Uma semana após ter sido espancada por três pessoas em Igaporã na noite do último dia 12, a fisioterapeuta Vilena Fernandes, de 26 anos, continua traumatizada e com medo de sair de casa. Em entrevista a imprensa regional, a jovem relatou os momentos de terror que viveu e clamou por justiça. O crime aconteceu depois da jovem ser convidada para um passeio por um conhecido e, ao chegar a um local isolado, foi surpreendida com uma emboscada e agredida violentamente. As agressões ocorreram com socos, chutes e puxões de cabelo, deixando a vítima com diversos ferimentos, os suspeitos foram presos, passaram por audiência de custódia e liberados.
Após o ocorrido, Vilena conseguiu fugir e pedir ajuda. Ao saber que os agressores foram presos em flagrante, mas posteriormente liberados, a jovem teme por sua vida, ao receber ameaças de morte. “Não consigo mais trabalhar, dormir direito ou sair de casa sozinha. Tenho muito medo de encontrar com eles de novo”, desabafa Vilena. “Quero que a justiça seja feita e que eles paguem pelo que fizeram comigo. Não mereço passar por isso”, afirma a fisioterapeuta.
ENTENDA O CASO, SEGUNDO A VERSÃO DA VÍTIMA:
Ela foi espancada por um amigo, a namorada dele e a sogra, em um crime motivado por ciúmes. Vilena relatou que os ferimentos incluem hematomas no rosto, braços, nuca e costas, mostrando as marcas de violência. O crime aconteceu nas imediações da Fazenda Salgado, na BR-430, em Igaporã.
Vilena foi convidada por um amigo para um passeio de carro, mas, ao chegar no local combinado, foi surpreendida com um soco no rosto. “Quando eu entrei no carro, ele estava sozinho e me pediu para colocar o cinto de segurança. Depois, ele saiu da cidade e parou em um local isolado. Foi quando ele me deu um soco na cara”, relatou.
Em seguida, a namorada e a mãe do agressor apareceram, já escondidas no bagageiro do carro, e iniciaram as agressões. Vilena foi segurada pelos cabelos e sofreu golpes de chutes. “Eu fui brutalmente espancada e ameaçada de morte”, disse ela, destacando que conseguiu fugir e se esconder em um matagal.
De acordo com Vilena, as agressões teriam sido motivadas por ciúmes. “Pelo que eu entendi, foi por ciúmes. A agressão foi planejada há dias. A família dele sabia”, afirmou. A vítima também revelou que a namorada do agressor havia pedido uma “prova de amor”, que seria matá-la.
A vítima está com uma medida protetiva contra os agressores, mas informou que não tem recebido apoio das autoridades locais de Igaporã, contando com o suporte apenas de familiares e amigos.
“Temo pela minha vida, pois fui ameaçada de morte e os agressores estão em liberdade como se nada estivesse acontecido, estão vivendo as suas vidas normalmente, enquanto eu que sou a vítima estou presa na minha própria casa. Só peço que sejam mais complacentes com a situação que estou passando, eu sou vítima de um crime bárbaro e cruel e isso poderia acontecer com qualquer pessoa da sua família. Só quem vivenciou esse tipo de situação sabe o quanto é difícil apontar seus agressores, ainda tenho muita luta pela frente, mas sei que pessoas boas estão ao meu lado me dando forças para continuar lutando por justiça”.
Ela postou um relato forte em suas redes sociais: “Inacreditável como os agressores tentam justificar o injustificável. Tentam manipular a verdade para se beneficiarem, mais uma vez, de leis falhas. Tentam descredibilizar minha imagem perante a sociedade com difamações, mas todos me conhecem e conhecem a reputação dos meus algozes”.
“Não queria expor minha imagem, mas diante de mais um ato covarde e mentiroso, venho a público apresentar o estado em que eu fiquei após as agressões que sofri: com o rosto todo marcado devido aos socos, chutes e cotoveladas, com o nariz sangrando, com dois cortes abaixo do olho, um precisou ser suturado e o outro até hoje está aberto para drenagem do coágulo que se formou ao redor do olho, foi solicitada uma tomografia, pois tinha a suspeita de terem quebrado meu nariz e fraturado algum osso da face, além de tudo isso, tenho hematomas e marcas por todo o corpo”.
“Os profissionais que estavam de plantão e as pessoas que estavam no hospital municipal sabem o estado em que cheguei e podem atestar se todas as lesões que sofri poderiam ter sido causadas apenas por uma pessoa. Digo e repito, eu não vou me calar. Os bons estão ao meu lado e a justiça será feita“.