Professora conquistense procura por mãe em Fortaleza, apos 40 anos de ausência

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Quem tiver informações pode entrar em contato pelos telefones: (73) 9135 4570 ou (71) 9211 3114.
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Angelita Alves, moradora de Fortaleza, hoje com cerca de 70 anos, irmã de uma mulher chamada Dora. Essas são as únicas informações que Conceição Maria Alves Sobral, 47, tem sobre a mãe. A origem materna foi escondida pelo pai, um homem chamado Antônio Borges Teixeira Sobral, que morreu quando ela tinha 14 anos. Agora, a filha busca Angelita, num processo considerado importante por Conceição para o próprio futuro — de aceitação, de superação, de felicidade.
“Entre possíveis idas e vindas a Fortaleza, até os meus dois anos, me lembrei de dormir em uma rede, numa casa com piso vermelho e rua de areia. Acho que era a casa dessa minha tia”, conta a hoje professora universitária e doutoranda da Universidade Federal do Ceará (UFC). O destino trouxe Conceição de volta à Capital em 2016, após uma vida construída na Bahia. “Quando cheguei aqui, fiz umas buscas nos cartórios para ver se havia algum registro. Minha certidão é de Salvador, mas foi feita quando eu já tinha quatro anos”, diz.
Conceição lembra que viveu viajando pelo mundo até os 10 anos. O pai faria parte de uma rede de crime organizado, traficando armas. “Eu conheço 19 países. Morávamos em hotéis, estávamos em um lugar pela manhã e à tarde pegávamos um avião para outro país”, detalha. Além de Antônio, o pai se apresentava com outros dois nomes e justificava à filha como sendo “algo divertido”.
Quem tiver informações que possam levar Conceição a encontrar a mãe, pode entrar em contato pelos telefones: (73) 9135 4570 ou (71) 9211 3114.
Verdade
A história contada pelo pai era que Conceição teria sido abandonada por Angelita, aos nove meses de vida. Quando a menina tivesse 15 anos, a promessa era de levá-la para conhecer a mãe. “Ele dizia que ela era ‘da vida’, que ele se apaixonou e a colocou em uma casa. Mas um dia chegou e ela tinha ido embora”, afirma. A história foi durante muito tempo uma certeza para Conceição, que amargou as consequências psicológicas de um possível abandono, da vida sem referência familiar e até da violência do pai.
“Quando eu tinha 19 anos descobri o que meu pai fazia, que as pessoas tinham medo dele, e comecei a pensar que tudo poderia ser mentira, ele ter me levado embora porque minha mãe não o quis mais”, pondera a professora. Após saber a verdade, Conceição buscou ajuda psicológica e desde então vem entendendo atitudes, sentimentos e pensamentos.
Fonte: Jornal O Povo

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