Usuários pedem que foto de mortos no acidente não seja compartilhada
Internautas agem contra o que chamam de ‘vilipêndio de cadáveres’
#ForçaChape é a hashtag mais usada do mundo no Twitter.
Algumas imagens de pessoas mortas começaram a circular poucas horas depois da notícia do acidente. Não há informação se essas fotos são verdadeiras.
Ainda assim, pessoas indignadas com as postagens inundaram redes sociais em uma espécie de campanha contra o que chamam de “vilipêndio de cadáveres”. Essa expressão está presente em um dos dois textos mais compartilhados com o pedido.
“Postagem de Utilidade Pública. Campanha contra o Vilipêndio de Cadáveres. Para os urubus e carniceiros de plantão, peço encarecidamente que evitem postar fotos das vítimas do acidente aéreo com jogadores da Chapecoense e demais passageiros. Sei que para alguns, a curiosidade fala mais alto, mas se coloque como familiar de uma das vítimas, e pense se gostaria que suas imagens fossem divulgadas nessas condições. Para mim, o interesse em ver é zero. Por favor, não compartilhe as imagens. Diga não à carniçaria humana.”
O outro texto diz o seguinte: “Você, isso mesmo. Você! Não seja um idiota. Caso aparecer alguma foto dos mortos no acidente não compartilha no seu WhatsApp, Facebook, e-mail, Instagram, Snapchat ou qualquer coisa do tipo. Não seja um idiota. Respeite os familiares!”.
O acidente com o avião que levava a Chapecoense é um dos assuntos mais comentados do Twitter no Brasil e no mundo. As hashtags #ForçaChape, #ForçaChapecoense e #Chapecoense são algumas das mais usadas do mundo.
O acidente
O voo que tranportava a equipe da Chapecoense partiu na noite de segunda-feira de Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, em direção a Medellín. Segundo a imprensa local, a aeronave perdeu contato com a torre de controle às 22h15 (local, 1h15 de Brasília), entre as cidades de La Ceja e Abejorral, e caiu ao se aproximar do Aeroporto José Maria Córdova, em Rionegro, perto de Medellín.
O Comitê de Operação de Emergência (COE) e a gerência do aeroporto informaram que a aeronave se declarou em emergência por falha técnica às 22h (local) entre as cidades de Ceja e La Unión.
O diretor da Aeronáutica Civil, Alfredo Bocanegra, explicou à Rádio Nacional da Colômbia que, embora chovesse e houvesse neblina na região, o aeroporto Rionegro estava operando normalmente. Segundo ele, aparentemente foram falhas elétricas que causaram o acidente. O piloto relatou problemas à torre de controle do aeroporto de Santa Cruz, na Bolívia.
Mais cedo, a imprensa colombiana chegou a cogitar como causa a falta de combustível, mas também informou que o piloto despejou combustível após perceber que o avião iria cair.