Polícia Federal apreende documentos em clínica durante operação em Brumado

PF faz buscas em Brumado contra desvio de verbas do programa de glaucoma
Fotos: Wilker Porto | Agora Sudoeste



A Polícia Federal iniciou em Brumado, sudoeste da Bahia, a Operação Hoder, que cumpre quatro mandados de prisão temporária, um de condução coercitiva e oito de busca e apreensão. Os cumprimentos dos mandados aconteceram na manhã desta terça-feira, 13. Todos expedidos pela justiça federal de Maceió, Marechal Deodoro, Itabaiana, Sergipe, Brumado, Bahia e Goiânia, Goiás.


O nome dado à operação é de um personagem da mitologia nórdica, um deus cego, referência à natureza dos ilícitos investigados, uma vez que os recursos desviados seriam destinados ao tratamento de doença que pode levar à cegueira.


Em Brumado, os policiais federais buscaram documentos no Instituto Oftalmológico da Bahia, clínica de oftalmologia localizada na Rua Marechal Deodoro da Fonseca.


Brumado: Polícia Federal apreende documentos em clínica oftalmológica


De acordo com informações, foi constatada a existência de uma organização criminosa responsável por lesar a União, através do SUS, prestando informações divergentes sobre atendimentos médicos e fornecimento de medicamentos para tratamento de glaucoma.


Segundo a PF, empresas ligadas aos investigados receberam dinheiro a mais do que deveria ter sido repassado às mesmas. Durante as investigações, foi constatado que as irregularidades ocorreram entre os anos de 2014 e 2016, entretanto, algumas práticas criminosas ocorriam até hoje. Uma empresa investigada em Maceió recebeu cerca de R$ 16 milhões do SUS para custear consultas e fornecimento de colírios.

Em auditorias passadas realizadas pelo Denasus, determinou-se o ressarcimento de cerca de R$ 9.300.000,00 à União em face de constatações de irregularidades. Na investigação constatou-se que as práticas ilegais permanecem até a atualidade, sendo certo que, entre 2014 e 2016, somente a empresa sediada em Maceió recebeu em torno de R$ 16 milhões do SUS para custear consultas e fornecimento de colírios. 


Está sendo utilizado um efetivo de 50 policiais federais das Superintendências Regionais da PF em Alagoas, Bahia e Goiás para execução das medidas judiciais, além de auditores do Densasus e Receita Federal. Todo o material arrecadado, além dos presos e conduzido, serão levados à Superintendência Regional de Polícia Federal em Alagoas.


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