PLANTÃO | Vídeos: Oito presos por suspeito de envolvimento em golpes de falsas cartas de crédito em Conquista

SUDOESTE DIGITAL (Da redação) – Uma investigação iniciada em 2024, pela polícia civil de Conquista, resultou na prisão de oito pessoas suspeitas da prática de um golpe que simulava a contemplação de cartas de crédito de imóveis. De acordo com a polícia, os golpistas constituíam empresas e atraíam as vítimas por meio de contatos via redes sociais. Todos os envolvidos responderão pelo o Crime de Estelionato e formação de quadrilha. Os nomes não foram divulgados pela polícia.

Em seguida, solicitavam depósitos de elevadas quantias para que tivessem acesso às cartas de crédito, mas tudo não passava de um golpe. Quando as vítimas iam em busca dos produtos, os golpistas faziam o bloqueio das pessoas e desapareciam.

A polícia informou, ainda, que pelo menos 20 boletins de ocorrência contra os golpistas foram registrados na delegacia. “Todos são de Conquista e, para tentar dar credibilidade aos golpes, mantinhas três salas alugadas num Multiplace”, disse o delegado do caso, Odilson Pereira.

Quando a polícia chegou ao local para efetuar a prisão em flagrante, encontrou um grupo de 10 pessoas que estavam à espera de respostas sobre um eventual ressarcimento de valores pagos aos golpistas. As vítimas eram atraídas pelas vantagens oferecidas nas falsas cartas de crédito “contempladas”.

O GOLPE – O golpe pode ser aplicado de diferentes formas, onde os estelionatários atraem consumidores por meio da oferta de bens com valores tentadores e os convencem a efetuar os pagamentos adiantados sem possuírem a cota de consórcio ou oferecem ao consumidor cotas contempladas, quando em verdade estão vendendo cotas ainda não contempladas.

O golpe da falsa carta de crédito contemplada é um esquema que explora o anseio das pessoas por adquirir bens a preços reduzidos e com facilidades de pagamento. O golpista age de forma meticulosa, empregando táticas persuasivas para convencer as vítimas de que estão fazendo um investimento vantajoso. O processo geralmente segue os seguintes passos:

1. Anúncios Enganosos: Os golpistas veiculam anúncios online e realizam ligações telefônicas, oferecendo produtos como veículos e imóveis a preços muito abaixo do mercado. Essas ofertas tentadoras despertam o interesse das vítimas, levando-as a considerar a compra.
2. Atração até a Sede da Empresa: As vítimas são conduzidas até a sede da empresa, onde os golpistas conduzem a negociação. Nesse momento, é comum que os criminosos apresentem cartas de crédito contempladas fictícias, prometendo vantagens exclusivas.
3. Manipulação Contratual: No contrato, os golpistas distorcem informações e apresentam a transação como um consórcio comum. O valor investido é disfarçado como “taxa administrativa”, ocultando a verdadeira natureza do negócio.
4. Espera e Pressão: Após o pagamento da “taxa administrativa”, as vítimas são informadas de que não foram contempladas com o consórcio. Após um prazo de espera, entre 10 e 15 dias, os golpistas pressionam as vítimas a realizarem novos investimentos, alimentando o ciclo de fraude.
5. Alegações de Não-Reembolso: Caso a vítima peça o estorno do valor investido, os criminosos alegam que a “taxa administrativa” não é passível de reembolso, mantendo o dinheiro obtido ilicitamente.
6. Recusa de Reembolso: Caso as vítimas busquem reembolso, os criminosos afirmam que a “taxa administrativa” não é reembolsável, mantendo o dinheiro ilicitamente adquirido.

 


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