não tem surtido efeito para equilibrar os gastos fixos e variáveis do veículo, o que leva muitos motoristas a desistirem de circular pela cidade.
Quando as manutenções tornarem-se frequentes, o valor líquido médio de uma semana de trabalho irá se tornar insuficiente. Vejamos: R$ 1.112,00 x 4 – 3.485,71 = R$ 962,29 (média bruta recebida, multiplicada por quatro semanas, menos os gastos fixos).
Esses valores levam em consideração um veículo totalmente sem dívida; porém, muitos motoristas tiveram de trocar seus carros quando havia regras e modelos específicos para ingressar na UBER, 01 de fevereiro de 2016. (atualmente, não mais). Outros financiaram os veículos 100%, encurralados pela crise e pela oportunidade de trabalho escassa.
Assim sendo, temos financiamentos médio de R$ 30.000,00, com juros de 1,90%, mais prestações, para esse exemplo, de R$ 842,27, em 60 meses. Portanto, atinge-se o valor de R$ 962,29 – R$ 842,27 = R$ 120,02 (lucro líquido menos a prestação do veículo financiado). Lembramos ainda que não foi considerado, nesses cálculos, o valor de manutenção de itens básicos, já mencionados.
Portanto, os valores praticados pela UBER são insuficientes para manter a boa qualidade de serviço.
Texto adaptado e atualizado com os novos valores de rendimentos dos motoristas/parceiros.
Com esses dados atualizados, comparados à primeira publicação do artigo, em março de 2016, percebe-se que os motoristas não são mentirosos quando afirmam que não há lucros e que é IMPOSSÍVEL ganhar algum valor como RENDA EXTRA. Quem GANHA é a UBER. Aparentemente, no país, autoridades não querem ENXERGAR a verdade para punir tal atitude da empresa, desleal e mentirosa.
Considerando as verdades expostas, a UBER age como se todos fossem mentirosos, exceto ela mesma.
“O Uber não é um aplicativo, mas uma empresa de transporte de passageiros, que oferece serviços a clientes, por intermédio de motoristas cadastrados. Os clientes, no caso, são do Uber. A exploração do trabalho no Uber é ainda pior, pois o controle se dá por programação.
“Mais uma vez, a forças e os interesses contra o povo coordenaram-se e novamente se desencadeiam sobre mim. Não me acusam, insultam; não me combatem, caluniam, e não me dão o direito de defesa. Precisam sufocar a minha voz e impedir a minha ação, para que eu não continue a defender, como sempre defendi, o povo e principalmente os humildes.
Sigo o destino que me é imposto. Depois de decênios de domínio e espoliação dos grupos econômicos e financeiros internacionais, fiz-me chefe de uma revolução e venci. Iniciei o trabalho de libertação e instaurei o regime de liberdade social. Tive de renunciar.”
“Não querem que o povo seja independente. Assumi o Governo dentro da espiral inflacionária que destruía os valores do trabalho. Os lucros das empresas estrangeiras alcançavam até 500% ao ano. Nas declarações de valores do que importávamos existiam fraudes constatadas de mais de 100 milhões de dólares por ano. Veio a crise do café, valorizou-se o nosso principal produto. Tentamos defender seu preço e a resposta foi uma violenta pressão sobre a nossa economia, a ponto de sermos obrigados a ceder.”
Getúlio Vargas já lutava contra os interesses internacionais em sua época, que jamais visavam ao interesse e à liberdade da sociedade. E a sociedade era enganada com manipulação das informações ou com a opinião pública, além dos meios de comunicação que, com grande probabilidade de acerto, recebiam propinas para não publicarem a verdade, coagidos com a cassação de licença e direito de exercer as atividades.
Seremos estrangulados sempre que houver inovações e empresas estrangeiras envolvidas em qualquer segmento em nosso país. Eis a UBER com um aplicativo de transporte, que não se denomina empresa de transporte, nem vende a licença de seu aplicativo exclusivamente para empresas de transporte de passageiros, quer sejam públicas, quer privadas.
Dominou o mercado, manipula os governos com mentiras, escondendo dados sobre suas atividades visto que tudo o que gerencia não está em poder dos órgãos públicos, e não há qualquer motivação das autoridades de fazê-lo. A empresa ainda reivindica direitos sobre suas atividades que não podem ser taxadas de desleal e predatórias; pratica a queda de preços, dumping, para exterminar os concorrentes – táxis e empresas de transportes executivos.
Para ter privilégios e autonomia de atuação em São Paulo, maior cidade da América Latina, “convidou” ou “contratou” o sobrinho do então prefeito Fernando Haddad para a Gerência Operacional. Coincidência ou não, a imposição por decreto de aprovação na cidade comprova que há muito mais do que apenas inovação ou meio de descongestioná-la.
Não se importar com os taxistas e demais setores existentes (empregos) para defender uma empresa multinacional não difere do que Getúlio Vargas referenciou em sua carta. Já existem empresas nacionais que possuem aplicativo com as mesmas funcionalidades da UBER; portanto, não precisamos mais dela operando no país.
Mesmo com esses dados, infelizmente há muitos motoristas contaminados com a proposta da UBER. Assim, não percebem, até caírem no precipício, que é enganosa e continuam a difundir, nas redes sociais, convites para o ingresso de novos parceiros à empresa, como motoristas ou passageiros, “GANHANDO” dinheiro apenas com as indicações, de preferência de motoristas cegos à roda da precipitação de uma proposta que deveria ser de emprego e, não, de escravidão e de autodestruição de si mesmos e de seu bem material, o veículo.
Como últimas palavras… Foram enviados alguns e-mails com questionamentos à UBER, devido à parceria estar causando prejuízos, mesmo com o programa de fidelidade, o MOMENTUM PARTNERS. As respostas permitem a compreensão dos objetivos da empresa no país. Mesmo afirmando que teve prejuízo e que queria “ganhar” dinheiro dirigindo, e não indicando amigos para dirigir ou andar de UBER, a sugestão foi “continue dirigindo”.