PUBLIEDITORIAL | 8 de março: Bancárias e a pandemia

Este 8 de março celebramos mais uma vez a luta das mulheres, mas esse ano carrega também o marco de um ano de pandemia da Covid-19. Neste novo cenário, a vida das mulheres tornou-se ainda mais desafiante.

O Dia Internacional da Mulher foi oficializado em 1975, pela Organização das Nações Unidas oficializou. Esse foi apenas o reconhecimento oficial da data, ainda assim, um passo importante na luta contra desigualdade de gênero já travada desde muito antes por mulheres em todo o mundo.

BANCÁRIAS E PANDEMIA

Ao longo desses anos de luta, a categoria bancária foi a primeira a conquistar, em negociação com o setor patronal, uma cláusula específica sobre igualdade de oportunidades. Atualmente, na base do Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista e Região são 419 mulheres filiadas à entidade.

A força dessas mulheres tem conquistado direitos importantes para reduzir a desigualdade de gênero neste setor. Recentemente foi estabelecida uma mesa de negociação específica e permanente, para debater de forma cotidiana questões relativas ao direito das mulheres. E com a cobrança das bancárias, o Santander e o Bradesco criaram um canal para acompanhamento de vítimas de violência de gênero. Com o agravamento da pandemia, a principal reivindicação no momento é a vacinação universal da população brasileira, só com a vacinação será possível cessar a devastação que tem sido causada pelo vírus.

Com a pandemia, este ano não haverá o evento presencial que a categoria realiza todos os anos para discutir temáticas de interesse das mulheres. Pensando em uma alternativa possível, ao longo deste mês de março, o SEEB/VCR vai realizar uma ocupação virtual das bancárias na rede social. Todos os dias serão publicados depoimentos de bancárias de nossa base falando sobre como é ser mulher bancária em meio à pandemia.

“Num momento de tantas incertezas e inseguranças, ser bancária se tornou uma missão: enfrentar um grande problema com um sorriso nos olhos. Se já tínhamos dificuldade em nos fazer presentes em espaços majoritariamente masculinos, a pandemia acentuou essa desigualdade. Por isso acredito que nossa missão é mais do que apenas falar da pandemia, mas ressignificar o nosso papel na sociedade”, avalia Carla Saúde, bancária do Banco do Brasil sobre a realidade que as bancárias estão enfrentando com a pandemia.

Neste dia o Sindicato não pode deixar de destacar a importância do trabalho das bancárias, principalmente neste período de pandemia. São trabalhadoras que lidam com uma realidade desafiadora, estão nas ruas, embaixo de sol e chuva atendendo a população, nas agências lidando com as cobranças abusivas de meta, ou em home office, enfrentando a complexidade de conciliar casa e trabalho.

“Mesmo em meio a pandemia da Covid-19 que estamos enfrentando, temos nos desdobrado em nossas duplas jornadas de trabalho. Não paramos de trabalhar nenhum dia, estamos cotidianamente dando o nosso melhor para atender à população que precisa do serviço bancário, buscando sempre colocar a segurança em primeiro lugar, por nós, pelos clientes e pelos nossos familiares. Precisamos aproveitar esse mês de março para valorizar o trabalho duro de todas as bancárias”, destaca Risete Góis, bancária do Bradesco e diretora de Assuntos de Gênero do SEEB/VCR.


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