A extremista Sara Giromini, conhecida como Sara Winter, teve seus dados pessoais expostos no Twitter na noite de terça-feira.
As informações incluem o nome completo dela e de familiares, números de documentos como RG e CPF, telefones, endereços e até cartões de créditos. Elas estavam no ar ataé o início da noite dessa quarta-feira.
A conta responsável pelo conteúdo se autodenomina “Anonymous Brazil” e afirmou, justificando o vazamento, que a ação é uma represália ao comportamento de Sara nas redes sociais.
No último domingo, ela divulgou o nome da menina de dez anos que engravidou após ter sido estuprada pelo tio em São Mateus, no Espírito Santo, bem como o endereço do hospital no Recife em que a criança foi submetida a um aborto — o procedimento estava amparado pela lei e por uma decisão judicial.
A disponibilização do conteúdo fez com que Sara tivesse suas contas excluídas do Youtube e do Instagram.
Na quarta-feira, promotores do Ministério Público (MP) no estado capixaba pediram à Justiça que a extremista militante seja condenada a pagar R$ 1,3 milhão em danos morais coletivos por ter tornado públicos os dados da criança.
Em junho, um perfil no Twitter — com atuação e nome semelhantes ao que expôs dados de Sara — divulgou dados pessoais do presidente Jair Bolsonaro, seus familiares e ministros, como Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos) e Abraham Weintraub (responsável pela Educação naquele momento). Um inquérito da Polícia Federal (PF) investiga o episódio.
