TRANSPORTE PÚBLICO – Esqueletos no armário um dia irão assombrar

Vamos relembrar, por meio de texto e imagens, a trajetória da Viação Serrana, empresa de transporte público urbano que atendeu a usuários em Vitória da Conquista, até sua frota se transformar em sucata. Cinco anos depois de “sepultada, eis que o seu “fantasma” emerge das sombras.


A falência social e econômica dos 517 funcionários da Viação Vitória ainda irá desencadear, num efeito dominó, muitos outros problemas adormecidos. Mas, o que tem a Viação Vitória com a Viação  Serrana ? Muito!

As duas empresas que “monopolizaram”, por década, o transporte público por estas paragens conquistenses, pertencem à mesma família. Embora não acreditemos no monopólio em transporte público ou em serviços essenciais (siga o link), fizemos questão de usar o termo, já que alguns paladinos da moralidade assim insistem em fazer política com o transporte púbico.

Para entender a situação que nos remete a este artigo, ouça o áudio de um ex-diretor do Sindicato dos Rodoviários.

 

Veja imagens do que restou da garagem e do patrimônio da Viação Serrana, que funcionou normalmente até zero hora da noite de 05 de janeiro de 2014, um dia antes de a Viação Cidade Verde assumir a responsabilidade sobre o transporte público em Conquista.

 

Também disponibilizamos imagens de uma frota inteira recolhida pelas instituições bancárias, em 25 de abril de 2015, por falta de pagamento. É possível notar parte dos veículos da Viação Serrana pintados com as cores padrão da Viação Vitória.

Imagens: Redes sociais/arquivo

E aí eis que surge, novamente, a figura do presidente do sindicato, Álvaro Souza. Na relação causa e efeito, perdidos no tempo e no espaço, os esqueletos* da Viação Serrana irão assombrar a quem novamente?

São os mesmos velhos problemas que atingem os 517 funcionários da Viação Vitória, assim como atingiram os da Viação Serrana. São tragédias sociais envolvendo mais de mil famílias de trabalhadores entre Serrana e Vitória. E tudo entrelaçado à figura de Álvaro Souza.

Os ossos do velho armário e o ócio do ofício sindical irão assombrar.

E como explicar tudo isso? Estando o Sindicato dos Rodoviários (Sintravc) habilitado no processo da Serrana como guardião do contrato dos “espólios” ou patrimônio que restou para garantir os direitos dos trabalhadores, ficam as perguntas:

A – Por que Álvaro permitiu a Viação Vitória dilapidar o patrimônio da Serrana ?

B – Quantos boletins de ocorrência ou denúncias pretéritas em Ministérios, sejam do Trabalho ou Público do Trabalho e Câmara Municipal ele fez, denunciando que o patrimônio garantidor dos direitos dos Serranas evaporava?

C – Quantas mídias em emissoras rádios, blogs, outdoors ele fez imediatamente ao fechamento da empresa, no sentindo de vender o terreno no auge do boom imobiliário, em 2014?

Coincidências, omissões ou falta de aptidão do presidente Álvaro Souza quando se trata de lidar com os direitos dos trabalhadores?

Seria ainda coincidência esta super proteção (em detrimento ao trabalhador) do presidente para com a Viação Serrana e Viação Vitória, ambas da mesma família?

Um terreno avalado em R$6 milhões, mas vendido por apenas 1/4 do valor. Por que?
E depois de leiloado, por que o dinheiro ainda não foi distribuído a quem de direito?

Eis outra frente que este site seguirá buscando respostas e encaminhando aos órgãos de Justiça, com ajuda dessas sofridas famílias rodoviárias.


* N.R.: “Esqueleto no armário” é uma expressão idiomática utilizada para dizer que determinada pessoa possui segredos constrangedores escondidos em sua história de vida.


Esta expressão é uma tradução literal da frase original em inglês skeleton in the cupboard (inglês britânico) ou skeleton in the closet (no inglês americano).


Esta frase é uma metáfora para expressar o medo que algumas pessoas têm sobre alguns assuntos de seu passado, preferindo não revelar certos episódios de sua vida por considerar extremamente constrangedores ou denunciadores.


Por esta razão, não querem abrir o “armário” para não se deparar com os “esqueletos” que estão lá escondidos.


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