A CVP (Companhia Vale do Paramirim) anuncia a descoberta, na Bahia, de uma jazida de minério de ferro magnetitito que, segundo o presidente da empresa, geólogo João Cavalcanti (abaixo), é similar aos depósitos de Kiruna, na Suécia, que abastecem o parque siderúrgico da Europa desde o século XVIII. “Associados a esses depósitos, identificamos, durante os trabalhos de sondagem rotativa a diamante, realizados pela Geosol, corpos de sulfetos de Cobre (Cu) e de Zinco (Zn) disseminados em rochas metavulcânicas da Formação Novo Horizonte do Grupo Rio dos Remédios, sotopostas. Esses níveis de sulfetação chegam atingir 30m de espessura”, afirma Cavalcanti.
Ele acrescenta que o Levantamento Geológico – Topográfico em escala de detalhe, com apoio de magnetometria terrestre acusou uma extensão da mineralização do magnetitito por quase 25km.
“Estaremos desenvolvendo, a partir deste mês (agosto) um programa de mapeamento geológico – topográfico mais detalhado, com escavações de trincheiras e poços, acompanhado de um programa de sondagem com malha regular, objetivando a obtenção de amostras, testemunho de sondagem dos minérios de ferro e dos sulfetos, seguido de ensaios de caracterização metalúrgica nos laboratórios da Fundação Gorceix, sob a coordenação do Dr. Fernando José Gomes – Diretor de Projetos da referida instituição”.
As estimativas, segundo ele, indicam a determinação de uma reserva de minério de ferro de classe mundial superior a 500 milhões de toneladas, com teores variando entre 40% a 60% Fe. “Os recursos de minério de cobre podem alcançar a casa de 100 milhões de toneladas, com teor variando de 0,15% a 3,00% Cu.
As vias de escoamento do minério de ferro do tipo magnetitito e associados se baseia em correias transportadoras tubulares de longa distância denominados “Pipe Conveyor”. O minério transportado das unidades de beneficiamento (Ferro e Cobre) chegará a um pátio de armazenamento e carregamento apropriados para uso de vagões, no município de Brumado, os quais levarão os concentrados dos materiais (Ferro e de Cobre) através das Ferrovias (FCA e FIOL) para exportação via Porto Sul (Porto de Ilhéus) ou mesmo para o mercado interno (Polo Metalúrgico de Camaçari)”, explica Cavalcanti.
Ele informa que o TUP – BAMIN está sendo construído pela ERG – Eurasian Resouces Group (companhia privada) e terá capacidade para receber navios de até 200m de comprimento e 18,3m de calado.
O presidente da CVP diz ainda que a empresa está preparada para avançar em seus objetivos exploratórios, pois tem tem no seu quadro de profissionais geólogos, engenheiros-geólogos e engenheiros de minas, “oriundos de renomadas escolas do país, das universidades federais da UFBA (Bahia) , UFOP (Escola de Minas de Ouro Preto) e UFPEL (Rio Grande do Sul), que estão sendo preparados para atuarem como exploracionistas, com objetivo principal de localizar depósitos minerais de Classe Internacional, refletindo-se no portfólio da empresa, que já conta com uma variedade de minerais de alto consumo pelo setor industrial, tais como: Jazidas de Minério de Ferro (Insumo mais consumido pela humanidade); Alumínio (Segundo produto mais consumido pela humanidade); Cobre (Terceiro produto mais consumido); Zinco (de alta aplicação na indústria metalúrgica); Lítio ( de alta aplicação na indústria Eletromecânica – Baterias de carros elétricos); Filito Carbono Grafitoso (Produção de Grafeno – utilizado na produção de baterias); e metais especiais como Ouro e Prata. Ressaltamos que todos esses depósitos minerais relacionados, estão localizados na Provincia do Vale do Paramirim, Região Sudoeste do estado da Bahia, envolvendo 32 municípios, com população aproximada de 2,6 milhões de habitantes”, conclui.