Após denúncias de servidores da Prefeitura, bem como de alguns moradores do município de Jussiape, parlamentares entregaram um requerimento que pede a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) contra a primeira dama da cidade, Hilda Rejane Assunção Ribeiro Aguiar, esposa do prefeito Éder Jakes Souza Aguiar (PSD).
De acordo com as denúncias, a primeira dama tem realizados supostas pressões, coações, e ameaças a servidores e munícipes. Ainda de acordo com o documento, Rejane estaria exercendo funções de gestora do município de forma ilegítima, realizando inclusive expediente na Prefeitura e delegando tarefas para secretários e subordinados sem quaisquer legitimidade para os atos.
O documento foi entregue pelos parlamentares, na última sexta-feira, 14, ao presidente da Câmara, Jadiel Carvalho (PSD), afim de que seja instaurada a CPI.
Ao Portal A TARDE, o vereador José Roberto (PSB), confirmou as denúncias e afirmou que a primeira-dama tem praticamente conduzido a gestão do município, durante o segundo mandato de Éder Jakes.
“Eu e mais três parlamentares assinamos o documento, pois precisamos de apuração sobre os atos da esposa do prefeito, que tem dados as cartas no município, além das ameaças e perseguições com servidores”, disse.
Após recebido o requerimento, o presidente da Câmara Municipal de Jussiape, Jadiel Carvalho (PSD) deve deferir o pedido e instalar a comissão no próximo dia 28 deste mês.
Outro ponto citado pelos parlamentares no documento é a ausência do prefeito, no município”, já que de acordo com a denúncia, Éder estaria totalmente ausente das funções de gestor.
De acordo com os parlamentares, o gestor já dava sinais de sumiço do município no primeiro mandato, o que teria piorado atualmente durante o atual segundo mandato para se dedicar às funções de médico na clínica, a qual seria proprietário em Livramento de Nossa Senhora, município próximo de Jussiape.
“No primeiro mandato o prefeito já dava sinais de sumiço, e agora ele praticamente sumiu, deixando tudo a cargo da esposa, de forma ilegal”, relembrou o vereador José Roberto.
O documento apresenta também a possibilidade da investigação sobre possíveis práticas ilícitas por parte do prefeito e da primeira dama.