RELIGIÃO | Abertura do processo de canonização de frei Miguel ocorre segunda; ele teve passagens por Vitória da Conquista

O arcebispo metropolitano de Aracaju, dom Josafá Menezes, confirma para a próxima segunda-feira, 26 de novembro, às 17h, no Santuário São Judas Tadeu, a celebração da Santa Missa durante a qual irá ocorrer a Sessão de Abertura do Processo de Investigação das virtudes cristãs do Servo de Deus frei Miguelângelo de Cíngoli, mais conhecido como frei Miguel, o “Apóstolo de Aracaju”.

Durante a cerimônia, o Arcebispo, o Postulador e Vice-Postulador da Causa, e os outros integrantes das comissões do Inquérito Arquidiocesano prestarão juramento público.

Será o início da fase arquidiocesana do processo de Canonização, com duração prevista de 12 meses. Após a conclusão dessa etapa, uma outra cerimônia será realizada para o envio do material coletado para Roma (fase romana), de onde sairá o parecer final.

Tribunal

Por meio de um decreto, dom Josafá instituiu um Tribunal de Investigação que ouvirá depoimentos de testemunhas – cerca de 50 pessoas – que tenham conhecido frei Miguel e que possam fornecer informações a respeito de suas virtudes.

O metropolita também criou uma Comissão Histórica que, paralelamente ao Tribunal, irá fazer um levantamento de todos os documentos que digam respeito aos traços biográficos e históricos de frei Miguel.

Um milagre

Para que o frei Miguel seja canonizado é necessário que, antes, seja declarado Beato, ato que já autorizaria o seu culto na Arquidiocese de Aracaju. Para isso seria necessário um milagre. Para a declaração de Santo, isto é, para canonizá-lo, seria necessário um 2⁰ milagre e, com isto, o seu culto passaria a ser autorizado por todo o mundo.

Sobre o Frei Miguel

O Servo de Deus frei Miguel nasceu em 30 de outubro de 1908, em Cíngoli, na Itália. O seu ingresso no seminário dos Frades Menores Capuchinhos da província das Marcas de Ancona ocorreu em 4 de outubro de 1926. Foi ordenado presbítero em 29 de julho de 1934, recebendo o nome de frei Miguelângelo de Cíngoli.

Em 1935, o frade veio para o Brasil e fixou-se na Bahia, onde deu aulas para seminaristas e noviços. Além disso, ele atuou em algumas atividades missionárias nos municípios baianos de Esplanada, Entre Rios, Rio Real, Jandaíra, Conde, Jaguaquara e Vitória da Conquista. Em 1963, foi transferido para Aracaju. Entre as décadas de 1970 e 1980, foi vigário de Maruim, Santo Amaro, Rosário do Catete e General Maynard. Frei Miguel foi o responsável pela construção da Igreja dos Capuchinos, no bairro América.

Ele faleceu em Aracaju, no dia 9 de janeiro de 2013, aos 104 anos de idade, com uma grande fama de santidade.

Fonte: Arquidiocese de Aracaju


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