TRAGÉDIA EM PORTO – Corpo de menino que morreu afogado em piscina segue para Minas

Crianças devem ser monitoradas sempre que estiverem em área de piscina - Foto: Joá Souza l Ag. A TARDE
Crianças devem ser monitoradas sempre que estiverem em área de piscina
Joá Souza l Ag. A TARDE

O corpo do menino Lucas Rodrigues Bernardes, de 2 anos, que morreu afogado em uma piscina, em Porto Seguro (722 km de Salvador), na tarde de quarta-feira, 1º, foi liberado na quinta, 2, do Departamento de Polícia Técnica (DPT) e levado para Uberaba (MG), onde morava com a família e será sepultado.
O caso ocorreu em uma casa alugada por um grupo de cerca de 20 moradores de Minas Gerais para passar o Carnaval. Segundo o titular da Delegacia de Proteção do Turista, Rafael Zanini, os pais do menino e amigos foram ouvidos na quinta, antes de deixarem a cidade.
Zanini revelou que o grupo todo estava na praia e o menino e os pais voltaram antes para a casa, no bairro de Mundaí.
Quando chegaram, o pai teria se ocupado em lavar o carro e a mãe foi para o banheiro, “cada qual pensando que o filho estava com o outro”, disse o delegado.
Ainda de acordo com o que os pais contaram, assim que perceberam que a criança não estava com nenhum dos dois, procuraram e logo encontraram o menino desacordado na piscina.
O pai usou técnicas para tentar reanimar o menino, que foi levado para uma emergência no veículo da família. No caminho, a criança passou do carro a para uma ambulância. No entanto, apesar das tentativas dos profissionais com massagens cardíacas, não houve mais reação.

Especialistas


A organização Criança Segura, que trabalha com prevenção a acidentes com crianças e adolescentes de até 14 anos, informou que 84 crianças morreram no país em acidentes envolvendo piscinas, somente em 2014, ano mais recente dos dados coletados pela entidade.
Dos 84 casos, 20 foram decorrentes de quedas na piscina. Com relação a mortes por afogamento de qualquer tipo, foram registrados 1.045 casos de vítimas de até 14 anos.
Para a coordenadora geral da instituição não governamental, Gabriela Freitas, a supervisão é o aspecto mais importante. “Tem que estar junto sempre e olhando. É estar atento e pronto para agir”, destacou.
O capitão Luciano Alves, do Grupamento Marítimo de Bombeiro Militar (Gmar), ressaltou que o principal ponto de prevenção é o isolamento da piscina, que não deve ficar sem a proteção de cercas ou telas que impeçam a criança de acessá-la.
Outra instrução que deve ser seguida é evitar adentrar na piscina sem a presença de um adulto. As crianças, a partir dos 3 anos, devem receber sempre orientações, segundo Alves.

Por: Miriam Hermes e Anderson Sotero


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