POLÊMICA | Juíza alegou que prisão de médica por chamar segurança de ‘macaco’ não seguiu critérios

A juíza que soltou a médica investigada por chamar um segurança de “macaco”, em Vitória da Conquista, no sudoeste da Bahia, justificou a liberação dizendo que a prisão da suspeita não cumpria todos os critérios necessários.

O caso aconteceu no sábado (4) e a médica foi solta no dia seguinte, antes mesmo de passar por audiência de custódia, que deveria acontecer nesta segunda. Apesar do pronunciamento, a juíza Dalia Zaro Queiroz não detalhou quais seriam os critérios que não foram atendidos na prisão. O caso segue sob investigação.

Caso
O caso aconteceu em um bar do município, depois que a mulher foi impedida pelo segurança de parar o carro no estacionamento do estabelecimento, que já estava lotado. Segundo informações da Polícia Civil, a suspeita ainda chamou a vítima de “preto safado”.

Testemunhas contaram que a suspeita, natural de Minas Gerais, apontou o dedo para o rosto do funcionário e dito que entraria no local na hora que bem entendesse.

A Polícia Militar foi acionada e a mulher foi conduzida para a 1ª Delegacia Territorial – Distrito Integrado de Segurança Pública (Disep), onde ela foi autuada e posteriormente encaminhada para o Presídio Nilton Gonçalves, local em que passaria por audiência de custódia nesta segunda-feira.

Em janeiro deste ano, o crime de injúria racial (ofensa por raça, cor, etnia, religião ou origem) foi equiparado ao de racismo. Com isso, o crime se tornou inafiançável, sem prescrição, além de ter pena de reclusão e multa.


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