VENDILHÕES | Operação contra padre acusado de desviar R$ 120 milhões da Fundação Pai Eterno

O Padre Robson pediu afastamento de suas funções do Santuário Basílica do Divino Pai Eterno e da Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe), após investigação de desvio de R$ 120 milhões de doações de fiéis em Trindade, na Região Metropolitana de Goiânia.

A informação foi divulgada pela Arquidiocese de Goiânia e confirmada pela defesa do padre, na tarde desta sexta-feira (21).
A operação Vendilhões cumpriu, nesta sexta-feira (21), 16 mandados de busca e apreensão, inclusive, em imóveis ligados ao padre Robson de Oliveira Pereira, fundador e presidente da Afipe e reitor da Basílica.
O Ministério Público de Goiás investiga se o dinheiro pode ter sido usado para compras de bens luxuosos, entre eles, uma fazenda de R$ 6 milhões em Abadiânia, no leste de Goiás, e uma casa de praia, no valor de R$ 3 milhões, em Guarajuba (BA).
Segundo a arquidiocese, a Igreja Católica foi “surpreendida” com a ação do Poder Judiciário e do MP, mas aceita “com humildade” os atos praticados pela autoridade judiciária. 
A nota disse ainda que está, junto a Província dos Missionários Redentoristas de Goiás, “aberta para apurar com transparência quaisquer denúncias em desfavor de seus membros”.
Ainda de acordo com a arquidiocese, o padre pediu afastamento “até que se esclareçam todos os fatos”. As funções do padre Robson serão assumidas, de forma interina, pelo padre André Ricardo de Melo, provincial dos Missionários Redentoristas de Goiás.
Em uma coletiva de imprensa, na tarde desta sexta-feira, o advogado Pedro Paulo Medeiros, que faz a defesa do padre, o religioso está “chateado com acusações, mas tranquilo”. 
Segundo o padre disse ao advogado, “aquele que anda com verdade não tem o que temer com acusações”. Ainda de acordo com a defesa, a Afipe e o padre estão à disposição do Ministério Público.

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