Policial civil está entre os 19 presos presos da operação “Desvio de Rota”

Um policial civil está entre os 19 presos presos da operação “Desvio de rota”, de combate de roubo de cargas que movimentou cerca de R$ 4 milhões. A ação, entre a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Ministério Público da Bahia foi realizada nesta terça-feira (6). Uma pessoa foi conduzida coercitivamente.

Entre os suspeitos presos, um mineiro e um paulista foram encontrados na região de Vitória da Conquista transportando carga roubada. Os outros 17 são baianos e foram presos em Salvador, Lauro de Freitas, Aratuípe e Feira de Santana. O policial civil que foi preso facilitava a ação dos bandidos, segundo informou o MP.

Dentre os materiais roubados estavam carnes, leite, produtos de limpeza, refrigerantes e cervejas, produtos alimentícios e pneus. Donos de supermercados e mercadinhos de Salvador e Lauro de Freitas foram identificados como receptadores das mercadorias.

Os principais articuladores do grupo criminoso foram presos na operação deflagrada hoje: Reginaldo Araújo, Cláudio Santos Silva, Everaldo Santana (vulgo Toco) e Daniel Souza Soares (Michirrê). Foram deferidos pela Justiça 22 mandados de prisão, dos quais 19 foram cumpridos, sendo dois em Vitória da Conquista e o restante em Salvador e região metropolitana, e uma condução coercitiva.

Além das prisões, a polícia também apreendeu R$ 500 mil quinhentos mil, produtos e veículos em casas, galpões e mercadinhos envolvidos no esquema. Outros integrantes da quadrilha, ainda estão sendo procurados.

Dois investigados foram conduzidos em flagrante por crimes contra a relação de consumo e uma pessoa por posse de arma de fogo. Dois investigados permanecem foragidos. Além disso, foram expedidos 47 mandados de busca e apreensão e apreendidos dinheiro, mercadorias de origem criminosa e veículos utilizados na prática dos crimes. A organização atuava na prática de crimes violentos, sendo que, no curso das investigações, dois investigados foram assassinados, segundo informaram os promotores do Gaeco. As informações foram repassadas para imprensa nesta tarde em entrevista coletiva na sede do MP no bairro de Nazaré, em Salvador.

Durante uma coletiva de imprensa na sede do MP-BA, na tarde desta terça-feira, promotores envolvidos na ação informaram que o grupo agia desde 2015. “Tinham as pessoas responsáveis por cooptar os funcionários das empresas, para fornecer informações sobre as cargas que estavam saindo, responsáveis por executar o roubo, as pessoas responsáveis por trazer essa mercadoria até os galpões, por negociar essas cargas com os receptadores, além daqueles que facilitavam fornecendo as informações [aos criminosos]”, explicou a promotora Lolita Lessa.

A operação foi o desfecho de um trabalho que começou há dois anos, com investigações da Polícia Rodoviária Federal. 

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