A suspensão no pronto-atendimento atendimento médico, depois das 17 horas, no único posto de saúde e da retirada da ambulância que serve a localidade nos finais de semana são os principais motivos apontados pelos moradores do distrito de Inhobim, a 63 Km de Vitória da Conquista, para um protesto em frente a Prefeitura Municipal.
A intenção de mobilizar parte dos 8 mil moradores, da zona rural para a sede do distrito, partiu na manhã desta terça-feira, 7, depois de o representante da comunidade local, Luciano Lemos, reclamar em não ter sido recebido em audiência pelo prefeito Herzem Gusmão (PMDB), após três tentativas consecutivas.
Em entrevista ao Sudoeste Digital, Lemos disse que o prefeito ainda não esteve na comunidade após as eleições. “Durante a semana o pronto-atendimento é suspenso depois das cinco horas no posto de Inhobim e nos finais de semana, nem atendimento, nem a ambulância”, reclamou.
“A comunidade é humilde, ganha R$20,00 por dia de diária, então não tem condições de fretar um carro por R$150,00 para trazer um filho para ser atendido na cidade”. O representante comunitário disse que requereu um espaço na Tribuna Livre da Câmara de Vereadores para discutir o assunto. “Depois vamos nos deslocar para a cidade e fazer uma manifestação em frente a Prefeitura”, concluiu.
Reconhecido como área produtora de café no Planalto de Conquista, Inhobim também se destacada negativamente na saúde há anos. Em 2012, por exemplo, o índice de infestação predial que mostra a quantidade de imóveis contaminado pelo mosquito transmissor da doença foi de 13,6% no distrito. O Ministério da Saúde diz que o índice aceitável é de até 1%.
Famílias inteiras apresentaram com suspeita de dengue. Foram cinco anos sem agente comunitário de saúde, além do péssimo atendimento médico na única unidade de saúde da cidade, conforme denúncias de moradores.
Segundo os funcionários, mais de 60 pessoas chegam a passar pela unidade de saúde todos os dias, mas só metade delas consegue atendimento e isso, somente nas segundas-feiras, quartas-feiras e sextas-feiras. Nos outros dias da semana, a única médica da unidade ainda tinha que atender moradores de outros 12 povoados da região.
Com isso, cada vez mais pessoas deixam de seguir as recomendações e acabam se tratando em casa. Até o momento a Prefeitura não se manifestou sobre as queixas dos moradores de Inhobim.