REI DO LIXO | Empresário é um dos alvos da Operação Overclean

Um dos alvos da operação Overclean é o empresário José Marcos Moura, conhecida como o ‘Rei do Lixo’. O nome da ação acontece em referência a área de atuação de alguns investigados: ‘mais limpeza’.

O objetivo é desarticular uma organização criminosa suspeita de atuar em fraudes licitatórias, desvio de recursos públicos, corrupção e lavagem de dinheiro.

Fontes do Informe Baiano na Polícia Federal relataram que a investida cumpre mandados de prisão em diversões endereções, entre eles no Edifício Tomé de Sousa, na Avenida ACM, e no Trapiche do bairro do Comércio, onde supostamente o suspeito residia. Na capital baiana também há mandados sendo cumpridos na Pituba, no Grenville Patamares e no Alphaville.

Um ex-diretor do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) que já atuou como gerente de uma empresa de um sócio do Marcos Mora, além desse sócio, também são alvos.

Operação Overclean

A Polícia Federal, o Ministério Público Federal, a Receita Federal do Brasil e a Controladoria-Geral da União deflagraram nesta terça-feira (10/12) a “Operação Overclean”, com o objetivo desarticular organização criminosa suspeita de atuar em fraudes licitatórias, desvio de recursos públicos, corrupção e lavagem de dinheiro.

Estão sendo cumpridos 17 mandados de prisão preventiva, 43 mandados de busca e apreensão, além de ordens de sequestro de bens, nos estados da Bahia, Tocantins, São Paulo, Minas Gerais e Goiás.

As investigações, que contaram com cooperação policial internacional por intermédio da Agência Americana de Investigações de Segurança Interna (Homeland Security Investigations – HSI), apontam que a organização criminosa teria direcionado recursos públicos de emendas parlamentares e convênios, por meio de superfaturamento em obras e desvio de recursos, para empresas e indivíduos ligados a administrações municipais.

O esquema ilícito teria atingido diretamente o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), principalmente na Coordenadoria Estadual da Bahia (CEST- BA), além de outros órgãos públicos.

Durante o período investigado, a organização criminosa é suspeita de ter movimentado cerca de R$ 1,4 bilhão, incluindo R$ 825 milhões em contratos firmados com órgãos públicos apenas em 2024.

Foi determinado o sequestro de R$ 162.379.373,30, referentes ao valor obtido pela organização criminosa por meio dos crimes investigados, aeronaves, imóveis de alto padrão, barcos e veículos de luxo. Também foi ordenado o afastamento de oito servidores públicos de suas funções.

Os crimes apurados incluem corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitações e contratos e lavagem de dinheiro.


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