A Filarmônica Lira dos Artistas, símbolo da identidade cultural de Rio de Contas, acaba de completar 100 anos em plenas atividades. No Som da Terra [Rádio Clube de Conquista], desta segunda-feira (17), o radialista Jânio Arapiranga, nome artístico do cantador e bancário de Jânio Oliveira Silva, fez questão de celebrar a data da instituição ícone para a Chapada Diamantina e todo o Centro Sul Baiano.
Em fotos e texto desta reportagem conta mais um pouco da centenária Filarmônica Lira dos Artistas, mantida pela Sociedade Musical e Beneficente Lira dos Artistas.
Símbolo da identidade cultural de Rio de Contas, a Filarmônica Lira dos Artistas nasceu em 15 de julho de 1923. Em seu surgimento a Lira era formada por músicos de origem proletária. Os integrantes eram artesãos da antiga banda São João de propriedade de seu Tibério Miranda. No mesmo ano em que surgiu a Lira, foi criada a Filarmônica Guarani do coronel Arlindo Ramos.
As duas filarmônicas rivalizaram-se até 1940, ano de extinção da Guarani, seus músicos migraram para a Lira. Segundo informações dos estatutos das filarmônicas, a Lira era a banda dos pretos e pobres, enquanto a Guarani era dos brancos e dos mais bem posicionados socialmente.
O primeiro maestro da Lira foi Miguel Arcanjo Moreira, seu sucessor foi Juvenal Cândido de Oliveira. Esaú Pinto foi o terceiro mestre a assumir a regência da filarmônica, após a sua morte, o historiador e professor de música Marcos Trindade ficou à frente da instituição. Atualmente a Lira dos Artistas está sob a batuta do músico Waldemar Azevedo. | Blog do Anderson.