Por 23 votos a 11, a comissão especial da Câmara dos Deputados criada para analisar a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 135/19, que torna obrigatório o voto impresso, rejeitou o parecer do relator, deputado Filipe Barros (PSL-PR).
No substitutivo apresentado na quarta-feira (4), Barros adotou também contagem manual e pública de todas as células físicas depositadas nas seções eleitorais do país. No projeto inicial, era prevista ao lado da urna eletrônica um dispositivo que mostrasse o voto em papel antes de ser depositado.
A proposta é uma bandeira do presidente Jair Bolsonaro e vem sendo defendida por seus apoiadores com mais ênfase desde que pesquisas passaram a apontar derrota do atual mandatário nas eleições 2022. O presidente chegou a anunciar que iria apresentar provas de fraudes nas urnas eletrônicas, mas depois voltou atrás e admitiu não ter provas.
Desde então, o presidente tem ameaçado a democracia brasileira e dito que não haverá eleições ano que vem se não houver voto impresso. Ontem, ele se tornou investigado no TSE e no STF devido às ameaças de golpe.