Prefeitura encontra ligações irregulares de esgoto na rede de captação pluvial do Centro Comercial de Conquista

Proprietários estão sendo notificados preliminarmente; se houver irregularidades, devem procurar a Administração Municipal e providenciar regularização imediata
Com o início das obras de revitalização na infraestrutura do centro comercial, através de parceria público-privada com a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), a Prefeitura de Vitória da Conquista identificou que, na região que fica abaixo do viaduto do bairro Guarani (principalmente a partir da bifurcação formada pelas ruas dom Pedro 2º e Tiradentes), existem residências e estabelecimentos comerciais com sistemas de esgoto ligados diretamente à rede de captação de águas pluviais.
Isso significa que o esgoto gerado nessas construções – ou seja, lixo – está sendo depositado de forma clandestina nas tubulações que deveriam receber e conduzir apenas as águas das chuvas, e não na rede de esgotamento sanitário que seria o seu destino natural.
Por isso, a Prefeitura optou por notificar preliminarmente os moradores ou proprietários dos imóveis situados nessa área. O documento orienta que eles verifiquem se seus sistemas de esgoto estão funcionando da forma correta, despejando na rede de esgotamento mantida pela Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa), ou se estão irregulares e contribuindo para a geração de diversos problemas, como o entupimento das redes de captação pluvial e a formação de alagamentos, enxurradas e mau cheiro na região do centro comercial.
‘Conscientização’ – “Nosso trabalho de notificação consiste em avisar a todos da necessidade de comparecerem à Prefeitura para nos informar sobre de qual forma está ligado o esgoto das suas residências e dos seus comércios”, informou o gerente municipal de Fiscalização de Obras, Augusto dos Santos Filho.
Ele destaca que a notificação preliminar não acarreta em nenhum custo para a pessoa que a recebe. Significa apenas que, caso ele constate que seu sistema de esgoto está ligado clandestinamente à rede de captação pluvial, deve imediatamente providenciar a reparação dessa irregularidade. “Cada morador é que tem que se preocupar e se guiar no sentido de observar isso. Vai contratar um pedreiro para fazer os testes, se o esgoto dele está sendo jogado na rede pluvial ou na rede de esgotamento sanitário”, explicou Augusto. “A Prefeitura não está penalizando ninguém, não vai multar ninguém. É um trabalho a princípio, a priori, de conscientização em relação a esse trabalho”, acrescenta.
Evitando problemas – O mau cheiro, por sinal, dá origem a situações que, se têm o objetivo imediato de resolver o problema, acabam por agravá-lo. Muitos comerciantes tapam as “trincheiras” (ou “engole-tudo”, ou “bocas-de-lobo”) nas avenidas Régis Pacheco, Siqueira Campos e Lauro de Freitas, pensando em anular o odor desagradável, mas apenas ampliam o problema.
“Aí, quando vem a chuva, os ‘engole-tudo’ estão fechados e não captam as águas da chuva. E aí, ocasionam enxurradas que podem levar carros, motos, bicicletas, mercadorias de vendedores ambulantes e lojistas”, argumentou Augusto. “É isso que a Prefeitura quer evitar. E é por isso que a gente conta com a colaboração dos contribuintes, dos moradores e comerciantes dessas áreas”.
*Secom – PMVC

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