O Ministério Público Federal (MPF) na Bahia abriu um inquérito civil para apurar um suposto direcionamento de licitação no município de Porto Seguro, no sul do estado, durante o mandato da então prefeita Cláudia Silva Santos Oliveira (PSD) em 2015.
Em portaria publicada nesta quarta-feira (18) no Diário Oficial do órgão, o procurador da República Fernando Zelada aponta uma empresa do ramo de alimentação como suspeita de ter sido beneficiada em um pregão presencial realizado naquele ano.
O Metro1 procurou a defesa da ex-gestora e aguarda um posicionamento sobre o suposto caso.
Em junho, Cláudia Oliveira foi presa em uma operação no âmbito da operação Fraternos, deflagrada pela Polícia Federal em 2017 para investigar uma organização criminosa responsável por fraudar e desviar cifras milionárias em licitações fraudulentas nas cidades de Porto Seguro, Eunápolis e Santa Cruz Cabrália. As fraudes teriam ocorrido entre os anos de 2008 a 2017.
Meses antes, em abril, a ex-prefeita passou a figurar entre 32 denunciados pelo MPF sob suspeitas de participação de organização criminosa que praticavam crimes de corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro em contratos de licitação em prefeituras do extremo sul baiano.
De acordo com a Procuradoria, a denúncia foi fundamentada em inquérito policial que revelou associação estável e permanente dos suspeitos, de forma ordenada e mediante divisão de tarefas, para obtenção de vantagens. Segundo o MPF, o grupo atuou entre 2009 e 2017.
Ainda conforme a investigação, as supostas irregularidades se davam por meio de corrupção de funcionários públicos e simulações de processos licitatórios voltados à contratação de obras de infraestrutura, à locação de máquinas e veículos, aquisição de merenda escolar, prestação de serviços de publicações oficiais e realização de eventos culturais. As supostas fraudes tinham o intuito de desviar parte dos recursos destinados à execução dos contratos administrativos em benefício direto e indireto dos integrantes. | Metro 1