O teto e as paredes da quadra de um colégio municipal, localizado na cidade de Matina, no sudoeste da Bahia, desabaram nesta sexta-feira (28). A parte metálica do teto cedeu e telhas de zinco foram lançadas no meio da lagoa. De acordo com a prefeitura da cidade, toda a estrutura da escola corre risco de desabar. A prefeita do município, Olga Gentil, determinou a interdição do perímetro da escola, com faixas e fitas de isolamento para impedir a aproximação de pessoas. O colégio está localizado dentro de um aterro na Lagoa dos Marruás. A gestão atual da cidade acusa o ex-prefeito Juscélio Alves Fonseca de mau uso de verba pública.
De acordo com publicações da prefeitura de Matina nas redes sociais, o colégio foi construído com recursos provenientes de Precatórios do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef). Ainda de acordo com a atual gestão, antes mesmo da conclusão da obra, o colégio começou a apresentar fissuras, rachaduras nas paredes, e pisos começaram a ceder, além de outras avarias.
Em 2021, após a atual gestão tomar posse, uma equipe técnica condenou a edificação e a declarou imprópria para escola. A prefeitura afirma que o relatório foi enviado ao Tribunal de Contas da União, ao Ministério Público e à Câmara Municipal de Vereadores.
Após as chuvas do começo de janeiro deste ano na cidade, o nível da lagoa subiu e a escola ficou cercada de água. No dia 10 de janeiro, a prefeita Olga Gentil visitou o local e disse que uma equipe de engenheiros analisava a situação. “É lamentável essa situação, e é muito difícil ver um município pobre passando por isso, com quase R$ 5 milhões gastos nessa obra. Estamos aguardando a auditoria e com equipe de engenheiros para ver o que vamos resolver. É uma pena ver o dinheiro público jogado fora e a gente precisando de escolas”, disse a prefeita através das redes sociais.
Segundo a equipe técnica da prefeitura, obras de drenagem precisariam ser feitas para tentar salvar o equipamento. O município diz que o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA) foi acionado. | Fonte: Achei Sudoeste