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| Imagem: Kauê Souza/Achei Sudoeste |
Sudoeste Digital (Conteúdo) – A médica pediatra Carla Maria Pereira Santos, que negou cuidado pediátrico a uma criança de 8 meses, na Unidade de Saúde da Família (UBS/Sede I), em Tanhaçu, rompeu o silêncio e resolveu dar sua versão para o caso.
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Santos, que foi demitida pelo secretário Municipal de Saúde, Jorge Brandão, a pedido do prefeito Jorge Teixeira da Rocha, após denúncias veiculadas no Sudoeste Digital explicou que, ao constatar febre de 38°C na criança, fez o encaminhamento ao hospital de Tanhaçu, porque segundo ela, o posto não faz pronto-atendimento.
A médica disse que após o ocorrido observou a ficha do paciente e que, ainda segundo ela, a criança estava bem. A pediatra enfatizou que a técnica em enfermagem classificou o caso como “risco verde, sem risco de vida” e que “o bebê estava dormindo calmamente no colo da mãe” (na verdade a criança estava com a tia).
Em entrevista ao site Achei Sudoeste, ela afirmou ter sido surpreendida pela mãe da criança quando estava tentando acessar o prontuário dos demais pacientes, visto que o sistema estava lento. “É unânime, lá em Tanhaçu a população me ama, gostam muito do meu atendimento, graças a Deus”, sustentou.
“Tenho dois anos que atendo na UBS e 33 anos de profissão e nunca tive nenhum problema com paciente. Tomei um susto quando invadiram a minha sala chorando e gritando transtornada”, declarou. Segundo a pediatra, a comunidade está a seu favor. “Não neguei atendimento a criança, apenas encaminhei para outro médico”, finalizou.
Demissão
O desligamento da profissional foi comunicado pela Prefeitura à redação do Sudoeste Digital na noite dessa quarta-feira, 4. Até então a pediatra não havia se pronunciado à imprensa.
VEJA O VÍDEO
RELEMBRE O CASO
De acordo com a denunciante, que registrou o caso em vídeo, ao qual o Sudoeste Digital teve acesso, a médica teria recusado atender a criança. “A gente vai ter que ir ao hospital porque a médica não quer atender ele (sic)”. A tia não fala qual o problema da criança, que dorme em seus braços.
Em determinado momento a câmera registra a médica, sentado no consultório, tomando água e acessando o computador. “A médica está aqui, bebendo água, bem na boa, porque não quer atender meu sobrinho”, continua a mulher, com acriança nos braços. Em seguida, a médica tenta arrancar o celular da mulher, mas não consegue.
A médica então expulsa a mulher e fecha a porta. A gravação continua, mostrando a recepção repleta de pessoas, entre funcionários da unidade e mães de pequenos pacientes. Chorosa, a mulher desabafa: “Todo mundo aqui tá vendo, ó (sic). Ela não não quis atender meu sobrinho só porque a gente estava ali na porta. Eu tô filmando, eu tenho meu direito”, finaliza o vídeo, com duração de 39 segundos.
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