O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) lançou, no último sábado (20), a campanha “Violência contra a mulher: sua evolução leva ao feminicídio. A iniciativa integra o projeto que compõem as ações dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres”, que começa de forma antecipada em 20 de novembro, Dia Nacional da Consciência Negra, e vai até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.
A campanha nacional visa estimular a população a denunciar a violência cometida contra as mulheres, independentemente do local onde ela ocorra: espaço público ou privado. Serão utilizados na campanha vídeos, spots para rádio e tv, cards educativos, enquetes interativas destinadas às redes sociais, cartazes, folders e outras peças de cunho publicitário.
A secretária Nacional de Políticas para as Mulheres, Cristiane Britto, esclarece que, segundo o Código Penal brasileiro, o feminicídio consiste no assassinato que envolve violência doméstica e familiar ou menosprezo e discriminação à condição de mulher. “Lembro a todos que o feminicídio é o final do chamado ciclo da violência. Até chegar nessa situação, geralmente começa com algo considerado por muitos como simples, seja um empurrão ou agressão verbal, por exemplo. Nós mulheres precisamos estar atentas aos sinais que envolvem violência física, psicológica, moral, sexual, patrimonial e as situações de risco”, destacou a secretária.
Cristiane Britto elenca como fatores de risco de violência contra a mulher: o isolamento social, a ausência de rede de proteção social bem estruturada e integrada, histórico de violência familiar, transtornos mentais, uso abusivo de bebidas e drogas, entre outros fatores.