PLANTÃO | Mandou matar o o avô: sargento acolheu neta após ela ser expulsa da casa do pai

Valdenise de Castro Maia, irmã do sargento reformado da Polícia Militar Evandro da Silva Ramos, morto a tiros em Manaus, no bairro Ouro Verde, zona Leste, relatou ao portal G1 que irmão, de 59 anos, acolheu a neta para morar com ele depois que ela foi expulsa da casa do pai.

Thayssa Ramos Costa, de 19 anos, foi presa suspeita de planejar a morte do próprio avô. O namorado dela, de 20 anos, também foi preso, e outros dois homens seguem procurados.

“Ela foi expulsa da casa do pai, e meu irmão, preocupado com a segurança dela, a levou para a casa dele. Ele não merecia morrer desse jeito, porque sempre fez de tudo pelos filhos e pelos netos”
Valdenise de Castro Maia, irmã do sargento

A irmã da vítima e outros familiares do sargento realizaram um protesto na frente da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), na manhã desta quinta-feira (27), para pedir justiça ao caso. Segundo a polícia, o crime foi planejado com o intuito de roubar R$ 30 mil da vítima.

“Ele passou trinta anos na polícia, nunca pegou uma facada, nunca pegou um tiro. Aí vem a neta, mora na casa dele, e manda matá-lo. Não importa quem tenha envolvimento, seja quem for, tem que ser preso”, disse.

Relembre o caso

Prisão da neta e do namorado

Thayssa Ramos e o namorado dela, Alexandre Borges de Oliveira, de 20 anos, foram presos suspeitos de planejarem a morte do PM. Investigações da Polícia Civil apontam que ela começou a arquitetar o crime na véspera de Natal.

Em coletiva de imprensa, nesta quinta (27), o delegado Ricardo Cunha, titular da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), informou que a neta descobriu, durante os preparativos da festa de Natal, que o avô guardava R$ 30 mil em dinheiro.

“A partir desse momento, ela ficou interessada no dinheiro e contou para o namorado. Foi então que eles começaram a planejar como iriam roubar o dinheiro do avô dela”
Ricardo Cunha, titular da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS)

Como era conhecido pelos familiares da vítima, o namorado da jovem cooptou outros dois suspeitos para forjarem um assalto. Segundo a polícia, eles já foram identificados, mas seguem foragidos.

“Ficou combinado que além de roubar todo o dinheiro, eles matariam o PM, para que ele não tivesse a chance de reconhecer os atiradores. Alexandre passou todos os detalhes para os atiradores. Inclusive, explicou o passo a passo de como deveria entrar na casa, já que havia um problema no portão que só os moradores sabiam”, contou Cunha.

O delegado contou que ela já havia se envolvido em outros crimes na família. “Ela já roubou R$ 7 mil da avó paterna, e por conta disso, os demais familiares começaram a desconfiar dela”, disse o titular da DEHS.

O casal responderá por latrocínio consumado e associação criminosa. A polícia ainda procura pelos outros dois suspeitos que atiraram na vítima.


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