PORTAS FECHADAS (Editorial) | Conselho de Transporte se reúne em Conquista e secretário admite o caos

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Secretário de Mobilidade Urbana, Ivan Cordeiro ⇧, tropeça nas justificativas, deixando escapar que o sistema pode estar definitivamente CONDENADO.

Embora nossa equipe não tenha podido participar da reunião, na tarde desta quinta-feira, 25, para registrar, tivemos acesso ao que se passou por lá e no debate ficou claro que o governo municipal se equivocou ao fomentar a clandestinidade e agora quem está pagando a conta são empresários que compram o vale transporte, estudantes e outros milhares de passageiros na forma de uma tarifa mais alta do que deveria, poderia ser ou quem sabe estar.

CLANDESTINOS: PRINCIPAL MOTIVO 
PARA TER ELEVADO A TARIFA.

Triangulação de falas e fatos:

Prova disto foi a nota publicizada pelo secretário de Mobilidade Urbana, Ivan Cordeiro que, em vão, tentou se justificar nesta reunião e na mídia social também, ao  lançar mão de dados da revista da NTU (Nacional Transportes Urbanos) para dizer que todos os sistemas nacionalmente perdem passageiros.

Quem sabe o responsável pela mobilidade tenha intentado buscar contornos e evitando chamar a atenção para real e fatídica clandestinidade que é um projeto de governo de Herzem Gusmão, logo uma particularidade alarmante somente em Vitória da Conquista, onde um governo, ao contrário de combater, fomentou.

Então Ivan Cordeiro se esqueceu que isto não é uma regra nacional. 

O secretário não percebeu que ao usar aqueles dados (NTU) para se justificar, ele reafirmou o abismo eminente em que o transporte público tem sido empurrado pela atual gestão em nossa cidade. Indiretamente, Ivan Cordeiro deixou claro que o sistema entrará em colapso e em total apagão, mais rapidamente, na hipótese da concessionária Cidade Verde devolver as linhas do emergencial e até mesmo desistir de seu lote original.

Com isso o exemplo experimentando pela metade da população usuária do transporte púbico, quando da falência da Viação Vitória, poderá assolar desta vez Vitória da Conquista por inteira.

Ivan Cordeiro despertou os membros do conselho de transporte para a reflexão e ao fato de que há uma tendência de diminuição de pessoas dentro dos ônibus (algo que por si só já preocupa, conforme relatório da NTU), em nível nacional.

O que ele não previu é que os conselheiros iriam atrelar ou combinar a tendência nacional com a evidência local de Vitória da Conquista  que sofre das mesmas perdas nacionais, porém em uma escalada muito maior, fruto de toda sorte de clandestinidade que toma de assalto a cidade (vanzeiros, automóveis, UBER) e, com isso, derretendo os taxistas e o bem público de primeira grandeza que é o transporte que faz inclusão social. Caso do coletivos em Vitória da Conquista.

O desempenho do secretário ao buscar contornos para evitar o enfrentamento da realidade nua e crua de que a tarifa alta é consequência da fuga avassaladora de passageiros para a clandestinidade, revelou também que o governo continua a ignorar os sinais de alerta, deixando a clandestinidade agir às soltas, como e onde querem.

Mas que isso. Ivan Cordeiro deixou muito claro  nas entrelinhas que o governo municipal seguirá desobedecendo as orientações do Ministério Público para que o município salve o bem público (ônibus) e que combata urgentemente a clandestinidade antes que a cidade fique totalmente sem o transporte púbico e que ainda tenha os cofres públicos de indenizar as empresas, caso em curso da Viação Vitória que poderá receber milhões.

Enquanto isso, o Vereador Cori que há dois anos tem tentado alertar o governo municipal  desta tragédia, inclusive acertando em seus prognósticos nas dezenas de vezes. Na tribuna do Legislativo, o vereador alertou sobre a falência da Viação Vitoria e da tragédia econômica social que viveria as 517 famílias que ficaram desempregadas.  

Cori “profetizou” também sobre os riscos que os cofres públicos correriam ao ter que indenizar as empresas de ônibus por conta da quebra de contrato fruto da clandestinidade. Outra vez nessa reunião ele fez o retrospecto, apresentando um simulador de impacto das perdas dos passageiros sobre a elevação da passagem, ficando claro que o determinante na elevação da passagem foi e tem sido a fuga de passageiros para a clandestinidade.

O prefeito Herzem Gusmão vem sendo apenado pela Justiça e em especial pelo atuante Ministério Púbico, na figura da promotora Lucimeire Carvalho, como ocorreu mais recentemente no caso das contratações de assessorias e de escritórios de advocacia.

Será que Herzem irá também pagar pra ver no caso do transporte púbico, o que pode levá-lo ao ato de improbidade e, inclusive, já alertado pela promotora Lucimeire Carvalho? Esperar para ver.


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