TRANSPORTE PÚBLICO || Com os clandestinos não há licitação no Lote 1


Licitação os clandestinos não aceitam para serem regulamentados

Cartas na mesa e vamos aos fatos:

Os clandestinos para serem regulamentados não aceitam as regras de  licitação.

Relembre a rebelião que resultou na interdição de trecho da BR-116, em 27 de abril do ano passado: Vanzeiros bloqueiam dois pontos da Rio-Bahia em protesto contra Prefeitura de Conquista

Esse é o dilema em que o prefeito Herzem Gusmão se meteu, afundando Vitória da Conquista em meio ao caos, numa das maiores crises de mobilidade, social, econômica e de segurança pública, como sustenta documento do Conselho de Segurança, em artigo publicado em 12 de abril de 2018:  DENÚNCIA – Milicianos miram linhas de vans em Conquista; Mais de 600 clandestinos faturam com a carência de opções de transporte.

Tudo por ignorar os sinais cristalinos de que o sistema caminhava para a falência 

Sinais como:

A – a inevitável falência da Viação Vitória, mesmo diante do esforço do próprio Herzem em salvá-la com um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), recuperação judicial e até a caducidade;

B – o próprio cálculo da tarifa, medida pelos técnicos da Prefeitura, que deu sinais de que o “estado febril” do sistema se elevava, chegando no último cálculo da tarifa a R$4,30;

C – o artifício que Herzem usou, retirando ou desembutindo o Imposto Sobre Serviços   (ISS) de dentro da tarifa e, com isso, ganhando  tempo e não experimentando a fúria dos passageiros que teriam que pagar R$4,30;

D – o prefeito ignorou o alerta do próprio Conselho de Segurança, que lhe endereçou uma carta;

E – também tratou com superficialidade as recomendações do Ministério Púbico do estado;

F – Herzem não deu créditos ao próprio relatório técnico de dois engenheiros contratados ao custo de R$30 mil que antecipava, naquela ocasião, o que viveríamos no momento;

G – o gestor não se valeu das reiteradas recomendações que vereador Professor Cori sempre o alertava: SALVA O SEU GOVERNO!;

H – a própria renúncia, em fevereiro deste ano, de seu secretário de Mobilidade Urbana, Ivan Cordeiro, e antes dele de uma coordenadora da Secretaria de Mobilidade, Valéria Schettini, no começo de outubro do ano passado.

Se há a frágil aparência que ainda exista Transporte Público, admitamos ou não, é por conta única e exclusiva da insistência da Viação Cidade Verde que segurou o sistema em funcionamento.

Até a empresa dar sinais de esgotamento, a cidade e as autoridades seguiam alheias ao sofrível momento em que o transporte experimentava.

Estranhamente, pelas reações diversas, como que muitos acordassem de um sonho – que na verdade se tornaria um pesadelo.

A julgar pelas reações que foram despertadas por conta de apenas cinco linhas desativadas, demonstram quão alheios à maioria se encontravam, com a possibilidade de metade da cidade ficar totalmente sem ônibus, caso a Viação Cidade Verde leve a efeito o que alertou ao gestor Herzem, em entregar todo o emergencial em 31 de maio deste ano, caso o prefeito não reequilibre o sistema.

Este Blog também buscou, dezenas de vezes, prestar sua contribuição apontando os sinais relacionados, em artigo de 22 de janeiro passado. APAGÃO NO TRANSPORTE PÚBLICO – Por mais quanto tempo?

Herzem Gusmão, como gestor público, jamais poderia ter disparado um “decreto verbal” proibindo a fiscalização do transporte clandestino.

Como autoridade política maior de uma cidade, ele jamais poderia ter ido por vezes às ondas do rádio elogiar clandestinos.

O prefeito também deveria saber que ele mesmo desencadearia um êxodo de clandestinos, em forma de “caravanas”, fluindo de todas as partes, das adjacências, rumo à “terra prometida” chamada VITÓRIA DA CONQUISTA.

Herzem carece urgentemente deixar de vez as desculpas e colocar energia no pouco tempo que lhe resta para juntar os cacos do que restou do transporte público.


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